🍿 10 curiosidades do filme "O CORCUNDA DE NOTRE DAME" que você não sabia!

“O Corcunda de Notre Dame” de 1996 é um dos melhores e mais diferentes clássicos da Disney.

Diferente porque, mesmo sendo um desenho com músicas cativantes, personagens que amamos e cenas engraçadas, ele é sombrio demais para um desenho Disney.

Ele tem assédio sexual, quase queimam a protagonista na fogueira em praça pública, matam a mãe do Quasímodo na escadaria de Notre Dame com dois minutos de filme e mais: O mocinho não fica com a mocinha no final. Resumindo: Um personagem Disney não vive feliz para sempre, ele tem... uma decepção amorosa como qualquer um de nós meros mortais!

E com tudo isso ele se tornou um clássico absoluto e é o favorito de muitas pessoas, justamente por ser diferente e corajoso!

Vamos ver 10 curiosidades desse desenho que amo tanto:

1 – É BASEADO NUM LIVRO

A animação é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Victor Hugo em 1831, considerada o maior romance histórico do autor, que também escreveu "Os Miseráveis" em 1862.

O livro traz um retrato da sociedade de Paris na época da história, que se passa em 1482, com muitos cidadãos em situação precária, passando fome e vivendo nas ruas, como Esmeralda: uma cigana que ganhava a vida dançando em frente da catedral de Notre Dame.

2 – CATEDRAL DE NOTRE DAME: A VERDADEIRA PROTAGONISTA

Para muitos, o verdadeiro protagonista da obra é a catedral de Notre Dame. Quando escreveu o livro, Victor Hugo pretendia chamar a atenção para a imperfeição da construção.

Em abril de 2019 a catedral pegou fogo. A Disney ajudou com os custos das reformas do monumento, como forma de gratidão.

3 – EXISTIU UM CORCUNDA EM NOTRE DAME NA VIDA REAL?

Historiadores encontraram evidências da existência de um verdadeiro corcunda: de acordo com as memórias de Henry Sibson, escultor que trabalhou na catedral no século XIX, um de seus colegas de trabalho era corcunda.

4 – O LIVRO É AINDA MAIS SOMBRIO

A animação possui diversas mudanças com relação ao livro, pois na obra literária a história é ainda mais sombria.

No livro, Esmeralda chega a ser condenada e executada publicamente injustamente pelo assassinato de Febo.

Para vingar sua morte, Quasimodo arremessa Frollo do alto da catedral e desaparece, com seu corpo reaparecendo anos depois no túmulo da cigana.

No livro, Frollo não é um juiz, mas um arcebispo. Os produtores da Disney decidiram mudar o personagem porque sentiam que ele seria mais sinistro tendo controle da cidade e, por isso, não seria interrogado na tentativa de matar os ciganos.

5 – A MÚSICA DO FROLLO QUASE NÃO FOI APROVADA

A cena da música “Hellfire” (“Fogo do Inferno” em português) é considerada uma das mais problemáticas da Disney por conta de seu conteúdo sexual. Frollo está obcecado sexualmente por Esmeralda e a vê nas chamas.

A Motion Picture Association insistiu que os animadores da Disney fizessem as roupas da personagem mais bem definidas, porque a personagem parecia estar completamente nua na cena.

Aliás, a Disney teve tanto problema com essa música, que ela quase ficou de fora.

Já imaginou?

6 – AS MÚSICAS CLÁSSICAS

A trilha sonora foi composta por por Alan Menken e Stephen Schwartz, os mesmos que escreveram músicas clássicas de grandes obras da Disney como “A Pequena Sereia” (1989), “Aladdin” (1992), “A Bela e a Fera” (1991) e “Hércules” (1997) – resumindo: os caras eram feras!

“Hércules” (1997)

Tudo foi gravado em Londres pela ópera nacional inglesa e entre os instrumentos tinha um órgão de mais de cem anos.

Os cantos em latim do filme foram adaptados de cantos gregorianos reais. A música de abertura, “The Bells of Notre Dame” (“Os Sinos de Notre Dame” em português), foi composta quando quase 1/3 do filme já estava pronto e a produção desistiu da ideia de iniciar o filme com cenas de flashbacks (uma ótima escolha).

Alan Menke já disse que considera este o melhor número de abertura que já escreveu na vida.

7 – AS GÁRGULAS NÃO ERAM GÁRGULAS?

As gárgulas foram batizadas em homenagem ao autor do livro e se chamam Victor, Hugo e Laverne.

Esta última, acredita-se que tenha recebido seu nome em homenagem a Laverne Andrews, do grupo musical The Andrew Sisters, dos anos 40.

As gárgulas na verdade não são exatamente gárgulas: Elas são grotesques: estátuas de demônios e monstros colocadas em igrejas para assustar espíritos malignos.

As gárgulas de verdade são ocas e utilizadas para vazar a água da chuva.

8 – SOMENTE NA IMAGINAÇÃO DO QUASIMODO

Em um especial gravado para o DVD do filme, os animadores Kirk Wise, Gary Trousdale e Don Hahn afirmam que é possível que as gárgulas existam somente na imaginação de Quasímodo e que talvez elas sejam apenas reflexos de sua personalidade criados para enfrentar a solidão.

Na verdade, durante o filme somente Quasímodo e Djali (a cabra da Esmeralda) interagem com elas.

As estátuas não existem no livro original.

9 – UMA APARIÇÃO INESPERADA

Quando Quasímodo está cantando “Out There” (“Lá Fora” em português), a câmera passeia por Paris e dá zoom em uma rua.

Na cena, aparecem Bela, de “A Bela e a Fera” (1991), andando e lendo um livro, já que a história de Bela também se passa na França.

10 – COMPUTAÇÃO GRÁFICA E DESENHOS À MÃO TRABALHANDO JUNTOS

“O Corcunda de Notre Dame” foi o quinto filme mais assistido nos cinemas americanos em 1996, rendendo mais de 325 milhões de dólares no mundo todo, com um orçamento de 100 milhões (uma fortuna na época, principalmente em animações.)

O filme custou tão caro, pois todos os cenários do filme foram feitos digitalmente. A sequência do Festival dos Tolos, por exemplo, foi uma das primeiras a usar animação computadorizada na Disney: foram criados seis tipos de personagens a quem 72 ações foram programadas. Estes personagens foram reproduzidos de forma a “lotar” a praça.

Mesmo com tantos efeitos computadorizados, todos os personagens principais foram animados à mão, utilizando o estilo tradicional de animação.

Foram mais de 600 artistas que utilizaram 1 milhão de folhas de papel e mais de 70 mil lápis!

Ufa!!!

“O Corcunda de Notre Dame” é um dos melhores desenhos da Disney e ninguém nega isso.

E você? Também é apaixonado por este obra?

🍿 Luana Sabaini