🎥 10 Curiosidades do filme “O Advogado do Diabo” (1997) que você não sabia!
“O Advogado do Diabo” (1997) é um thriller psicológico que combina elementos de drama e horror, dirigido por Taylor Hackford e estrelado por Keanu Reeves e Al Pacino. Este filme, baseado no romance homônimo de Andrew Neiderman, explora temas profundos sobre moralidade, ambição e o preço do sucesso.
A trama segue Kevin Lomax (Keanu Reeves), um jovem advogado que, após ganhar um caso importante, se vê atraído para uma grande firma de advocacia em Nova York, liderada pelo enigmático John Milton (Al Pacino).
À medida que a carreira de Lomax decola, ele começa a perceber que seu novo chefe pode ter intenções muito mais sinistras do que aparenta. Com uma narrativa que mistura suspense e elementos sobrenaturais, “O Advogado do Diabo” oferece uma visão fascinante sobre o desejo e a corrupção, sendo uma obra repleta de curiosidades e segredos que cativam o público até hoje.
1 – BASEADO EM UM LIVRO
O filme é baseado no romance homônimo de Andrew Neiderman, publicado em 1990.
2 – REFERÊNCIAS POPULARES
O Advogado do Diabo tornou-se uma referência cultural e é frequentemente citado em discussões sobre filmes que misturam temas legais com elementos sobrenaturais.
3 – MUDANÇAS NO TERNO
A mudança sutil nas cores dos ternos de Kevin Lomax (Keanu Reeves) em “O Advogado do Diabo” é um detalhe que pode passar despercebido, a menos que você seja um verdadeiro fã ou tenha assistido ao filme várias vezes.
No início, quando Kevin é um advogado em uma cidade pequena, ele usa ternos em tons mais claros. Conforme o enredo avança e ele se deixa seduzir pelo diabo, as cores de suas roupas começam a escurecer.
Enquanto alguns fãs acreditam que isso reflete apenas a ascensão social do personagem, permitindo-lhe adquirir ternos mais caros, há uma teoria mais intrigante: as mudanças nas cores representam a deterioração moral de Kevin.
À medida que ele se torna mais corrompido pela vaidade e ambição, seus ternos também se tornam mais sombrios. Pessoalmente, considero essa interpretação muito mais significativa.
4 – GOSTAR DE ESTAR NO SUBTERRÂNEO
Uma cena notável revela muito sobre a natureza de John Milton. Quando ele e Kevin estão no metrô, Milton intervém na conversa de um passageiro hostil, demonstrando sua onisciência ao revelar detalhes da vida do homem que não haviam sido discutidos e, ao mesmo tempo, o persuadindo.
Mas por que um magnata como John Milton optaria por andar de metrô em vez de usar uma limusine com motorista particular? Como o próprio Diabo, é plausível que ele prefira estar subterrâneo, longe da superfície e mais próximo das imagens tradicionais do inferno.
Além disso, ao interagir com centenas de passageiros diariamente, ele tem mais oportunidades para semear discórdia e manipular os humanos de maneira mais eficaz.
5 – PERSEGUIÇÃO
Enquanto Eddie Barzoon (Jeffrey Jones) corre no parque, ele é perseguido por três corredores, cada um usando uma cor que remete aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. O corredor vestido de branco simboliza o cavalo da Peste, o de vermelho representa a Guerra, e o que está de preto é associado ao cavalo da Fome.
Nesse momento, John Milton (Al Pacino), que está recitando um monólogo que justifica a perseguição a Barzoon, usa um robe verde. Essa cor é atribuída ao cavalo da Morte, o quarto e último dos Cavaleiros.
6 – APARTAMENTO DO TRUMP
Você conhece aquele apartamento luxuoso, repleto de mármore e ouro, que no filme pertence ao milionário Alexander Cullen (Craig T. Nelson), cliente da firma de Milton?
O que pode surpreender é que aquele não é apenas um cenário.
Na verdade, é a cobertura real de Donald Trump na Trump Tower, em Manhattan.
Nos anos 1980 e 1990, Trump estava muito interessado em se destacar em Hollywood e, aparentemente, não hesitou em emprestar sua propriedade para servir de casa para um cliente do Diabo.
7 – REPETIÇÕES?
Com um desfecho bem distinto do original, “O Advogado do Diabo” cria uma sensação quase surreal, lembrando “Alice no País das Maravilhas”, ao mostrar Kevin retornando ao primeiro julgamento na Flórida, como se tivesse uma epifania sobre onde sua ambição e vaidade poderiam levá-lo. Essa interpretação parece plausível, exceto por um detalhe: John Milton está disfarçado de jornalista, o que sugere que ele pode continuar tentando corromper Kevin por outros meios.
Isso levanta a ideia de que o filme que acabamos de assistir pode não ter sido a primeira, nem a última, tentativa de Milton de cumprir seus planos com Kevin. A teoria sugere que Kevin está preso em um tipo de ciclo repetitivo, um “Dia da Marmota” (do filme “Feitiço do Tempo”), criado por Milton.
Se essa teoria for verdadeira, e o Diabo controla o tempo dessa forma, como seriam afetadas as outras pessoas?
Elas repetiriam suas ações ou isso causaria um “Efeito Borboleta”, alterando o curso da humanidade?
E, mais importante, onde estaria Deus para permitir que o Diabo manipule a história da Terra dessa maneira?
8 – OBSERVANDO AS CONSEQUÊNCIAS ATRAVÉS DO ESPELHO
Embora nossa última comparação de Kevin com Alice não esteja diretamente ligada à obra de Lewis Carroll, esta teoria se concentra na importância dos espelhos na narrativa como uma espécie de bússola moral. Não é por acaso que, no final do filme, quando tudo volta ao início, Kevin está se olhando no espelho.
É como se ele estivesse observando as consequências de suas escolhas através de seu próprio reflexo.
A relevância dos espelhos não para por aí: Mary Ann comete suicídio com cacos de espelho e, antes disso, ela “enlouquece” ao ver demônios em seus reflexos. Entre aspas, porque ela é um dos poucos personagens racionais na história. Parece que Mary Ann é a única capaz de enxergar a realidade distorcida refletida nos espelhos.
Além disso, o pecado principal de Kevin na trama é a vaidade.
O espelho é um símbolo desse pecado, e a lenda grega de Narciso, que se afogou ao se fascinar com sua própria imagem refletida na água, serve como uma metáfora poderosa para a jornada de Kevin.
9 – RECEPÇÃO DA CRÍTICA
O filme teve uma recepção crítica mista, com elogios principalmente para as performances dos atores, especialmente Al Pacino, e críticas ao enredo e ritmo.
10 – SUCESSO DE BILHETERIA
O filme custou caro para a década de 90: US$ 57 milhões, mas valeu muito a pena, pois arrecadou US$ 153 milhões de dólares ao redor do mundo.
O filme “O Advogado do Diabo” se destaca como uma poderosa fusão entre o drama jurídico e o thriller psicológico, oferecendo uma perspectiva única sobre o conflito entre moralidade e ambição.
Com performances intensas de Al Pacino e Keanu Reeves, a trama nos mergulha em um labirinto de escolhas éticas e a luta pelo poder.
A história não apenas desafia a visão tradicional sobre o papel do advogado, mas também explora as profundezas da natureza humana e as consequências de ceder à tentação.
A direção de Taylor Hackford e o roteiro habilidoso garantem que o filme seja um clássico que continua a instigar discussões sobre a linha tênue entre o certo e o errado.
“O Advogado do Diabo” permanece relevante, provocativo e intrigante, lembrando-nos que, às vezes, o verdadeiro diabo está nas decisões que fazemos.