🎬 12 Curiosidades da franquia “Brinquedo Assassino” que você não sabia!
A franquia “Brinquedo Assassino”, que fez sua estreia em 1988, se tornou um dos pilares do terror psicológico e do slasher ao apresentar o icônico vilão Chucky, um boneco aparentemente inocente possuído por um espírito maligno. Com seu visual marcante, uma camiseta listrada e tênis vermelhos, e uma voz sinistra emprestada ao longo dos anos por diversos atores, Chucky conquistou uma legião de fãs.
Ao longo de mais de três décadas, a franquia se expandiu por meio de filmes, séries de TV e até quadrinhos, sempre mantendo sua marca registrada de humor negro e violência exagerada. Embora a premissa inicial fosse simples — um boneco possuído que assassina com frieza — “Brinquedo Assassino” foi além, explorando temas como vingança, identidade e as consequências do mal, tornando-se uma das mais queridas e duradouras franquias do gênero de terror.
Vamos descobrir curiosidades que você provavelmente não sabia sobre este clássico do cinema de horror.
1 – O TÍTULO E A HISTÓRIA SERIAM BEM DIFERENTES
Inspirado pela popularidade das bonecas Pimpolho, pelos bonecos My Buddy e pelo conceito da “boneca assassina” presente no filme “Trilogia do Terror” (1975) e na série “Além da Imaginação”, Don Mancini resolveu criar uma sátira sombria sobre a forma como as propagandas podem influenciar as crianças. No entanto, o roteiro original era bem diferente do que conhecemos hoje.
Inicialmente chamado “Batteries Not Included” (em português, “Pilhas Não Incluídas”) e depois renomeado para “Blood Buddy” (algo como “Amigo de Sangue”), a primeira versão da história apresentava uma linha de bonecos extremamente realistas, com pele que podia ser ferida e sangrar.
O objetivo era que as crianças comprassem acessórios para cuidar dos brinquedos, como curativos e faixas. Mancini revelou que sua ideia inicial era que Andy cortasse o dedo acidentalmente, misturando seu sangue com o de Chucky (que se chamaria Buddy).
Isso faria com que o boneco ganhasse vida, absorvendo toda a frustração do menino e começasse a atacar e matar as pessoas que ele não gostava, como sua babá e professora. No entanto, além de a ideia de um boneco que sangra ser excessivamente bizarra até mesmo para um filme de terror, o roteiro foi abandonado porque tornava Andy um personagem pouco simpático e até vilanesco.
2 – O NOME CHARLES LEE RAY FOI BASEADO EM ASSASSINOS DA VIDA REAL
Quando finalmente Chucky recebeu seu nome definitivo e ficou decidido que o boneco seria possuído pela alma de um assassino em série, era hora de escolher quem seria esse personagem tão cruel a ponto de aterrorizar uma criança inocente. Após várias considerações, chegou-se ao nome que todos conhecemos: Charles Lee Ray.
Esse nome, Charles Lee Ray, é uma combinação dos nomes de três assassinos notórios: Charles Manson (comandou os assassinatos de sete pessoas em 1969, incluindo a atriz Sharon Tate), Lee Harvey Oswald (o atirador responsável pela morte do presidente John F. Kennedy em 1963) e James Earl Ray (o homem que assassinou Martin Luther King Jr. em 1968).
3 – QUASE NÃO TEVE VODU NA HISTÓRIA
Durante o processo de escrita de “Brinquedo Assassino”, o roteiro passou por várias mãos. Além de Don Mancini, John Lafia e Tom Holland também contribuíram com suas ideias, tentando resolver alguns problemas da história.
Após a ideia inicial do boneco que sangrava ser descartada e a decisão de que o boneco seria possuído pela alma de um assassino em série, surgiu a grande questão de como explicar essa transferência de alma.
Originalmente, John Lafia (que dirigiu “Brinquedo Assassino 2”) criou o conceito de que um prisioneiro no corredor da morte transferiria sua alma para o boneco Good Guy enquanto estivesse sendo executado.
No entanto, o diretor Tom Holland não gostou dessa abordagem e a reescreveu, removendo Charles Lee Ray da penitenciária e introduzindo um ritual de vodu como explicação. Isso também deu uma motivação extra para o assassino, que precisava encontrar um novo corpo antes que a possessão do boneco se tornasse permanente.
No entanto, nem Don Mancini nem John Lafia ficaram satisfeitos com essa explicação e sempre expressaram abertamente seu descontentamento.
4 – PARA FAZER CHUCKY ERA NECESSÁRIO ANIMATRÔNICOS E ATÉ UM ATOR
Chucky, tornando o boneco ainda mais convincente e realista. No primeiro filme, a maioria das cenas foi filmada com animatrônicos, uma tecnologia relativamente nova na época. Para que Chucky se movesse, era necessário um time de onze pessoas, cada uma responsável por controlar uma parte diferente de seu corpo. Para acomodar os marionetistas, o set de filmagens foi construído acima do nível do chão, permitindo que a equipe operasse por baixo do piso do cenário.
Além disso, controlar os bonecos era um grande desafio, já que os resultados nem sempre eram os esperados e exigiam um cuidado extremo. Um dos marionetistas comentou que foram necessárias 27 tomadas apenas para Chucky apertar um botão!
Além disso, os animatrônicos frequentemente paravam de funcionar repentinamente ou não atendiam às necessidades da cena. Quando isso acontecia, o boneco era interpretado por Ed Gale, um dublê, que, além da maquiagem e figurino, usava cenários ampliados para criar a ilusão de perspectiva para o público.
5 – CHUCKY QUASE FOI COMPRADO PELA DISNEY
O primeiro “Brinquedo Assassino” foi inicialmente distribuído pela United Artists/MGM e, com o sucesso inesperado do filme, logo surgiram planos para uma sequência. No entanto, a produção de “Brinquedo Assassino 2” enfrentou muitos obstáculos quando a nova administração da United Artists abriu mão dos direitos de Chucky e cancelou o filme, argumentando que os filmes de terror não eram apropriados para a imagem da empresa.
Isso gerou uma verdadeira disputa entre grandes estúdios pelos direitos de distribuição da franquia, como a Paramount, Warner Bros. e 20th Century Fox. Até a Disney entrou na briga! A gigante do entretenimento tinha criado um selo focado em filmes mais maduros, buscando atrair um público diferente, além de ter recentemente inaugurado um novo parque em Orlando e considerado licenciar ícones do terror para uma atração temática.
No fim das contas, “Brinquedo Assassino” acabou indo para a Universal Pictures.
6 – O LOTE DO FANTASMA
Quando foi comprado pela Universal Pictures, Chucky passou a habitar o famoso Lote 28 nos estúdios, também conhecido como o “Lote do Fantasma”. Esse apelido se originou do fato de que o local havia sido cenário de “O Fantasma da Ópera”, filme de 1925 estrelado por Lon Chaney.
Além do Fantasma, o Lote 28 também recebeu outros monstros e personagens lendários, como Drácula, Frankenstein e até Norman Bates!
7 – AS LIGAÇÕES ENTRE “BRINQUEDO ASSASSINO” E “PÂNICO”
Lançado em 1998, “A Noiva de Chucky” adotou um tom cômico que já havia sido sugerido em alguns momentos anteriores da franquia. Além de fazer referência a filmes de terror clássicos, como “A Noiva de Frankenstein” e “Hellraiser – Renascido do Inferno”, o filme incorporou elementos metalinguísticos e de autoparódia.
A estreia de Tiffany nas telonas foi fortemente influenciada pelo sucesso de “Pânico”, que abriu portas para novas abordagens e ajudou a reviver antigas franquias, como “Brinquedo Assassino” e “Halloween”.
A atriz Alexis Arquette, que aparece em “A Noiva de Chucky”, era irmã de David Arquette, que interpretou o policial Dewey na franquia Pânico. Além disso, Justin Whalin, que interpretou Andy Barclay em “Brinquedo Assassino 3”, fez um teste para o papel de Billy Loomis em Pânico!
O papel acabou ficando com Skeet Ulrich, que, por coincidência, também havia tentado entrar para o elenco de “Brinquedo Assassino 3”.
8 – PROBLEMAS NA PRODUÇÃO
Embora a trilogia “Brinquedo Assassino” tenha sido filmada nos Estados Unidos e “A Noiva de Chucky” no Canadá, o próximo filme da franquia, “O Filho de Chucky”, foi gravado na Romênia. Essa escolha inesperada permitiu que a produção, que já tinha um orçamento reduzido, aproveitasse incentivos fiscais e contratasse uma equipe com custos mais baixos do que os de Hollywood.
Porém, a produção de “O Filho de Chucky” enfrentou diversos desafios. A barreira linguística exigiu a contratação de vários intérpretes e tradutores para garantir uma comunicação eficiente entre as equipes. Além disso, foi necessário importar palmeiras, árvores que não são nativas da Romênia, mas que precisavam estar presentes no set, pois a história se passava em Los Angeles.
As palmeiras demoraram tanto a chegar que causaram atrasos na produção, e quando finalmente chegaram, foram transportadas em carrinhos pelos cenários, já que o número de árvores adquiridas era bem limitado.
9 – CHUCKY MATOU BRITNEY SPEARS?
Em uma cena de “O Filho de Chucky”, o boneco acaba matando casualmente uma mega estrela pop ao fazer seu carro sair da estrada. Naturalmente, Britney Spears não aparece no filme, sendo interpretada por Nadia Dina Ariqat, uma sósia profissional da cantora.
A semelhança entre elas é tão impressionante que, durante a estreia, alguns fãs confundiram Nadia com Britney no tapete vermelho, acreditando que a cantora estivesse presente no evento.
Para evitar mal-entendidos, os comerciais e trailers de “O Filho de Chucky” incluíam uma mensagem esclarecendo que Britney Spears não estava no filme e não tinha qualquer envolvimento com a produção.
Mais tarde, um pronunciamento de Chucky foi exibido no canal de televisão MTV, onde o próprio boneco garantiu que Britney não havia sido ferida e revelou que ele tinha uma “queda” pela popstar.
10 – O AMOR ESTAVA NO AR
Embora pareça improvável, Chucky também desempenhou um papel em unir casais e espalhar o amor! A atriz Catherine Hicks, que interpretou Karen Barclay no primeiro “Brinquedo Assassino”, conheceu seu marido, Kevin Yagher, durante as filmagens do filme. Yagher era responsável pelos efeitos especiais e o designer dos animatrônicos de Chucky. O casal se conheceu em 1988 e se casou em 1990.
Apesar de não ter participado de “Brinquedo Assassino 2”, Catherine Hicks era frequentemente vista no set de filmagens, visitando Yagher. Eles tiveram uma filha em 1992 e continuam juntos até hoje.
11 – A SÉRIE “CHUCKY”
A série “Chucky” fez sua estreia em 2021 no canal Syfy e na plataforma USA Network, com a intenção de expandir o universo aterrorizante do icônico boneco homicida. Criada por Don Mancini, que também foi responsável pelos filmes, a série traz Chucky aterrorizando uma nova geração, enquanto lida com a chegada de novos personagens e uma trama que mistura o horror com a sátira social.
No entanto, após três temporadas, a série foi cancelada em 2024, o que gerou frustração entre alguns seguidores e alívio para os verdadeiros fãs do boneco, já que a personalidade do personagem dos filmes antigos não existia mais.
O cancelamento também gerou especulações sobre possíveis limitações de orçamento e mudanças de estratégia nos canais que transmitiam a série, deixando o futuro de Chucky em suspenso.
12 – BRAD DOURIF
Brad Dourif, um dos atores mais conhecidos pela sua interpretação de Chucky, fez a voz do boneco em todos os filmes da série, exceto no remake de 2019, onde o personagem foi dublado por Mark Hamill. A performance de Dourif é amplamente considerada uma das razões pelo sucesso e pela personalidade única de Chucky.
CONCLUSÃO
A franquia “Brinquedo Assassino” continua a cativar fãs e a gerar discussões, graças à sua mistura única de terror, humor negro e o icônico vilão Chucky. Desde o primeiro filme em 1988, a série evoluiu de um simples conto de terror psicológico para uma obra cultuada que, ao longo dos anos, conquistou uma base fiel de admiradores.
A figura de Chucky, inicialmente considerada um brinquedo inofensivo, transformou-se em um dos vilões mais reconhecíveis do cinema, explorando temas como possessão, lealdade e a luta pela sobrevivência.
Seu impacto no gênero de horror é inegável, e com isso, “Brinquedo Assassino” continua a ser uma referência importante, provando que, mesmo após tantos anos, o pesadelo não acabou – e o brinquedo ainda está vivo.