🔎 CASOS E MISTÉRIOS: Jeffrey Dahmer: O Canibal de Milwaukee

Jeffrey Dahmer, um serial killer americano e criminoso sexual, nasceu em 21 de maio de 1960. Entre os anos de 1978 e 1991, Dahmer assassinou 17 homens de uma forma verdadeiramente horrível.

Ele matava, depois tinha relações com os cadáveres, comia o coração deles e guardava seus ossos em casa, como um troféu.

Dahmer teve uma infância conturbada, pois seus pais brigavam muito. Por isso, ele se tornou retraído e pouco comunicativo à medida que envelhecia.

Ele não tinha amigos e não conseguia conversar com ninguém. Quando era criança, gostava de pegar animais mortos no meio da estrada e cortá-los para ver como eram por dentro. Seu pai o ajudava, praticando a taxidermia, ou seja, empalhando animais.

Jeffrey Dahmer e sua família

Seu pai, Leonel, acreditava que seu filho estava criando uma paixão por ciências e que iria querer ser um médico no futuro. Jamais o pai imaginou que estava ajudando o filho a como cortar os corpos de suas vítimas no futuro.

Jeffrey sempre bebia muito, mas não o impediu de se formar em 1978.

Foi apenas três semanas depois da formatura, que o jovem de 18 anos cometeu seu primeiro assassinato. Devido ao divórcio de seus pais naquele verão, Jeffrey foi deixado sozinho na casa da família.

O COMEÇO DOS ASSASSINATOS

Ele aproveitou a oportunidade para agir de acordo com os pensamentos sombrios que estavam crescendo em sua mente. Ele pegou um jovem que estava pedindo carona, chamado Steven Hicks, e se ofereceu para levá-lo de volta à casa de seu pai para beber cerveja. Mas quando Hicks decidiu sair, Dahmer o acertou na nuca com um aparelho de musculação que tinha em casa. Dahmer cortou o jovem morto em pedaços, colocou tudo em sacos plásticos de lixo pretos, jogou esses sacos na parte de trás do carro, e dirigiu até um lugar onde podia jogar o corpo do jovem.

Dahmer foi parado por policais que, ao perguntarem o que eram aqueles sacos, Dahmer simplesmente disse que iria jogar o lixo fora. Os policais acreditaram nele e o deixaram ir. Ou seja: eles poderiam ter parado o Dahmer no seu primeiro assassinato e salvado outros 16 rapazes que iriam sofrer nas mãos do assassino.

Dahmer frequentou a faculdade naquele outono, mas foi expulso devido ao seu alcoolismo. Depois disso, seu pai o forçou a se alistar no exército, onde serviu como médico de combate na Alemanha de 1979 a 1981. No entanto, ele continuou bebendo muito e foi dispensado naquela primavera, voltando para casa em Ohio.

Depois que sua bebida continuou a causar problemas, seu pai o enviou para morar com sua avó em West Allis, Wisconsin.

Em 1985, ele frequentava bar gays, onde drogava homens e os violentava enquanto estavam inconscientes. Embora tenha sido preso duas vezes por ter molestados adolescentes, ele pegou prisão em regime aberto, e um ano depois, já estava nas ruas novamente.

Steven Tuomi foi sua segunda vítima, morto em setembro de 1987. Dahmer o pegou em um bar e o levou de volta para um quarto de hotel, onde acordou na manhã seguinte com o cadáver espancado de Tuomi. Mais tarde, ele afirmou que não tinha memória de realmente assassinar Tuomi, o que significa que ele também estava drogado quando matou o menino.

Jeffrey saiu do quarto de hotel, comprou uma mala bem grande, colocou o corpo do rapaz na mala, e saiu tranquilamente do hotel, mais uma vez, sem ser pego por ninguém.

Ele continuou a atrair homens inocentes de bares, a quem ele drogou, violentou e estrangulou. Nesse ponto, porém, Dahmer também começou a realizar atos particularmente perturbadores com seus cadáveres, continuando a usar os corpos para relações sexuais, tirando fotos do processo de desmembramento, preservando os crânios e genitais de suas vítimas para exibição e até guardando partes para consumo.

O APARTAMENTO 213

Em 1990, Dahmer foi morar em um apartamento de número 213, em Milwaukee. Lá, ele permaneceria livre para cometer quatro assassinatos naquele ano e mais oito em 1991.

Dahmer começou a matar cerca de uma pessoa por semana no verão de 1991. Ele se apaixonou pela ideia de que poderia transformar suas vítimas em “zumbis” para agir como parceiros sexuais jovens e submissos. Ele usou muitas técnicas diferentes, como fazer furos no crânio e injetar ácido clorídrico ou água fervente em seus cérebros. Logo, os vizinhos começaram a reclamar de barulhos estranhos e cheiros horríveis vindos do apartamento de Dahmer.

Certo dia, um jovem de 14 anos sofreu uma lobotomia por Jeffrey, mas conseguiu escapar do apartamento. Desorientado, ele ficou na escada, somente de cueca e um cobertor.

Vizinha de Jeffrey, Glenda, ficou preocupada com o jovem, e dois policiais pararam para ver o que estava acontecendo.

Jeffrey chegou com mais bebidas e viu que os policais estavam na escada de seu prédio, mas acabou os convencedo que aquele menino tinha 19 anos e era seu namorado. Acreditem se quiser, os policais ajudaram o jovem a voltar pro apartamento do assassino, para ele acabar de matá-lo.

A PRISÃO DE DAHMER

Em 22 de julho de 1991, Dahmer atraiu Tracy Edwards para sua casa, oferecendo 100 dólares para tirar umas fotos. Enquanto estava lá dentro, Edwards foi forçado a entrar no quarto por Dahmer com uma faca de açougueiro. Dahmer colocou “O Exorcista 3” para eles assistirem e fez Tracy deitar em sua cama, que estava cheia de sangue humano. O jovem conseguiu escapar de Dahmer, saiu correndo com uma algema na mão, que o assassino tinha colocado nele, e começou a chamar pela polícia. Tracy convenceu os policais a irem para o aprtamento de Dahmer, mas ninguém estava preparado para o que iriam encontrar.

Quando os policais chegaram no apartamento de Dahmer, Edwards os alertou sobre a faca que estava no quarto. Ao entrar no quarto, os policiais encontraram as fotos de cadáveres e membros desmembrados, que permitiram que eles finalmente prendessem Dahmer.

Uma investigação mais aprofundada da casa os levou a encontrar uma cabeça decepada na geladeira, mais três cabeças decepadas em todo o apartamento, várias fotografias das vítimas e mais restos humanos em sua geladeira. Um total de sete crânios foram encontrados em seu apartamento, bem como um coração humano no freezer, que Dahmer pretendia comer depois. Um altar também foi construído com velas e crânios humanos em seu armário. Depois de ser preso, Dahmer confessou e começou a divulgar os detalhes horríveis de seus crimes às autoridades.

A CONDENAÇÃO DO ASSASSINO

Dahmer foi indiciado por 15 acusações de assassinato e o julgamento começou em 30 de janeiro de 1992.

Desde o início, Dahmer sempre disse que era culpádo, confessou todos os seus crimes com detalhes, em um depoimento que durou mais de 66 horas, e disse que os policais deveriam matá-lo por tudo que ele havia feito.

Após duas semanas de julgamento, o tribunal o declarou culpado de 15 acusações de assassinato. Ele foi condenado a 15 prisões perpétuas, por um total de 957 anos de prisão. Em maio do mesmo ano, ele se declarou culpado pelo assassinato de sua primeira vítima, Stephen Hicks, e recebeu uma sentença adicional de prisão perpétua.

Dahmer cumpriu sua pena na Columbia Correctional Institution em Portage, Wisconsin.

Durante seu tempo na prisão, Dahmer quis ser batizado, começou a ler a bíblia e disse que tinha começado a ter fé em Deus.

Ele também recebia cartas de “fãs”, que mandavam pra ele também dinheiro, que ele usava para comprar coisas na prisão, como um rádio.

Ele foi atacado duas vezes por outros presos, com a primeira tentativa de cortar o pescoço deixando-o apenas com feridas superficiais.

A MORTE NA PRISÃO

No entanto, Dahmer foi atacado pela segunda vez em 28 de novembro de 1994, por Christopher Scarver, um detento que estava cansado de tanta atenção que Dahmer estava recebendo e também, estava horrorizado com tudo que ele havia feito.

Christopher Scarver / Jeffrey Dahmer

Scarver atacou Dahmer com uma barra de ferro, enquanto eles limpavam a academia da prisão. Dahmer teve traumatismo craniano, chegou vivo ainda no hospital, mas logo não resistiu.

A justiça queria usar o cérebro de Dahmer para ser estudado, já que sua mãe havia tomado vários remédios quando estava grávida. Muitos médicos queriam ver se os remédios haviam afetado o rapaz, mas seus pais conseguiram na justiça que seu cérebro fosse cremado.

Ou seja, jamais saberemos os motivos que levaram Dahmer a fazer tudo que fez.

🔎 Luana Sabaini