🎥 10 Curiosidades do filme “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” (1981) que você não sabia!
Desde seu lançamento em 1981, “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” tem cativado o público com sua mistura arrebatadora de aventura, ação e intrigas históricas. Dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Harrison Ford no papel icônico do arqueólogo intrépido, o filme não apenas encanta com sua narrativa empolgante, mas também é repleto de curiosidades fascinantes que iluminam os bastidores de sua produção e revelam segredos por trás das cenas mais memoráveis.
De truques de câmera engenhosos a improvisos notáveis, embarque conosco nesta jornada para descobrir os segredos por trás da criação deste clássico cinematográfico.
1 – TUDO COMEÇOU NO DENTISTA
Quando George Lucas solicitou a colaboração de Philip Kaufman na criação de uma narrativa inspirada nas aventuras de heróis de sua infância, ele recordou uma história compartilhada por seu dentista durante seus 11 anos de idade. Esta narrativa contava a lenda bíblica da Arca Perdida, que abrigava os Dez Mandamentos.
A proposta foi tão bem recebida que Lucas sugeriu que este fosse o título da história. Posteriormente, ao apresentar o projeto a Steven Spielberg, cujas crenças judaicas eram conhecidas, o fato de trabalhar em uma história que explorava um elemento significativo de sua religião, enquanto retratava os nazistas como antagonistas, despertou o interesse e entusiasmo de Spielberg pelo projeto.
2 – O NOME FOI BASEADO NO CACHORRO DE GEORGE LUCAS
Na concepção inicial de George Lucas, o destemido herói do cinema seria batizado como Indiana Smith. No entanto, Spielberg não se mostrou muito inclinado a esse nome, argumentando que “Professor Smith” não tinha a mesma ressonância. Assim, ele sugeriu o sobrenome “Jones”, que soava mais apropriado.
Curiosamente, o nome “Indiana” permaneceu inquestionável, sendo uma homenagem ao próprio cachorro de George Lucas, chamado Indiana. Esta conexão é posteriormente mencionada no desfecho de “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989). Além disso, o rosto do Malamute do Alaska de Lucas serviu de inspiração para a modelagem facial de outro querido personagem de Hollywood, Chewbacca.
3 – O AVENTUREIRO DE MACHU PICCHU
Com a barba por fazer, um chapéu de feltro desgastado, uma jaqueta de couro resistente e uma sacola de tecido para guardar os tesouros mais preciosos, além do seu chicote, Indiana Jones personifica o espírito do explorador.
Lucas e Spielberg se inspiraram especialmente no arqueólogo americano Hiram Bingham, creditado por descobrir as ruínas de Machu Picchu, no Peru. Eles também se inspiraram em Tintin e nos filmes de faroeste estrelados por Clint Eastwood.
4 – HARRISON FORD NÃO FOI A ÚNICA OPÇÃO PARA SER O ARQUEÓLOGO MAIS FAMOSO DO CINEMA
Para o papel de Indiana, Spielberg tinha em mente Harrison Ford, mas Lucas tinha suas dúvidas, pois o público associava o ator ao personagem Han Solo, de “Star Wars”.
Os dois diretores consideraram também Nick Nolte, Jeff Bridges e Bill Murray, e por fim, Tom Selleck, que na época tinha menos destaque. No entanto, Selleck estava comprometido com a série de TV “Magnum”. Spielberg eventualmente conseguiu convencer Lucas de que Harrison Ford era a escolha certa.
5 – ABERTURA BASEADA NUMA HISTÓRIA DO TIO PATINHAS
A icônica sequência de abertura, em que Indy enfrenta uma caverna na Amazônia e se vê obrigado a fugir de uma imponente pedra rolante, foi uma sugestão de Steven Spielberg. Inicialmente, George Lucas imaginava que a cena inicial do filme envolveria um submarino e um macaco que executava a saudação nazista.
No entanto, Spielberg teve uma inspiração ao recordar uma história em quadrinhos do Tio Patinhas intitulada “As Cidades do Ouro” (The Seven Cities of Cibola, em inglês), publicada em 1954. Nessa história, uma pedra gigante é desencadeada após um ladrão tentar roubar um ídolo de esmeralda de Cibola. Utilizando essa referência, eles deram vida a uma das sequências de abertura mais memoráveis do cinema.
6 – IMPROVISO DE HARRISON FORD
Uma das cenas mais emblemáticas do filme apresenta Indiana confrontando um beduíno, que o desafia para um duelo de espadas. Inicialmente planejada como uma longa e elaborada sequência de luta, a cena passou por uma alteração de última hora devido ao desconforto de Harrison Ford, que estava sofrendo de uma terrível disenteria. Em um momento de inspiração instantânea antes da filmagem, Ford se aproximou de Spielberg e propôs: “Por que eu simplesmente não atiro nele?”.
A princípio, a equipe pensou que fosse uma brincadeira, mas Spielberg viu potencial na ideia e conduziu a cena com a rápida resolução sugerida por Ford, tornando esse momento memorável na história do cinema.
7 – A ROUPA TINHA QUE SER BEM SUJA
O icônico visual de Indiana Jones foi criado de uma maneira bastante peculiar. O famoso chapéu foi adquirido em Londres, mas para conferir a aparência de ter passado por inúmeras aventuras, vários membros da equipe, incluindo Steven Spielberg e Harrison Ford, precisaram sentar sobre ele por alguns dias. Da mesma forma, as dez jaquetas de couro que estavam no camarim chegaram em perfeito estado. Para envelhecê-las, a figurinista Deborah Nadoolman Landis utilizou um punhal e uma escova de metal para desgastá-las.
8 – A CENA DAS COBRAS
A sequência em que Indy e Marion são lançados em um poço cheio de cobras foi filmada em Londres, no mesmo estúdio usado para criar o quarto de Jack Torrance em “O Iluminado” (1980). Para encher o espaço com serpentes, a equipe precisava de 10 mil animais, então vasculharam todas as lojas de animais em Londres e também nas áreas ao sul da Inglaterra. O desafio era que, mesmo com um grande número de cobras no estúdio, Spielberg ainda não tinha o suficiente para criar o efeito desejado. Como solução, eles misturaram os animais com várias pernas de calças cortadas para dar a impressão de um número maior de cobras.
Mesmo com tantos répteis, apenas um membro da equipe foi mordido por uma píton. Surpreendentemente, apesar de não ter medo de cobras, Harrison Ford passou mal e quase vomitou devido ao efeito do movimento delas pelo chão.
9 – ESTREANDO NO CINEMA
Este filme marcou a estreia do talentoso Alfred Molina (conhecido por seu papel em “Homem-Aranha 2”) nas telonas. Naquela época, com 28 anos, ele fez uma breve aparição logo na sequência de abertura, interpretando o personagem que guia e trai Indy na caverna. Em outra cena envolvendo animais, há um momento em que ele fica coberto por tarântulas. Todas eram machos e permaneciam imóveis sobre o corpo de Alfred.
Para provocá-las sem representar uma ameaça para o ator, a produção utilizou uma caranguejeira fêmea, que conseguiu agitar os aracnídeos, alcançando o efeito desejado por Spielberg.
10 – CENÁRIO DE STAR WARS
Próximo ao desfecho do filme, o herói ameaça destruir a Arca da Aliança com uma bazuca. O desfiladeiro utilizado como cenário está localizado na Tunísia e também foi utilizado como set de filmagem para “Uma Nova Esperança” (1977), representando um dos desfiladeiros de Tatooine. É neste local que o droide R2-D2 sofre uma falha e cai.
“Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida” permanece não apenas como um clássico do cinema de aventura, mas também como uma fonte inesgotável de curiosidades e detalhes fascinantes. Desde a escolha do elenco até os desafios enfrentados durante as filmagens, cada aspecto desse filme icônico revela a dedicação e a criatividade de toda a equipe envolvida. Por trás das cenas de ação espetaculares e dos momentos memoráveis, encontramos histórias surpreendentes, como a inspiração em figuras da vida real e os truques engenhosos utilizados para criar efeitos visuais impressionantes. Essas curiosidades não apenas enriquecem nossa apreciação pelo filme, mas também nos convidam a mergulhar mais fundo no universo de Indiana Jones, onde o mistério e a aventura nunca cessam.