đŸŽ„ 10 Curiosidades do filme “Superman III” (1983) que vocĂȘ nĂŁo sabia!

Lançado em 1983, “Superman III” Ă© o terceiro filme da icĂŽnica franquia estrelada por Christopher Reeve. Embora nĂŁo tenha alcançado o sucesso estrondoso de seus predecessores, o filme se destaca por sua abordagem Ășnica, misturando elementos de ação, comĂ©dia e ficção cientĂ­fica.

Com a direção de Richard Lester, “Superman III” apresenta um enredo em que o Homem de Aço enfrenta um supercomputador maligno, alĂ©m de lutar contra uma versĂŁo sombria de si mesmo, apĂłs ser corrompido por criptĂŽnio. O longa tambĂ©m marcou a estreia de Richard Pryor como o vilĂŁo Gus Gorman, um personagem que trouxe (pelo menos tentou) um toque cĂŽmico Ă  trama.

Apesar das críticas, o filme contém momentos memoråveis e curiosidades interessantes, tanto nos bastidores quanto nas decisÔes criativas que moldaram essa produção. Neste texto, vamos explorar algumas dessas curiosidades que mostram o que Superman III representa para os fãs da série e o impacto que teve no universo cinematogråfico do herói.

1 – FINALMENTE O NOME DE CHISTOPHER REEVE APARECEU EM PRIMEIRO LUGAR NA ABERTURA DO LONGA

Quando a franquia teve início em 1978, Christopher Reeve ainda era um ator pouco conhecido. Embora ele fosse o protagonista e aparecesse na maior parte do tempo nos filmes, seu nome não era destacado nos créditos dos dois primeiros filmes.

No primeiro longa-metragem, quem liderava o elenco era Marlon Brando, que apareceu por menos de 10 minutos no total e recebeu o maior cachĂȘ, provavelmente respondendo pela maior parte do orçamento do filme. Em seguida, vinha Gene Hackman, um ator de grande reconhecimento na Ă©poca, que deve ter recebido o segundo maior cachĂȘ. Por fim, Christopher Reeve, mesmo sendo o Superman em um filme que se chamava “Superman”, aparecia em terceiro.

No segundo filme, Hackman aceitou reprisar seu papel de Lex Luthor, e, mais uma vez, o nome de Reeve foi relegado ao segundo lugar. No entanto, em “Superman III”, para felicidade de Reeve, Hackman recusou a participar, o que fez com que, finalmente, Reeve ocupasse o topo da lista do elenco!

2 – CHRISTOPHER REEVE QUASE NÃO RETORNA PARA O TERCEIRO FILME

Durante as filmagens do segundo filme, o diretor Richard Donner foi dispensado, o que levou tanto Christopher Reeve quanto Margot Kidder a declararem que nĂŁo voltariam para o terceiro filme. Enquanto o papel de Lois Lane nĂŁo exigia muito da atriz que a interpretava, o personagem de Superman era fundamental para a trama. Ele tinha que estar presente.

Os produtores começaram a buscar um substituto para o papel de Superman, oferecendo o cargo a John Travolta, Jeff Bridges e Kurt Russell, todos os quais recusaram gentilmente a oferta. Pouco antes do início das filmagens, Tony Danza, conhecido por seus papéis em comédias de TV, aceitou o papel.

Richard Lester, o novo diretor, ficou desesperado e fez um apelo para que Reeve retornasse ao papel. Felizmente, Reeve acabou cedendo, embora com arrependimento mais tarde.

3 – RICHARD PRYOR FOI ESCOLHIDO DEPOIS DE UMA DECLARAÇÃO EM UMA ENTREVISTA

Os responsåveis pela licença dos filmes do Superman sabiam que não poderiam demorar muito para lançar um terceiro filme, mas o problema era que não sabiam exatamente o que fazer.

Em determinado momento, surgiu um roteiro que introduzia o Sr. Mxyzptlk como vilĂŁo, e atĂ© haviam escolhido Dudley Moore para o papel, com negociaçÔes em andamento. Vale notar que a escolha desse ator indicava que o filme teria um tom mais cĂŽmico. No entanto, Dudley Moore nĂŁo era exatamente visto como engraçado por um pĂșblico fora dos Estados Unidos.

Como o projeto nĂŁo avançou, a situação voltou Ă  estaca zero. Foi entĂŁo que Richard Pryor fez uma entrevista no programa “The Tonight Show com Johnny Carson” e, durante a conversa, comentou que adoraria participar de um filme do Superman. Os Salkinds, responsĂĄveis pela licença, ouviram a declaração e o contrataram imediatamente para o papel.

4 – LIGAÇÃO COM OS BEATLES

Na cena em que ocorre a reuniĂŁo de classe da “Smallville High School”, um clĂĄssico de Chuck Berry toca ao fundo: “Roll Over Beethoven”, enquanto Lana e Clark se envolvem nas trapalhadas irritantes. No entanto, a versĂŁo usada no filme nĂŁo Ă© a original de Chuck Berry, mas sim o cover gravado pelos Beatles!

E essa nĂŁo Ă© a Ășnica conexĂŁo com os Beatles. O diretor Richard Lester, conhecido por ter dirigido dois filmes dos Beatles – “A Hard Day’s Night” e “Help!” –, trouxe essa influĂȘncia para o filme, criando uma ligação ainda mais evidente entre o universo de Superman e a icĂŽnica banda.

5 – RICHARD PRYOR GANHOU UM ÓTIMO SALÁRIO

Mais tarde, Richard Pryor admitiria que, quando afirmou querer estar em um filme do Superman, estava apenas brincando. No entanto, assinou o contrato e recebeu uma quantia impressionante de US$5 milhÔes, o que representava uma parte significativa do orçamento do filme, que totalizou US$39 milhÔes.

Infelizmente, o filme parece ter sido mais feito para aproveitar a popularidade de Pryor do que para agradar aos fĂŁs do Superman ou ao prĂłprio Reeve, pois se vocĂȘ jĂĄ assistiu essa atrocidade de filme, deve ter reparado que o comediante parece ter mais tempo de tela do que o prĂłprio herĂłi.

6 – EFEITOS ESPECIAIS

Em um dos momentos mais emocionantes do filme, Superman luta contra sua versão maligna em um ambiente desordenado. A batalha entre as duas versÔes de Superman foi feita com efeitos especiais inovadores para a época, mas a qualidade do CGI foi limitada devido à tecnologia de 1983.

7 – SUPERMAN ENCONTRA SEU “ANTIGO EU”

Na sequĂȘncia inicial acompanhamos uma sĂ©rie de eventos que se iniciam com a passagem de uma mulher loira bem chamativa. Um acidente leva a outro e assim por diante, atĂ© que, em certo momento, Clark precisa se transformar em Superman. O diretor de forma “sutil” mostrou que as antigas cabines telefĂŽnicas jĂĄ nĂŁo serviam mais para essa troca de identidade.

A solução encontrada foi uma cabine fotogrĂĄfica (daquelas onde vocĂȘ coloca uma moedinha, entra e tira fotos em sequĂȘncia). Quando Clark entra, um garoto coloca uma moeda e acaba flagrando a transformação. O Superman entĂŁo censura a parte onde aparece Clark e entrega o restante da foto para o garoto.

Esse garoto Ă© interpretado pelo ator Aaron Smolinski, que no primeiro filme, “Superman: O Filme”, fez o papel do bebĂȘ Clark. Ou seja, o Superman acabou encontrando seu jovem “eu”. Smolinski tambĂ©m aparece em “Homem de Aço” (2013), onde faz o papel de um “oficial de comunicaçÔes”.

8 – UM JOGO DO SUPERMAN QUE JAMAIS FOI LANÇADO

Perto do final do filme, Superman persegue Gus Gorman (que estĂĄ montado em um jumento!), enquanto Ross Webster, sua irmĂŁ Vera e a namorada Lorelei (a loira do inĂ­cio do filme) usam um computador para lançar mĂ­sseis contra o herĂłi, controlando os mĂ­sseis por meio de um… videogame!

Os sons que ouvimos durante essa cena, provenientes do “supercomputador” criado por Gus, sĂŁo na verdade os efeitos sonoros da versĂŁo Atari 2600 do famoso Pac-Man! A Atari tambĂ©m havia criado um jogo de “Superman III”, que seria lançado para o Atari 5200. Infelizmente (ou nĂŁo), o jogo nunca chegou a ser comercializado.

9 – UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS FOI FEITA, MAS… NUNCA FOI LANÇADA

Para adaptar “Superman III” para os quadrinhos, a DC convocou dois de seus maiores nomes da Ă©poca: Cary Bates e Curt Swan. Ambos jĂĄ estavam envolvidos com as aventuras do Homem de Aço desde os anos 60 e conseguiram condensar as duas horas do filme em 48 pĂĄginas. Eles “enxugaram” muitos dos momentos cĂŽmicos do filme, como a abertura e o discurso sobre a “importĂąncia do plĂĄstico” de Pryor. Infelizmente, essa histĂłria nunca foi reimpressa.

10 – FÃS E CRÍTICOS DETONARAM O FILME

“Superman III” foi amplamente criticado por fĂŁs e crĂ­ticos na Ă©poca de seu lançamento, principalmente devido Ă  mudança de tom em relação aos filmes anteriores da sĂ©rie. O enfoque mais humorĂ­stico e leve, com a inclusĂŁo de Richard Pryor como um hacker cĂŽmico, desagradou muitos fĂŁs que esperavam uma histĂłria mais sĂ©ria e Ă©pica para o herĂłi.

AlĂ©m disso, a introdução de Gus Gorman como vilĂŁo, em vez de uma ameaça mais tradicional, foi vista como uma tentativa de apelar para o pĂșblico de comĂ©dia, o que nĂŁo agradou aos fĂŁs de quadrinhos.

A qualidade dos efeitos especiais tambĂ©m foi criticada, especialmente nas cenas de ação, o que resultou em uma recepção negativa em comparação com o sucesso de “Superman: O Filme” e “Superman II”.

CONCLUSÃO

“Superman III” (1983) representa uma mistura de tentativas de inovação e desafios para a franquia do herĂłi, se afastando do tom Ă©pico dos filmes anteriores. Embora tenha sido uma produção com momentos divertidos, o filme nĂŁo conseguiu alcançar o mesmo impacto cultural dos predecessores.

A abordagem mais leve e humorĂ­stica acabou sendo criticada por muitos fĂŁs, que esperavam uma narrativa mais sĂ©ria e voltada para o heroĂ­smo do Superman. Apesar disso, “Superman III” marcou uma fase importante na evolução dos filmes de super-herĂłis, refletindo as mudanças nas expectativas do pĂșblico da Ă©poca.

Hoje, o filme é visto com um certo charme nostålgico, sendo considerado por alguns fãs como uma curiosidade dentro do legado do Homem de Aço no cinema.

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