đŸŽ„ 5 Curiosidades do filme “O Corvo” (1994) que vocĂȘ nĂŁo sabia!

“O Corvo” (1994) Ă© um filme que continua a fascinar e intrigar os fĂŁs de cinema quase trĂȘs dĂ©cadas apĂłs seu lançamento. Dirigido por Alex Proyas e baseado na sĂ©rie de quadrinhos homĂŽnima criada por James O’Barr, o filme mistura elementos de suspense, fantasia e ação em uma trama sombria e envolvente. A histĂłria gira em torno de Eric Draven, um mĂșsico que retorna do alĂ©m para se vingar do assassinato brutal de sua noiva e de si mesmo.


O filme Ă© notĂĄvel nĂŁo apenas por sua narrativa cativante e estilo visual Ășnico, mas tambĂ©m pela trĂĄgica morte de seu protagonista, Brandon Lee, em um acidente no set. Este evento sombrio e as suas consequĂȘncias adicionam uma camada de mistĂ©rio e lenda Ă  produção.


Neste texto, exploraremos as curiosidades e detalhes intrigantes que fazem de “O Corvo” uma obra icînica do cinema dos anos 90.

1 – O CRIADOR DO PERSONAGEM NÃO QUERIA QUE ADAPTASSEM PARA O CINEMA


James O’Barr, o criador da obra original, inicialmente nĂŁo reagiu bem Ă s propostas para adaptar seu trabalho mais famoso. O’Barr escreveu a histĂłria como uma forma de lidar com o luto pela perda de sua noiva de 18 anos, que morreu apĂłs ser atropelada por um motorista bĂȘbado, tornando o projeto profundamente pessoal para ele.


Quando os executivos do estĂșdio abordaram O’Barr, sua ideia inicial era transformar os quadrinhos em um musical protagonizado por Michael Jackson, o que fez O’Barr rir da proposta. Somente apĂłs a rejeição dessa ideia e a confirmação de Alex Proyas como diretor, O’Barr começou a se sentir mais seguro.


No inĂ­cio, O’Barr tambĂ©m nĂŁo ficou convencido pela escolha de Brandon Lee para o papel de Eric Draven. Ele acreditava que a escolha deveria ser entre Johnny Depp, Christian Slater ou River Phoenix, e temia que o filme pudesse se transformar em uma produção de kung fu, especialmente com a ideia inicial do musical.


No entanto, quando viu Lee caracterizado como o Corvo no estĂșdio, O’Barr ficou empolgado. Os dois se tornaram bons amigos, e com o dinheiro que ganhou com o filme, O’Barr comprou um carro para sua mĂŁe, um sistema de som para si mesmo e doou o restante, sentindo que o dinheiro estava manchado pelo sangue de Brandon Lee.

2 – BRANDON LEE SE SENTIU DESCONFORTÁVEL COM A MAQUIAGEM


Na primeira vez que Brandon Lee se viu com a maquiagem do Corvo, ele se sentiu bastante desconfortåvel. Após algumas conversas com o diretor Alex Proyas, decidiram que Lee faria a maquiagem no dia anterior às filmagens, dormiria com ela e, assim, começaria as gravaçÔes com um visual menos perfeito e mais desgastado, como se o personagem não tivesse tempo para uma maquiagem impecåvel enquanto busca vingança.


A inspiração para o quadrinho de O’Barr veio de grandes Ă­cones do rock’n’roll, o que levou o estĂșdio a considerar a contratação de um mĂșsico real para o papel de Eric Draven. Havia atĂ© sugestĂ”es de que o visual do personagem fosse baseado nas bandas Kiss e na pintura facial de Alice Cooper.


No entanto, O’Barr revelou que a maquiagem do Corvo na verdade se inspirou em uma marionete que ele viu em uma vitrine.

3 – TRILHA SONORA MARCANTE


Com influĂȘncias do rock’n’roll, o filme se destacou por ter uma das trilhas sonoras mais marcantes jĂĄ reunidas para um longa-metragem, harmonizando perfeitamente com a fotografia da obra.


A mĂșsica “Burn” do The Cure se tornou um sĂ­mbolo do filme, sendo impossĂ­vel ouvi-la sem lembrar da produção. AlĂ©m dessa faixa icĂŽnica, a trilha sonora do filme tambĂ©m inclui outras grandes mĂșsicas, como “Big Empty” do Stone Temple Pilots, “Color Me Once” dos Violent Femmes, “Dead Souls” do Nine Inch Nails, “Darkness” do Rage Against the Machine, e “Snakedriver” do The Jesus & Mary Chain, entre muitas outras. É realmente uma trilha sonora impressionante!

4 – VÁRIAS MORTES


“O Corvo” ficou eternamente marcado pelo trĂĄgico acidente que resultou na morte de Brandon Lee. Filho da lenda do kung fu Bruce Lee, Brandon era um astro promissor. O disparo que causou o acidente foi feito acidentalmente por Michael Massee, que interpretava o personagem Funboy. Um erro na verificação da arma usada em cena fez com que ela disparasse e atingisse Lee.


Este incidente foi apenas um dos vĂĄrios acidentes que ocorreram durante as filmagens: um carpinteiro quase perfurou sua mĂŁo com uma chave de fenda, um dublĂȘ caiu do telhado, um membro da equipe demitido dirigiu seu carro dentro do estĂșdio, houve ferimentos causados por um guindaste que atingiu linhas elĂ©tricas e atĂ© uma tempestade destruiu partes do set.


Inicialmente, o filme estava prestes a ser cancelado. A Paramount chegou a interrompĂȘ-lo, mas a Entertainment Media Investment Corporation, criada especificamente para adquirir o projeto, conseguiu reverter a situação. Proyas e Eliza Hutton, noiva de Lee, acreditavam que o filme deveria ser concluĂ­do e lançado.


Para completar a produção, foram usados dublĂȘs de corpo, efeitos especiais, jogos de luz e outras tĂ©cnicas. Os roteiristas tambĂ©m foram chamados para ajustar diĂĄlogos e cenas. A narração em off, realizada pelos prĂłprios roteiristas, ajudou a preencher as lacunas deixadas pelas cenas ausentes.


Embora tenha sido determinado que o acidente foi realmente um acidente e Massee nĂŁo foi responsabilizado pela morte de Lee, o ator foi recluso em relação a papĂ©is na indĂșstria depois disso. Ele voltou aos sets de filmagem um ano depois, com um pequeno papel em “Seven: Os Sete Crimes Capitais”, e desde entĂŁo trabalhou principalmente em sĂ©ries, destacando-se em “24 Horas”.

5 – ORÇAMENTO E BILHETERIA


O filme custou apenas US$ 6 milhÔes e faturou US$ 94 milhÔes ao redor do mundo, sendo um grande sucesso e um clåssico dos anos 90.


“O Corvo” Ă© um filme que, mesmo apĂłs dĂ©cadas de seu lançamento, continua a ser um Ă­cone cultural, nĂŁo apenas por sua trama fascinante e estilo visual Ășnico, mas tambĂ©m pela tragĂ©dia que marcou sua produção.


A combinação de uma trilha sonora inesquecĂ­vel com uma narrativa sombria e profunda, aliada ao impacto da perda de Brandon Lee, confere ao filme uma aura de mistĂ©rio e reverĂȘncia. O projeto se tornou um sĂ­mbolo de perseverança diante da adversidade, com a conclusĂŁo do filme sendo um tributo Ă  memĂłria de Lee e Ă  visĂŁo criativa de seus realizadores.


AlĂ©m disso, a obra permanece como um testemunho da influĂȘncia duradoura do rock’n’roll na cultura pop e no cinema.


Em resumo, “O Corvo” nĂŁo Ă© apenas um clĂĄssico dos anos 90, mas tambĂ©m uma obra carregada de emoçÔes e histĂłrias por trĂĄs das cĂąmeras que continuam a cativar e inspirar.

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