🍿 7 curiosidades do filme "O BEBÊ DE ROSEMARY" que você não sabia!

“O Bebê de Rosemary” (1968) é a madrinha de todos os filmes de terror com temática satânica que se seguiram, do arrepiante “O Exorcista” (1973) ao tenebroso “A Profecia” (1976), até “O Exorcismo de Emily Rose” (2005).

O filme conta a história de Rosemary, uma inocente mulher que, depois de se casar com um homem (que mais tarde descobriu ser um canalha), se muda para um apartamento novo. O casal encontra um outro casal mais velho que são super esquisitos e que não os deixam em paz.

Com o passar do filme, o marido da protagonista que não gostava dos vizinhos, de repente passa a não sair da casa deles e diz que quer muito ter um bebê com Rosemary.

Els tentam engravidar e Rosemary acaba sonhando que está tendo relações com o prórpio Satanás e logo engravida.

Mas sua gravidez é muito estranha, ela emagrece ao invés de engordar e ainda é obrigada a tomar vitaminas horríveis, dadas pelo casal de vizinhos.

Mais tarde ela descobre que o filho dela é o filho do demônio e seu marido fez um pacto para que ele conseguisse o emprego dos sonhos e, em troca, eles deveriam dar o filho para uma seita, que era comandada pelos vizinhos.

O filme termina com Rosemary olhando seu filho, que tinha a cara de demônio, mas o amando, pois o ensinamento do filme é: uma mãe ama seu filho mesmo ele sendo “filho do capeta”.

O filme recebeu elogios de público e crítica, sendo um marco do terror até os dias de hoje.

Vamos ver 7 curiosidades desse clássico absoluto:

1 – HOMENAGEM AO DRÁCULA

Ira Levin, autor do livro, nomeou o prédio de apartamentos onde os acontecimentos se desenrolam como The Bramford, em homenagem a Bram Stoker, autor de Drácula.

No filme, o prédio utilizado foi o Dakota em Nova York, que hoje é mais conhecido como o local do assassinato de John Lennon.

John Lennon e Yoko Ono em frente ao Edifício Dakota

2 – MIA FARROW NÃO FOI A PRIMEIRA ESCOLHA

Para o papel de Rosemary Woodhouse, Polanski procurou encontrar uma atriz “totalmente americana”.

Sua escolha foi Tuesday Weld, mas os produtores preferiam Mia Farrow, e depois de algumas audições ruins, Polanski (diretor do filme) acabou concordando em contratar Farrow.

“Ela tinha outra dimensão. E o que ela não tinha, Roman extraiu dela.”

Mia Farrow

3 – MIA FARROW QUASE FOI ATROPELADA DE VERDADE

Durante a sequência em que Rosemary tenta fugir de Bramford, a personagem encara o trânsito pesado para atravessar a rua rapidamente.

Este não foi o caso de parar as ruas e contracenar com dublês. Polanski pediu que Mia Farrow saísse correndo em uma rua de Nova York esperando que os carros mais próximos parassem.

Ele garantiu à atriz que “ninguém vai atingir uma mulher grávida”. Ele estava certo, e a cena foi filmada várias vezes, mas com um porém: o próprio Polanski teve que operar a câmera, porque ninguém aceitou fazer isso.

4 – PROBLEMAS ENTRE DIRETOR E ATOR PRINCIPAL

John Cassavetes e Roman Polanski

John Cassavetes, ator que interpretou o marido de Rosemary, ainda é lembrado pela sua contribuição ao cinema independente, sempre irreverente e criativa.

Polanski é um tipo diferente de diretor, conhecido por sua precisão. O estilo dos dois para contracenar em um filme entrou em conflito.

Segundo Mia Farrow, Cassavetes adorava improvisar e deixar o momento levá-lo à cena, enquanto Polanski ficava aborrecido se um ator levantasse um copo a poucos centímetros de onde ele havia imaginado.

Embora Polanski e Cassavetes se conhecessem e aparentemente gostassem um do outro antes das filmagens, sua relação no trabalho se tornou um pouco estranha.

5 – PRODUTOR FOI FIGURANTE

Quando Rosemary vai até a cabine telefônica para ligar para o consultório do Dr. Hill, um homem com um charuto aparece e espera do lado de fora.

Mia Farrow e William Castle

William Castle fez a pontinha no filme interpretando este personagem — como o nível de paranoia no filme é intenso neste ponto, o espectador inicialmente se pergunta se o homem é parte da conspiração contra Rosemary ou apenas uma coincidência esquisita.

6 – MALDIÇÕES DO FILME

De acordo com Mia Farrow, o ator Sidney Blackmer (que interpretou o líder do coven, Roman Castevet) disse no set que não havia nada de bom nesse negócio de “Salve Satanás” e ele não era o único que pensava assim.

William Castle (produtor do filme) mais tarde se convenceu de que o longa foi amaldiçoado.

Logo após a produção, ele sofreu com uma doença que o levou para a cirurgia. Ao se recuperar, o compositor do filme, Krzysztof Komeda, sofreu uma queda que o levou ao coma e, no fim, à morte.

No verão de 1969, a atriz Sharon Tate — a esposa do diretor Polanski, grávida de oito meses — foi brutalmente assassinada pela Família Manson.

Roman Polanski e Sharon Tate

Para Castle, tudo se somava: “A história do filme estava acontecendo na vida real. Todas as bruxas estavam lançando seu feitiço e eu estava me tornando uma das peças”, ele lembrou mais tarde.

7 – O DIVÓRCIO DE MIA FARROW E FRANK SINATRA

Na época da produção de "O Bebê de Rosemary", Farrow era casada com o lendário cantor Frank Sinatra

Quando o marido avaliou o roteiro com ela, ele lhe disse que não conseguia ver a atriz no papel. Ela foi em frente e atuou no filme, mas os atrasos de Polanski fizeram com que sua agenda entrasse em conflito com outro projeto, planejado pelo Sinatra.

Ela esperava dar conta dos dois projetos ao mesmo tempo, mas no fim das contas o problema escalou e ela precisou escolher entre o filme de Polanski ou seu marido.

Como ela escolheu terminar o filme “O bebê de Rosemary”, Sinatra pediu o divórcio, que foi oficializado no meio das filmagens.

Mia os assinou em “um borrão de lágrimas”, depois continuou a filmar.

A situação criou tanta tensão entre Sinatra e Evans (produtor do filme) que eles não se falaram por vários anos, a ponto de consultarem restaurantes para verificar se eles não estavam no ambiente antes de ir.

Mia Farrow e Frank Sinatra

“O bebê de Rosemary” é um filme que mexe com quem ama cinema até os dias de hoje.

E você? Também é fã do clássico?

🍿 Luana Sabaini