🍿 7 curiosidades do filme "O IRLANDÊS" que você não sabia!

“O Irlandês” é uma obra prima do aclamado diretor Martin Scorsese. Lançado na Netflix em 2019, logo chamou a atenção de crítica e público.

O filme conta a história de Frank Sheeran, o narrador da história, que reconta suas memórias como assassino de aluguel de máfia. Na vida real, Sheeran teve ligações com a família mafiosa Bufalino e supostamente confessou ter assassinado o líder sindical Jimmy Hoffa, pouco antes de sua morte.

O filme se baseia em fatos reais, pois Jimmy Hoffa trabalhou com sindicatos desde muito jovem, e seu contato com crime organizado também começou muito cedo.

O corpo de Hoffa está desaparecido há décadas e até hoje, ninguém sabe de seu paradeiro.

Isso fascina os americanos, que gostam de filmes, seriados e documentários sobre o caso.

Vamos ver 7 curiosidades desse sucesso da Netflix e do diretor Scorsese:

1 – BASEADO EM FATOS REAIS

“O Irlandês” é a adaptação do livro “I Heard You Paint Houses: Frank ‘The Irishman’ Sheeran and Closing the Case on Jimmy Hoffa”, de Charles Brandt. Trata-se de uma biografia sobre o tal Frank ‘The Irishman’ Sheeran – papel de Robert De Niro – homem que confessou ter cometido crimes para a família Bufalino, conhecido clã ítalo-americano da máfia.

A trama gira em torno do mistério envolvendo Jimmy Hoffa (Al Paccino), um líder sindical que desapareceu em 1975 e foi declarado morto em 1982.

Esse caso nunca foi solucionado e é um dos grandes mistérios dos EUA, mas o livro e o filme levantam hipóteses a respeito do que teria acontecido com Hoffa.

Jimmy Hoffa / Al Pacino

2 – NÃO É O PRIMEIRO FILME SOBRE HOFFA

“Hoffa – Um Homem, Uma Lenda” (1992)

O primeiro filme que conta sobre o desaparecimento de Jimmy Hoffa, chama-se “Hoffa – Um Homem, Uma Lenda”, e foi dirigido por Danny DeVito, lançado em 1992.

Jack Nicholson interpretou Hoffa e concorreu ao Globo de Ouro pelo papel.

3 – O FILME MAIS LONGO

Este é o filme mais longo dirigido pelo incrível diretor Martin Scorsese, e também o mais longo lançado pela Netflix até o ano que ele foi lançado, 2019.

O filme possui 3 horas e meia de duração.

Ator Robert De Niro e o Diretor Martin Scorsese

4 – E TAMBÉM O FILME MAIS CARO DO DIRETOR

O longa custou incríveis 175 milhões de dólares. Esse orçamento é superior ao de alguns filmes blockbusters, como “Homem-Aranha: Longe de Casa” (2019), por exemplo, que custou 160 milhões de dólares aos cofres da Marvel.

Os efeitos visuais são responsáveis por boa parte do valor final, pois o diretor fez questão de investir bastante numa técnica conhecida como de-aging, que rejuvenesce os atores digitalmente.

Esse efeito também foi usado para que Will Smith contracenasse consigo mesmo no filme “Projeto Gemini” (2019).

Will Smith em “Projeto Gemini” (2019)

5 – MAFIOSOS NAS TELONAS TRABALHANDO JUNTOS

Dois dos maiores nomes dos filmes de máfia nunca haviam trabalhado juntos antes de “O Irlandês”: o diretor Martin Scorsese, que dirigiu “Os Bons Companheiros” (1990) e Al Pacino, que trabalhou na triologia super premiada “O Poderoso Chefão” dos anos 70.

Essa também é a primeira vez que Al Pacino, Robert De Niro e Joe Pesci atuam juntos.

6 – OSCAR E SUAS INJUSTIÇAS

Com o sucesso que “O Irlândes” fez na Netflix, muitas pessoas começaram a ver que Scorsese e Joe Pesci já haviam trabalhado juntos décadas antes.

Se você foi uma criança dos anos 80 e 90, deve conhecer Joe Pesci em outro tipo de filme: a comédia. Pois ele interpretou um dos ladrões que invadem a casa de Kevin, no clássico “Esqueceram de Mim” dos anos 90.

Joe Pesci em “Esqueceram de Mim” (1990)

Pesci não era acostumado a trabalhar em filmes infantis naquela época, então muitas vezes em que ele aparece resmungando palavras que não tem como entender, é a sua maneira de “xingar” em um filme infantil.

Outra curiosidade sobre o ator é que ele foi responsável pelo único Oscar de “Os Bons Companheiros” – como Coadjuvante. E isso foi muito polêmico, pois muitos defendem que o filme e Scorcese foram injustiçados na premiação de 1991. Naquele ano, “Dança com Lobos” levou as estatuetas de Melhor Filme e Melhor Direção (Kevin Costner).

Quando Scorcese finalmente venceu o Oscar de Melhor Direção, em 2007 por “Os Infiltrados”, nove entre dez críticos de cinema afirmaram que a Academia estava corrigindo o erro que cometeu em 1991.

Mas depois desse filme incrível, e do grande sucesso de crítica e público, a academia não aprendeu nada. “O Irlandês” concorreu a 10 Oscars e não levou nenhuma estatueta para casa.

7 – SUCESSO DE CRÍTICA E PÚBLICO

Nem sempre uma penca de nomes fortes resulta num bom filme, isso é fato. E vale lembrar que, apesar do inegável prestígio, Scorcese já lançou filmes ruins. Mas, dessa vez, a crítica adorou muito e o filme conquistou bastante o público de todas as idades.

Muitos críticos afirmaram que “O Irlandês” foi “o melhor filme de Scorcese em décadas”, “trata-se do melhor trabalho dele em 30 anos” (uma referência direta a “Os Bons Companheiros”) e “essa é a “obra prima tardia” do diretor”.

No Rottem Tomatoes, site que mede a popularidade dos filmes, a aprovação é de 96% da crítica especializada e de 86% do público. No IMDb, a maior base de dados da internet sobre audiovisual, a nota dos usuários é 8,6.

Isso faz com que ele ocupe a posição 61 do ranking, dentre todos os filmes do IMDb lançados até o ano de 2019.

“O Irlandês” é um filme fascinante, com um elenco de primeira, uma direção impecável e uma história com mistérios que fascina os americanos. Com tudo isso, realmente, não tinha como essa obra dar errado.

🍿 Luana Sabaini