đŸŽ„ 12 Curiosidades do filme “O Labirinto do Fauno” (2006) que vocĂȘ nĂŁo sabia!

“O Labirinto do Fauno”, dirigido por Guillermo del Toro e lançado em 2006, Ă© uma obra cinematogrĂĄfica que mistura o realismo mĂĄgico com o drama histĂłrico, criando uma narrativa Ășnica e visualmente impressionante. Ambientado na Espanha pĂłs-guerra civil, o filme segue a histĂłria de OfĂ©lia, uma jovem que, ao se mudar com sua mĂŁe para a casa de um cruel oficial do exĂ©rcito, encontra um misterioso labirinto e um fauno que a leva a um mundo de fantasia, onde ela deve cumprir trĂȘs tarefas para provar sua verdadeira identidade.

A obra nĂŁo sĂł encantou pela sua estĂ©tica deslumbrante e pelos personagens inesquecĂ­veis, mas tambĂ©m pelas camadas profundas de significado que abordam temas como a guerra, a inocĂȘncia e a resistĂȘncia.

Neste artigo, vamos explorar algumas curiosidades fascinantes sobre O Labirinto do Fauno, revelando detalhes sobre sua criação, inspiraçÔes e impacto cultural.

1 – O NOME ORIGINAL DO FILME

O nome original do filme Ă© “Pan’s Labyrinth”, ao invĂ©s de “Faun’s Labyrinth” e isso tem uma explicação.

Pan é um semideus da mitologia grega, associado aos pastores e rebanhos, com características de um ser metade humano e metade bode. A razão para essa mudança no título é que ele é mais amplamente reconhecido como uma figura da mitologia grega, ao contrårio do Fauno, que pertence à mitologia romana. O personagem Pan não é mencionado em nenhum momento do longa.

2 – O DIRETOR QUASE PERDEU O ROTEIRO DO FILME EM UM TÁXI

O diretor Guillermo del Toro passou por um pequeno contratempo antes de lançar o filme, que certamente lhe causou muito estresse na época.

ApĂłs uma corrida de tĂĄxi em Londres, o diretor esqueceu os esboços e anotaçÔes do roteiro do filme, no qual trabalhava hĂĄ quatro anos. Por sorte o motorista percebeu a importĂąncia dos papĂ©is e conseguiu entrar em contato com del Toro para devolvĂȘ-los.

3 – IVANA BAQUERO QUASE NÃO INTERPRETOU OFELIA

A atriz Ivana Baquero acabou interpretando Ofelia quase por um acaso do destino. Inicialmente, o papel foi pensado para uma menina de cerca de oito anos, mas após assistir à audição de Baquero, que na época tinha 10 anos, Guillermo del Toro ficou realmente impressionado.

Para que ela pudesse se encaixar no personagem, o diretor fez uma alteração na idade da protagonista, ajustando-a para 11 anos, permitindo que a jovem atriz interpretasse Ofelia de maneira Ășnica, graças ao seu talento excepcional.

4 – GUILLERMO DEL TORO SE RECUSOU A FAZER O FILME EM INGLÊS

Apesar das diversas ofertas de milhĂ”es de dĂłlares em Hollywood e da pressĂŁo para que o filme fosse produzido com produtores norte-americanos, Guillermo del Toro manteve-se firme em sua decisĂŁo de nĂŁo fazer o filme em inglĂȘs, recusando-se a adaptar o roteiro Ă s demandas do mercado.

Se tivesse cedido, o diretor poderia ter obtido um orçamento significativamente maior – inclusive, em Hollywood, chegaram a oferecer-lhe duas vezes mais dinheiro do que ele possuía.

AlĂ©m de rejeitar os produtores, Del Toro tambĂ©m se opĂŽs Ă  legendagem tradicional. Insatisfeito com o trabalho dos profissionais em seu filme anterior, “A Espinha do Diabo”, o diretor decidiu legendar “O Labirinto do Fauno” em inglĂȘs por conta prĂłpria, para garantir que o conteĂșdo dos diĂĄlogos nĂŁo se perdesse na tradução.

5 – REFERÊNCIAS À IGREJA

Em “O Labirinto do Fauno”, o Homem PĂĄlido, aquela criatura repulsiva que tenta devorar a menina, Ă©, segundo Guillermo del Toro, uma representação da Igreja: “O Homem PĂĄlido representa a Igreja para mim. Ela simboliza o fascismo e a Igreja consumindo crianças, com um banquete farto diante delas. É quase uma fome para devorar a inocĂȘncia, para consumir a pureza”.

6 – FAUNO E HOMEM PÁLIDO SÃO FEITOS PELO MESMO ATOR

VocĂȘ sabia que o Fauno e o Homem PĂĄlido sĂŁo interpretados pelo mesmo ator? Doug Jones, alĂ©m de ser ator, Ă© tambĂ©m um contorcionista, o que lhe permite realizar movimentos estranhos e surpreendentes com seu corpo.

No entanto, um desafio que Jones enfrentou nas filmagens foi o fato de nĂŁo falar espanhol. Como o processo de maquiagem, que o transformava em seus personagens, levava cerca de cinco horas por dia, o ator aproveitava esse tempo para aprender a pronunciar suas falas com precisĂŁo e autenticidade.

Mas para a decepção de Jones, Guillermo del Toro decidiu dublar seu personagem. Felizmente, o fato de Jones ter estudado espanhol facilitou o processo de dublagem, tornando-o mais natural e difícil de ser notado.

7 – GUILLERMO DEL TORO TEM REPULSA A CAVALOS

Guillermo del Toro nunca gostou de cavalos, mas apĂłs as filmagens de “O Labirinto do Fauno”, sua repulsa pelos animais sĂł aumentou.

O filme apresenta vårias cenas com cavalos, e trabalhar com eles foi bastante desafiador para a equipe. Em determinado momento, até um membro do elenco se feriu devido com um incidente, o que fez com que o diretor passasse a odiå-los ainda mais.

8 – INSPIRAÇÕES

Guillermo del Toro se inspirou na obra “Saturno devorando um filho” de Francisco Goya, para filmar a cena em que o Homem PĂĄlido come as fadas de Ofelia. AlĂ©m disso, o fanatismo do diretor por Pink Floyd tambĂ©m se transportou para o filme, jĂĄ que a montagem musical da cena onde Ofelia abre um livro que começa a sair sangue Ă© inspirada na canção “Is There Anybody Out There?”, do ĂĄlbum The Wall.

9 – UMA CENA BASEADA NA VIDA REAL

A cena em que o padrasto de Ofelia mata um homem a garrafadas foi inspirada em uma experiĂȘncia pessoal de Guillermo del Toro. Segundo o diretor, ele e um amigo se envolveram em uma briga de rua, durante a qual o amigo começou a atacar com uma garrafa de vidro.

No entanto, a garrafa não quebrou, o que acabou causando mais danos ao rosto do amigo do que à vítima. Essa lembrança serviu de base para a criação dessa intensa e perturbadora cena no filme.

10 – MAQUIAGEM PESADA E COMPUTAÇÃO GRÁFICA

A criação do personagem Fauno, interpretado por Doug Jones, envolveu um intenso trabalho de maquiagem e design de figurino. O fauno foi feito com uma combinação de maquiagem prostĂ©tica e animação em CGI. A aparĂȘncia Ășnica do personagem foi inspirada em deuses e criaturas mitolĂłgicas de vĂĄrias culturas.

11 – O CAMINHO DIFÍCIL DA VIDA

O labirinto que aparece no filme é um importante símbolo de transformação. Representa tanto o espaço físico onde Ofélia encontra o Fauno, quanto uma metåfora para o caminho difícil da vida, onde escolhas difíceis e obståculos surgem, exigindo coragem e perseverança para alcançar um destino significativo.

12 – O FILME GANHOU 3 OSCARS

“O Labirinto do Fauno” foi amplamente aclamado pela crĂ­tica e ganhou trĂȘs Oscars, incluindo Melhor Maquiagem, e teve indicaçÔes em outras categorias, como Melhor Filme Estrangeiro. O sucesso mundial do filme consolidou Guillermo del Toro como um dos principais cineastas contemporĂąneos, destacando sua visĂŁo artĂ­stica Ășnica.

CONCLUSÃO

“O Labirinto do Fauno” Ă© uma obra-prima que mistura a fantasia sombria com uma crĂ­tica profunda Ă  realidade histĂłrica, mostrando a genialidade de Guillermo del Toro em criar um universo Ășnico e imersivo. AtravĂ©s de uma narrativa envolvente, o filme explora temas como a resistĂȘncia, a inocĂȘncia perdida e a luta contra a opressĂŁo, conectando-se com a imaginação e a experiĂȘncia humana de maneira Ășnica.

A habilidade de del Toro em mesclar elementos do conto de fadas com os horrores da Guerra Civil Espanhola cria uma atmosfera de mistĂ©rio e tensĂŁo que ressoa no pĂșblico, deixando uma marca emocional duradoura.

Com personagens complexos, figurinos impressionantes e um enredo visualmente deslumbrante, “O Labirinto do Fauno” continua a ser uma referĂȘncia no cinema moderno, desafiando os limites entre a fantasia e a realidade e nos convidando a refletir sobre os dilemas morais e a natureza humana.

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