🟨 10 Curiosidades do filme “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989) que você não sabia!

“Indiana Jones e a Última Cruzada” é o terceiro capítulo da icônica saga de aventuras criada por George Lucas e Steven Spielberg. Lançado em 1989, o filme continua as emocionantes jornadas do arqueólogo e aventureiro Indiana Jones, interpretado por Harrison Ford. Desta vez, Indy embarca em uma busca épica para encontrar o Santo Graal, um artefato lendário que, segundo a lenda, concede vida eterna.


A trama se desenrola com um enredo que mistura ação intensa, enigmas históricos e um toque de humor. O filme é notável não apenas por seu enredo envolvente e cenas de ação emocionantes, mas também pela química entre Harrison Ford e Sean Connery, que interpreta o pai de Indy.


Neste texto, vamos explorar algumas das curiosidades mais fascinantes sobre a produção, o elenco e os bastidores que tornam A Última Cruzada uma das aventuras mais memoráveis da franquia.

1 – O FAVORITO DE SPIELBERG


Se você perguntar aos pais com mais de um filho qual é o favorito, a resposta usual é que eles “amam todos igualmente”. Embora seja amplamente reconhecido que sempre há um filho preferido, os pais costumam evitar revelar essa preferência para não causar conflitos ou traumas.


No entanto, Steven Spielberg, o criador da franquia Indiana Jones, não hesitou em expressar sua preferência pessoal. Ele já declarou várias vezes que “Indiana Jones e a Última Cruzada” é o seu filme favorito da série do icônico aventureiro.

2 – O JOVEN INDIANA


O filme inicia com uma aventura da adolescência de Indiana Jones, explorando suas origens e a busca pela Cruz de Coronaro. Embora o jovem intérprete não se pareça muito com Harrison Ford, o papel de Indiana Jones jovem foi interpretado pelo promissor River Phoenix.


A escolha de Phoenix foi feita pelo próprio Ford, que ficou impressionado com a atuação do jovem em “A Costa do Mosquito” (1986).


Curiosamente, River Phoenix revelou que, em vez de se basear nos trejeitos do personagem Indy, ele focou em imitar Harrison Ford. Para isso, ele passava horas observando o ator fora das telas para captar sua postura, comportamento e entonação vocal.

3 – O FILME QUASE ACONTECEU NUMA MANSÃO ASSOMBRADA


Durante a elaboração do roteiro, Steven Spielberg e George Lucas enfrentaram divergências que mudaram significativamente o rumo do filme. Inicialmente, George Lucas propôs uma versão do longa com uma temática mais voltada para o terror, ambientada em uma mansão assombrada. Embora um esboço do roteiro tenha sido escrito, Spielberg rejeitou a ideia por achar que era muito semelhante a “Poltergeist”. Lucas então sugeriu uma história chamada “Indiana Jones e o Rei Macaco”, escrita por Chris Columbus, conhecido por “Gremlins” e “Os Goonies”, que colocava Indy em busca do Graal na Escócia, enfrentando um fantasma, até descobrir que a fonte da juventude estava na África.


Spielberg não gostou da proposta e iniciou novas discussões com Lucas, que queria que o foco fosse no Santo Graal, mantendo o elemento da imortalidade presente desde os primeiros rascunhos. Spielberg, por sua vez, propôs incluir o pai de Indy como uma parte central da trama. Após várias revisões, o roteiro finalmente chegou à sua versão definitiva.

4 – FILHO DE JAMES BOND


Lembra quando os fóruns online discutiam qual personagem dos cinemas era o melhor, Indy ou James Bond, e alguém sempre argumentava: “É Indiana Jones, porque ele foi treinado pelo Bond”? Pois, na realidade, a escolha de Sean Connery para o papel de Dr. Henry Jones seguiu uma lógica semelhante. Spielberg sempre sonhou em dirigir um filme do 007, mas isso se tornou quase impossível devido à sua gestão de uma franquia semelhante.


Então, ele fez uma brincadeira com George Lucas: “E se o Indy fosse filho do James Bond?” A ideia acabou sendo tão irresistível que Lucas concordou. Connery, além de atuar, trouxe várias sugestões e improvisações tão brilhantes e autênticas que a equipe criativa precisou revisar o roteiro para incorporar e adaptar suas ideias no corte final.

5 – DUBLÊ DE HARRISON FORD


No auge de sua forma física, Harrison Ford decidiu se empenhar ao máximo nas cenas de ação. Sua determinação chegou a incomodar seu dublê oficial, Vic Anderson, que quase pediu para assumir algumas das cenas. Embora Anderson estivesse brincando, ele ressaltou em uma entrevista que poderia ser um excelente dublê se assim quisesse.


Um exemplo marcante é a sequência em que Indy luta em cima de um tanque de guerra no deserto e fica preso pela bolsa no canhão do veículo, sendo comprimido contra uma encosta. Harrison Ford realizou essa cena sozinho, com a produção ajudando ao jogar terra em seu rosto fora das câmeras. No entanto, a icônica cena do salto do cavalo em movimento para o tanque de guerra foi executada por Vic Anderson.

6 – MAIS DE 2 MIL RATOS


A filmagem das catacumbas de Veneza trouxe diversos desafios, sendo o principal o uso de ratos. Para garantir a segurança do elenco e evitar a transmissão de doenças, a produção contratou nada menos que 2 mil ratos filhotes, que foram criados e treinados em cativeiro especificamente para as filmagens. Assim, os ratos interagiram com Harrison Ford e Alison Doody sem causar mordidas ou ataques.


Para prevenir problemas caso os ratos não estivessem disponíveis para todas as cenas, a produção fez um contrato com uma seguradora, que garantiu o uso de pelo menos mil ratos por dia de gravação. Além disso, para completar a aparência da multidão de roedores, os produtores adquiriram cerca de mil ratos artificiais para misturar com os reais.

7 – DENHOLM ELLIOTT GRAVOU MESMO DOENTE


O Dr. Marcus Brody, principal alívio cômico do filme, fez sua última aparição presencial na franquia nesta produção. Ele seria posteriormente referenciado em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008), onde sua estátua é decapitada pelos vilões em um acidente no campus universitário.


Embora o personagem fosse conhecido por seu espírito alegre e bem-humorado, o ator Denholm Elliott enfrentou grandes desafios durante as filmagens. Diagnostificado com HIV em 1987, Elliott desenvolveu AIDS pouco antes do início das gravações. Apesar das dificuldades e do estado de saúde precário, ele continuou a desempenhar o papel com dedicação, mesmo enfrentando dias difíceis durante as filmagens.

8 – A CENA EM QUE INDIANA ENCONTRA HITLER


Na cena em que Indy se infiltra entre os nazistas para recuperar o diário de seu pai e acaba encontrando seu maior inimigo, o ditador Adolf Hitler, durante um comício, Spielberg instruiu todos os figurantes a cruzarem os dedos enquanto faziam a saudação nazista, desarmando assim o gesto e descontextualizando-o.


Sendo filho de uma família judia, Spielberg faz questão de retratar o horror do nazismo em suas obras. Além disso, é interessante notar que todos os uniformes nazistas usados no filme são autênticos, não réplicas. Eles foram adquiridos em um leilão pela figurinista do filme.

9 – GAIVOTAS FALSAS


Um dos momentos mais icônicos não apenas deste filme, mas de toda a franquia, ocorre quando Indy e seu pai são perseguidos por um avião na praia. Sem munição e com o campo livre para o inimigo, o Dr. Jones pai saca um guarda-chuva e corre em direção às gaivotas, que, ao alçarem voo, acabam se enroscando nas turbinas e derrubando a aeronave.


Para criar essa cena, a produção não conseguiu usar gaivotas reais, pois são aves selvagens e não podem ser treinadas. Em vez disso, optaram por pombas brancas treinadas, que levantavam voo conforme necessário, sem colocar Sean Connery em perigo. Outra cena memorável entre Indy e seu pai ocorre em um dirigível, onde o diálogo foi filmado sob condições de ilusão.


Devido ao calor intenso no estúdio no dia das filmagens, dificultando a permanência dos atores de terno sem suar excessivamente, a gravação foi feita com os atores usando apenas as partes superiores dos trajes sociais e cuecas, escondidas pela mesa do dirigível.

10 – O PAI DE MARION


Creditado apenas como “Fedora”, já que é ele o aventureiro que dá o famoso chapéu ao Indiana Jones, o personagem de Richard Young não chegou a ter um desenvolvimento próprio, recebendo o nome do chapéu e servindo como uma inspiração a Indy. Porém, por muito pouco ele não se tornou um personagem bastante falado na franquia: Abner Ravenwood.


Para quem não se lembra, Abner é mencionado no primeiro e no quarto filme, como pai de Marion (Karen Allen), esposa de Indy e mãe de Mutt (Shia LaBeouf). Nas primeiras versões do roteiro, ele estava creditado como Abner, mas acabou virando o “Fedora” conforme o texto foi recebendo novos tratamentos.


“Indiana Jones e a Última Cruzada” continua a cativar fãs com seu equilíbrio perfeito entre aventura, humor e história. As curiosidades sobre o filme revelam o quanto a produção foi inovadora e desafiadora. Desde a escolha dos atores até as soluções criativas para as cenas mais icônicas, cada detalhe contribuiu para a criação de uma experiência cinematográfica memorável.


A habilidade de Spielberg em combinar ação com uma narrativa envolvente, somada à química entre o elenco, garantiu que “A Última Cruzada” se tornasse um clássico atemporal da franquia.

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