🎥 7 Curiosidades do filme “O Sexto Sentido” (1999) que você não sabia!
“O Sexto Sentido” é um filme que continua a cativar e intrigar públicos desde seu lançamento em 1999. Dirigido por M. Night Shyamalan, o thriller psicológico rapidamente se tornou um clássico, conhecido por seu enredo surpreendente e sua reviravolta final chocante.
A trama gira em torno de Cole Sear, um garoto de oito anos que afirma ver e se comunicar com os mortos, e o psicólogo que tenta ajudá-lo a entender e lidar com suas visões. O filme é notável não apenas pela sua narrativa envolvente, mas também pelos detalhes e escolhas criativas que contribuem para sua atmosfera única. Neste texto, vamos explorar algumas curiosidades fascinantes sobre “O Sexto Sentido” que talvez você não conheça, desde os bastidores da produção até pequenos detalhes que adicionam profundidade à experiência cinematográfica.
Prepare-se para uma jornada reveladora pelo universo de um dos maiores sucessos da década de 90.
1 – A SELEÇÃO PARA O ELENCO
A seleção dos atores para um filme é uma etapa crucial e muitas vezes complexa na produção. Diversos fatores entram em jogo: a habilidade do ator em interpretar e reagir às cenas, sua imersão no papel, e os detalhes observados durante os testes de elenco e as leituras coletivas. Às vezes, é como se certos atores fossem a escolha perfeita para determinados papéis, ou que o papel tivesse sido escrito especificamente para eles. No caso de “O Sexto Sentido”, M. Night Shyamalan realmente idealizou o personagem de Malcolm Crowe para Bruce Willis.
Para o papel de Cole Sear, Haley Joel Osment foi a escolha de Shyamalan por três razões principais: primeiro, ele se destacou entre os candidatos; segundo, era o único garoto no elenco com uma gravata; e terceiro, quando questionado sobre a leitura do papel, Osment respondeu que havia lido o roteiro três vezes, surpreendendo Shyamalan.
Quanto a Toni Collette, que interpretou Lynn Sear, ela só percebeu que estava participando de um filme de terror quando ele foi lançado. Durante o teste, Shyamalan estava preocupado com sua aparência, já que Collette estava com a cabeça raspada. Para contornar a situação com o estúdio, Shyamalan decidiu que Collette usaria uma peruca durante as filmagens, a qual, de acordo com o diretor, era emprestada.
2 – O ELENCO INFANTIL
Filmar crianças em filmes de terror pode ser um desafio, pois os temas abordados nem sempre são apropriados para todas as idades.
No entanto, para Mischa Barton, que interpretou Kyra Collins, a experiência não foi tão traumatizante quanto se poderia imaginar.
Em uma entrevista para a Variety, Barton revelou que, apesar das preocupações de outros sobre o impacto das cenas, ela, com apenas 13 anos, conseguiu lidar bem com o material.
Sua irmã, no entanto, teve uma reação diferente. Durante uma sessão na sala de ADR (para gravação de dublagem e ajustes de áudio), onde Barton levou sua irmãzinha, a criança ficou tão assustada que teve que ser retirada do local. “Foi a coisa mais aterrorizante que já vi”, relatou a irmã de Barton.
Para criar o efeito de fumaça saindo da boca de Cole sempre que ele está perto de fantasmas, a produção utilizou um método que envolvia deixar Haley Joel Osment em um ambiente extremamente frio. Em outra entrevista à Variety, Osment explicou que o set foi coberto e um fluxo de ar gelado foi introduzido para gerar o efeito desejado, com o cuidado de limitar o tempo em que estavam expostos para evitar problemas de saúde.
Barton também enfrentou desafios semelhantes. Ela teve que escolher entre cereais ou banana para uma mistura que deveria manter em sua boca até o momento de vomitar em cena. Embora a situação tenha sido desconfortável, Barton lidou com tudo com grande profissionalismo.
3 – O SINAL DE ALERTA
Se você observar atentamente o filme, notará que a cor vermelha aparece muito raramente e sempre por um motivo específico: ela marca quando algo do mundo “real” é impactado pela realidade do “outro mundo”. Isso inclui objetos e locais afetados por forças sobrenaturais. A ideia é que, assim como dizem que casas assombradas refletem emoções intensas de eventos passados, esses objetos também carregam esses ecos.
Além disso, a cor vermelha é usada para intensificar momentos emocionais importantes, funcionando como um sinal de alerta.
4 – PROBLEMAS COM A DISNEY
Quando o roteiro de “O Sexto Sentido” começou a circular, M. Night Shyamalan exigiu que o preço mínimo de venda fosse de US$ 1 milhão e que ele fosse o diretor do filme. Em entrevista ao The Hollywood Report, Shyamalan afirmou: “Se eles querem ler, precisam saber que o preço inicial é US$ 1 milhão”.
David Vogel, então presidente de produção do estúdio, tentou evitar uma disputa de leilão e comprou os direitos do filme por US$ 2,25 milhões, sem consultar a corporação, o que gerou problemas.
Após a decisão de Vogel, os executivos da Disney solicitaram que ele revisse seu contrato e abrisse mão de parte de seus poderes, e sua recusa resultou em sua demissão.
A Disney, inicialmente cética quanto ao potencial do filme, deixou a responsabilidade para a Spyglass Entertainment, ficando com apenas 12,5% da bilheteira. O filme arrecadou mundialmente US$ 672,8 milhões e se tornou o DVD mais vendido dos anos 2000.
Bruce Willis também enfrentou problemas com a Disney. Durante as gravações de “Broadway Baller”, ele demitiu o diretor e parte da equipe após 20 dias, resultando no arquivamento do projeto. Para resolver o processo relacionado à demissão, Willis concordou em pagar US$ 17,5 milhões, o valor gasto até então, e se comprometeu com mais três filmes do estúdio.
O primeiro foi “Armageddon” em 1998, o segundo foi “O Sexto Sentido”, e o terceiro foi “Duas Vidas” em 2000.
5 – GRAVADO EM VÁRIOS LOCAIS DIFERENTES
O filme foi rodado em várias locações em Philadelphia e arredores, o que contribuiu para a atmosfera única e a sensação de realismo no filme.
6 – O USO DE ESPELHOS
Muitos críticos notaram que o uso de espelhos no filme ajuda a enfatizar o tema da identidade e da percepção, refletindo a natureza dos personagens e suas realidades.
Espelhos são usados para mostrar a perspectiva de Cole e como ele percebe os espíritos ao seu redor. Eles ajudam a destacar a diferença entre o que os personagens vivos veem e o que os mortos experimentam.
Em um dos momentos-chave, o espelho é utilizado para simbolizar a mudança na percepção de Malcolm Crowe sobre sua própria vida e morte. A cena em que ele finalmente percebe que está morto é acentuada pelo uso do espelho para refletir essa realização.
7 – O GRANDE FINAL
Um dos grandes momentos de “O Sexto Sentido” é a revelação da reviravolta final, que é onde toda a magia do filme se encontra. Para manter o segredo de que Malcolm estava morto o tempo todo, foi feito o possível para evitar que alguém descobrisse antes da hora.
Essa estratégia foi eficaz na maior parte do filme, com poucas pistas deixadas, e, durante os testes com o público, ninguém percebeu nada. Uma das sutis dicas foi a aproximação da câmera no rosto de Cole quando ele fala sobre ver pessoas mortas.
No entanto, se você não teve a sorte de assistir ao filme na estreia e acabou se deparando com a trilha sonora em uma loja de discos, teria uma surpresa: a última faixa do CD é intitulada “Malcolm is Dead”.
Em conclusão, “O Sexto Sentido” é um filme repleto de detalhes fascinantes e curiosidades que enriquecem ainda mais sua experiência. Desde a cuidadosa escolha dos atores e os desafios enfrentados durante a produção até os sutis truques visuais e sonoros, cada aspecto do filme contribui para a sua aura de mistério e impacto.
A habilidade de M. Night Shyamalan em manter o segredo da reviravolta final e o uso inteligente da cor vermelha como um sinal de eventos sobrenaturais demonstram a profundidade e o engenho criativo envolvidos na realização da obra. Mesmo anos após seu lançamento, o filme continua a surpreender e encantar, comprovando seu status de clássico no gênero de suspense psicológico.
Essas curiosidades não apenas destacam o cuidado na criação do filme, mas também enriquecem a forma como o público o percebe e o aprecia.