⭐ 15 curiosidades sobre Kurt Cobain que você não sabia!

Kurt Cobain, ícone eterno do rock e vocalista da lendária banda Nirvana, continua a fascinar fãs e estudiosos da música décadas após sua morte. Nascido em 1967 em Aberdeen, Washington, Cobain não apenas revolucionou o cenário musical com sua abordagem crua e emocional ao grunge, mas também deixou um legado duradouro através de sua vida complexa e de seu trabalho inovador.

Este texto se propõe a explorar curiosidades intrigantes sobre o homem por trás da guitarra que transformou o rock nos anos 90. De sua infância turbulenta e influências musicais inesperadas a segredos de sua vida pessoal e suas icônicas performances ao vivo, vamos mergulhar fundo na história de Kurt Cobain e descobrir o que o tornou uma figura tão fascinante e enigmática na história da música.

Prepare-se para uma jornada pelos bastidores da vida de uma lenda do rock.

1 - KURT ADORAVA DESENHAR

Kurt Cobain nasceu em 20 de fevereiro de 1967, em Aberdeen, Washington, Estados Unidos.

Desde cedo, Cobain demonstrou uma paixão pelo desenho. Quando tinha apenas seis anos, apresentou um desenho do Mickey para seu avô Leland, que duvidou que seu neto tivesse criado algo tão impressionante e sugeriu que ele poderia ter copiado a imagem.

Para provar seu talento, Leland pediu que Kurt desenhasse novamente na sua presença. O resultado foram ilustrações notáveis do Pateta e do Pato Donald. No documentário "Montage of Heck", é possível ver vários dos desenhos de Kurt, incluindo o do Pateta e do Pato Donald.

2 - ERA FÃ DE BEATLES E TERRY JACKS

A paixão de Kurt pela música surgiu na infância, quando ele frequentemente tentava tocar no piano as canções que ouvia no rádio. Durante esse período, era um grande admirador dos Beatles e de Terry Jacks.

Mais tarde, quando o Nirvana já tinha alcançado fama global, ele fez uma versão da música "Seasons in the Sun" de Terry Jacks.

Em cada apresentação da banda, sempre que essa música era tocada, os membros trocavam de instrumentos, e Kurt assumia a bateria.

3 - KURT COBAIN ERA UMA CRIANÇA PECULIAR

Kurt era muito inquieto durante a infância. Sua irmã Kim se recorda de que sua agitação aumentava quando ele consumia alimentos com alto teor de açúcar. Para lidar com isso, prescreveram Ritalin para ele, uma medicação que muitos temiam poder predispor a dependência química no futuro. Courtney Love, sua esposa, também usou Ritalin na infância, e esse assunto era frequentemente discutido entre o casal.

Além disso, desde pequeno, Kurt demonstrava um senso de humor peculiar. Em uma ocasião, ele comentou com um bombeiro: "Como você pode estragar um incêndio tão perfeito apenas para fazer fumaça?"

4 - ELE MENCIONAVA SUICÍDIO DESDE A ADOLESCÊNCIA

Na adolescência, Kurt brincava de fazer filmes e um destes filmes ganhou o nome de "Kurt comete suicídio" e, nele, Cobain se matou cortando os pulsos.

Aliás, suicídio já era um tema muito falado e vivenciado por Kurt aos 14 anos. Além do filme que gravou, afirmava para amigos que seria um músico muito famoso e depois se mataria. Seu tio-avô se matou e, quando estava na oitava série, enquanto caminhava com dois amigos, encontrou um menino do colégio enforcado em uma árvore.

5 - ERA MUITO PREGUIÇOSO

Após a separação dos pais, o humor de Kurt passou a mudar. Na adolescência, seu pai e a madrasta ofereceram pagar para que ele realizasse tarefas domésticas. No entanto, Kurt era tão relutante em trabalhar que acabou endividado com eles.

6 - A IDEIA DO PUNK ROCK

Conhecer a banda Melvins teve um impacto profundo na vida de Kurt, e ele registrou suas impressões em seu diário. Em uma passagem, ele escreveu: "Eles tocavam com mais rapidez e energia do que qualquer um dos meus discos do Iron Maiden. Era exatamente o que eu estava procurando. Ah, o punk rock".

Anos mais tarde, Kurt chegou a morar com um dos membros da banda e também teve a oportunidade de abrir shows para os Melvins.

7 - PERDENDO A VIRGINDADE

Kurt perdeu a virgindade em uma noite bastante peculiar. Durante uma festa, ele encontrou uma conhecida chamada Jackie Hagara.

Jackie e sua amiga Shannon estavam querendo ir embora, então Kurt as convidou para ir à sua casa. Ao chegarem lá, Shannon estava tão embriagada que adormeceu em uma cama, enquanto Kurt levou Jackie para o seu quarto. Quando já estavam nus, a mãe de Kurt entrou furiosa e expulsou os três de casa.

Ao saírem, Shannon já estava mais recuperada, e o grupo decidiu ir para a casa de Jackie. No entanto, lá encontraram o namorado de Jackie, que acabara de sair da prisão. Kurt, então, fingiu ser o namorado de Shannon, e os dois acabaram passando a noite juntos.

8 - MORANDO EM VÁRIOS LUGARES DIFERENTES

Devido à sua complicada relação com os pais, Kurt mudou-se por diversos lugares durante a adolescência. Em várias ocasiões, ele acabou passando a noite no Hospital Comunitário de Grays Harbor.

Para se alimentar, ele frequentemente se colocava na fila e fazia pedidos de comida para quartos que na verdade não existiam.

9 - KURT RELIGIOSO?

Aos 17 anos, Kurt adotou uma fé religiosa e se converteu ao evangelismo. Ele abandonou o álcool e a maconha, chegando a criticar seu amigo Jesse por usar drogas. No entanto, esse período foi breve; Kurt não apenas retomou o consumo de álcool e maconha, mas também passou a se revoltar contra Deus.

10 - ELE FOI PRESO VÁRIAS VEZES

Kurt enfrentou problemas legais em várias ocasiões. O primeiro incidente envolveu uma multa de 180 dólares por fazer grafite. Em uma segunda ocorrência, ele foi acusado de invasão de propriedade ao escalar um telhado, além de ser flagrado com álcool enquanto ainda era menor de idade.

Como não havia pago a multa anterior e não tinha dinheiro para a fiança, acabou passando oito dias na prisão.

11 - ELE ADORAVA QUEBRAR GUITARRAS EM SHOWS

Kurt sempre teve o hábito de quebrar suas guitarras, um comportamento que começou antes da fama. A primeira vez que quebrou uma guitarra no palco foi quando o Nirvana ainda não havia lançado seu primeiro álbum, e ele tinha apenas 21 anos.

12 - A CAPA DE "NEVERMIND"

Kurt foi responsável pela ideia da capa do álbum Nevermind, que apresenta um bebê nadando em direção a uma nota de um dólar. Inicialmente, havia uma discussão sobre a inclusão ou não do pênis do bebê na imagem.

13 - O SUCESSO DE "NEVERMIND"

Antes do lançamento de "Nevermind", a gravadora Geffen tinha a expectativa de vender 50 mil cópias. No entanto, após uma apresentação antes do lançamento, o vice-presidente da Geffen, entusiasmado, previu uma venda de 100 mil cópias. O Nirvana, porém, conquistou as paradas com tanta rapidez que as 46.251 cópias disponíveis esgotaram-se rapidamente, e Nevermind ficou fora de estoque por algumas semanas.

O álbum só saiu das paradas da Billboard em 17 de julho de 1993, quase dois anos após o seu lançamento. "Nevermind" já vendeu mais de 30 milhões de cópias no mundo inteiro.

14 - A MORTE DE KURT COBAIN

Kurt foi encontrado morto em 8 de abril de 1994, pelo eletricista Gary Smith, que estava trabalhando na instalação de um novo sistema de segurança na residência. Acredita-se que ele tenha falecido no dia 5, embora a morte possa ter ocorrido um dia antes ou depois.

É notável que muitos acham que ele poderia ter morrido no mesmo dia sem ter atirado na cabeça, devido à grande quantidade de heroína encontrada na autópsia. A carta de suicídio foi dirigida ao seu amigo imaginário de infância, Boddah.

Kurt tinha apenas 27 anos de idade, e entrou na lista de cantores que morreram com essa mesma idade, como: Jim Morrison, Jimi Hendrix, Robert Johnson e Amy Winehouse.

15 - A CARTA DE SUICÍDIO

Kurt desabafa coisas muito íntimas em sua carta de suicídio. Por exemplo, ele afirma que não consegue sentir mais nenhuma emoção no palco, no trecho:

"Eu não tenho sentido a excitação de ouvir, bem como criar música, juntamente com a leitura e a escrita, faz muitos anos. Eu me sinto culpado além do que posso expressar em palavras por essas coisas. Por exemplo, quando estamos atrás do palco e as luzes se apagam, e o ruído ensandecido da multidão começa, isso não me afeta do jeito que afetava Freddie Mercury, que parecia amar, se deliciar com o amor e adoração da multidão, que é algo que eu admiro e invejo muito. O fato é que não consigo enganar vocês, nenhum de vocês. Simplesmente não é justo nem com vocês nem comigo. O pior crime que posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se estivesse me divertindo 100%. Às vezes sinto como se eu tivesse que bater o cartão de ponto antes de subir ao palco".

Kurt também menciona sua esposa e sua filha, Frances, dizendo que tem medo da pequena se tornar autodestrutiva, assim como ele:

"Tenho uma deusa como esposa que transpira ambição e empatia e uma filha que me lembra demais como eu costumava ser, cheia de amor e alegria, beijando cada pessoa que ela encontra porque todos são bons e ninguém fará mal a ela. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Não suporto a ideia de Frances se tornar um triste, autodestrutivo, roqueiro da morte, como eu me tornei".

Kurt também confessa que sentia ódio dos seres humanos:

"Eu tenho muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos, passei a sentir ódio de todos os humanos em geral. Apenas porque parece tão fácil para as pessoas que tem empatia se darem bem. Apenas porque eu amo e lamento demais pelas pessoas, eu acho".

E no final, ele afirma ser uma pessoa triste e que não tem mais paixão a nada:

"Obrigado a todos do fundo do meu ardente e nauseado estômago por suas cartas e preocupação nestes últimos anos. Eu sou um bebê errático e triste! Eu não tenho mais a paixão, e por isso lembre-se, é melhor se queimar de vez do que desaparecer aos poucos".

Kurt Cobain, o icônico líder do Nirvana, deixou um legado duradouro que transcende a música e ressoa profundamente na cultura pop. Sua carreira, marcada pela autenticidade e pela intensidade emocional, redefiniu o rock dos anos 90 e influenciou inúmeras bandas e artistas subsequentes.

Apesar de sua vida ser tragicamente curta, sua influência continua viva através de suas músicas e do impacto cultural que causou. Cobain não foi apenas um músico; ele foi um símbolo de uma geração, representando as lutas e a complexidade da juventude da época. Suas composições e seu estilo único ainda inspiram e ressoam com novas gerações, garantindo que sua memória e contribuição para a música nunca sejam esquecidas.

A história de Kurt Cobain é um testemunho da capacidade da arte de refletir e moldar o mundo ao nosso redor, mesmo quando o artista que a criou se vai cedo demais.