🔎 CASOS E MISTÉRIOS: Susan Smith: Matou os próprios filhos para ficar com um homem!

Em outubro de 1994, Susan Leigh Smith, da Carolina do Sul, matou os próprios filhos afogados e quis culpar outra pessoa por isso!

QUEM ERA SUSAN SMITH?

Nascida em 26 de setembro de 1971, em Union, Carolina do Sul, Susan Leigh Vaughan era a caçula de três filhos e a única menina. A tragédia aconteceu em 1977, quando seu pai, Harry Ray, cometeu suicídio. Susan não aceitava ficar sem o pai e quis tirar sua própria vida aos 13 anos de idade.

Quando sua mãe Linda se casou com Beverly C. Russell Jr., parecia que a sorte da família estava melhorando. Pai divorciado de três filhos, Russell era um corretor da bolsa e membro da comunidade republicana da Carolina do Sul. Em casa, no entanto, ele abusava de Susan sempre que podia.

Susan contou a seu orientador do ensino médio e a sua mãe sobre o abuso em 1987, quando ela tinha 16 anos. Linda confrontou o marido sobre isso. Ele jurou nunca mais encostar em Susan e concordou com a terapia familiar, mas continuou abusando da enteada – que revelou isso em fevereiro de 1988.

Mais tarde naquele ano, ela tentou o suicídio mais uma vez. Trabalhando meio período em um supermercado Winn-Dixie, Susan ficou sobrecarregada depois que um colega de trabalho mais velho e casado rompeu um caso com ela e engoliu uma overdose de aspirina em uma tentativa de se automutilar. Os médicos a diagnosticaram com um “distúrbio de ajuste” e culparam seu comportamento pelo estresse.

Em 1989, Susan Vaughan disse a seu psiquiatra que seu “caso” com seu padrasto era consensual. Ela confirmou que não estava feliz por sua mãe receber toda a atenção masculina. Ela acabaria encontrando um parceiro apropriado em David Smith, um colega trabalhador de supermercado Winn-Dixie que foi criado como Testemunha de Jeová por pais muito rígidos.

Eles se casaram depois de apenas um ano de namoro. A noiva de 19 anos já estava grávida de dois meses de seu primeiro filho Michael. David, seu noivo, também tinha muitos traumas na família, principalmante por seu irmão ter morrido dias antes de seu casamento.

Susan e seu marido David Smith

Ambos vieram de famílias atormentadas pela tragédia. Mas sua própria família provaria ser infeliz também. Quase assim que se casassem, os Smiths começariam a discutir e trair um ao outro incansavelmente.

O TERRÍVEL ASSASSINATO DOS PRÓPRIOS FILHOS

O caso extraconjugal mais intenso de Susan Smith foi com um novo funcionário da Conso Products em 1993. Ela começou a dormir com o filho de seu chefe, Tom Findlay, em janeiro de 1994. Mas o rico e bonito homem de 27 anos terminou com ela em outubro.

Para isso, Findlay escreveu uma carta para Susan dizendo que se ela quisesse alguém legal como ele, ela deveria se tornar uma garota legal e se dar mais valor. E terminou a carta dizendo que não queria ter um relacionamento com uma mulher que tivesse filhos.

Com isso, passou na cabeça de Susan que, se ele não queria uma garota com filhos, ela deveria se livrar de suas crianças, assim Findlay finalmente ficaria com ela. E foi o que ela fez.

Apenas três horas depois de ler a carta, Susan Smith colocou seus filhos em seu Mazda Protege 1990 e partiu para um passeio. Ao se aproximar de um lago, ela jogou o carro direto na água, depois fugiu do local e deixou seus dois filhos se afogando. O carro afundou nas águas bem devagar e Susan ficou ali parada, assistindo a tudo.

Ela então foi na polícia dizer que um homem negro invadiu seu carro, quando ela parou num sinal vermelho e levou seu carro com seus dois filhos dentro. Por nove dias, ela dava entrevistas para a TV, chorando e implorando para que o homem devolvesse seus filhos são e salvos.

Mas ela cometeu um enorme erro: o sinal que ela disse que parou, é uma rua que o sinal fica verde o tempo inteiro. Ele só fica vermelho quando há um outro carro vindo na direção contrária. E Susan disse que não haviam outros carros perto do dela no momento, do então, sequestro.

Em 3 de novembro, com a polícia suspeitando de sua história frágil, Smith finalmente cedeu e confessou o que havia feito. Seu julgamento começou logo depois.

O JULGAMENTO DE SUSAN SMITH

O advogado de defesa de Smith, David Bruck, argumentou que suas ações estavam enraizadas em doenças mentais estimuladas pelo suicídio de seu pai, abusos sexuais e rejeições emocionais. O promotor principal Thomas Pope deu uma versão muito diferente. Ele alegou que Smith era uma manipuladora assassina, que matou seus filhos para recuperar o afeto de Findlay.

Aparentemente não convencido pela defesa de Smith, o júri deliberou por apenas duas horas e meia em 22 de julho de 1995 e rapidamente a considerou culpada. Julgada por duas acusações de assassinato em primeiro grau, Susan Smith foi condenada à prisão perpétua.

COMO SUSAN ESTÁ HOJE?

Hoje Susan Smith está encarcerada na Leath Correctional Institution em Greenwood, Carolina do Sul. Seu comportamento atrás das grades só a tornou mais sórdida, já que ela foi pega fumando maconha e dormindo com um agente penitenciário.

Ela deu uma entrevista em 2015, falando: “Tem sido difícil ouvir mentira após mentira e não ser capaz de me defender. É frustrante para dizer o mínimo. O que mais me dói é que as pessoas pensam que machuquei meus filhos para estar com um homem. Isso está tão longe da verdade. Não havia motivo, pois nem era um evento planejado. Eu não estava no meu juízo perfeito.”

Mesmo agora, Susan Smith sustenta que foi apenas uma ruptura temporária, embora violenta, de seu estado mental normal que a levou a prejudicar seus filhos.

Embora o tribunal de opinião pública tenha ficado do lado da acusação, o estado terá que realmente considerar os apelos de Smith em 2024, quando ela poderá obter liberdade condicional.

🔎 Luana Sabaini