🎥 5 Curiosidades do filme “Duna: Parte 1” (2021) que você não sabia!

“Duna: Parte 1”, lançado em 2021 e dirigido por Denis Villeneuve, adapta magistralmente a obra épica de ficção científica de Frank Herbert. Ambientado em um universo vasto e intrigante, o filme cativa não apenas pela sua narrativa envolvente, mas também pelas curiosidades que permeiam sua produção. Com um elenco estelar, incluindo Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson e Oscar Isaac, o filme não apenas resgata elementos centrais da obra original, mas também introduz novas camadas de complexidade e profundidade emocional.


Uma das curiosidades mais fascinantes é a meticulosa construção dos cenários, que incluíram locações épicas como desertos na Jordânia e na Noruega, proporcionando uma autenticidade visual deslumbrante. Além disso, a trilha sonora icônica de Hans Zimmer adiciona uma dimensão sonora imersiva, complementando perfeitamente a atmosfera grandiosa do filme.
“Duna – Parte 1” não apenas atende às expectativas dos fãs fervorosos da série literária, mas também cativa novos espectadores com sua fusão de tecnologia de ponta e uma narrativa rica em mitologia e política intergaláctica.


Veja 5 curiosidades desse filme incrível:

1 – O LIVRO


A história de Herbert surgiu enquanto ele escrevia uma matéria para uma revista sobre um programa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos a respeito das dunas de areia em Florence, no estado de Oregon (EUA). A pesquisa acabou por evoluir para desertos e a cultura dos moradores dessas áreas. Seu trabalho culminou em duas histórias curtas de ficção científica sobre heroísmo dos homens e mulheres do deserto, publicados na prestigiada revista Analog Science Fact & Fiction.


Mas, insatisfeito, Herbert se debruçou nos contos e lançou o épico Duna. O livro foi rejeitado por mais de vinte editoras antes de ser aceito pela Chilton, da Filadélfia, que desafiou a então preferência dos leitores por histórias mais curtas.


Embora Duna tenha ganho o Nebula e Hugo, os dois prêmios de ficção científica de maior prestígio do mercado literário, o livro não foi um sucesso comercial imediato. Sua base de fãs cresceu ao longo dos anos 1960 e 1970. Herbert escreveu outros dois livros sobre o mesmo universo, Os filhos de Duna, lançado em 1976, e O imperador-deus de Duna, de 1981. Com o aval do pai, Brian Herbert continuou a saga e em 1984 lançou As hereges de Duna, e dois anos depois, As herdeiras de Duna, concluindo a história.


Cinquenta anos depois, Duna é vendido aos milhões ao redor do mundo e considerado fonte de inspiração para outras grandes sagas, como “Star Wars” e “Game Of Thrones” — as similaridades entre a obra de Herbert e de George Lucas são tão grandes que, em entrevista à Associated Press em 1977, o escritor disse que “tentaria muito” não processar o diretor.

2 – HISTÓRIA INADAPTÁVEL


A edição mais recente do livro, lançada no Brasil pela editora Aleph, possui cerca de 900 páginas. Delas, as 100 primeiras apenas contextualizam o leitor no universo criado por Herbert. Arakis, Caladan, Melange são apenas alguns dos conceitos explicados na primeira parte do livros, todos relacionados à sociedade, religião e política do universo criado por Herbert e indispensáveis para entendê-lo. Como, então, adaptá-los para um filme?


Não seria possível ignorá-los, pois prejudicaria o entendimento do espectador. Apenas inseri-los nos diálogos sem nenhuma explicação também não seria uma boa opção, pois deixaria quem assiste tão perdido quanto. O diretor saiu pela tangente, explicando-os, brevemente, conforme eles aparecem na história, dando assim ao espectador a informação no momento em que ele precisará dela.

3 – QUEM É QUEM EM DUNA?


Duna tem um elenco estrelado. Saiba quem é quem no filme de Villeneuve:
Timothée Chalamet é Paul Atreides: filho do Duque Leto Atreides e de Lady Jessica, herdeiro da casa real Atreides. Apesar de ter nascido homem, foi treinado pela mãe segundo os dogmas das Bene Gesserits e desenvolveu poderes como a Voz. Desde pequeno, tem visões e sonhos do que pode acontecer no futuro.


Zendaya é Chani: uma reprepresentante dos Fremen, povo natural de Arrakis. Tem os olhos azuis por viver em constante contato com o mélange, uma especiaria encontrada no deserto de seu planeta que permite aos humanos pilotar espaçonaves pelo universo.


Oscar Isaac é Duque Leto Atreides: pai de Paul e chefe da casa real Atreides. Seu planeta natal é Caladan, rico em água, mas o imperador o transfere para Arrakis.


Rebecca Ferguson é Lady Jessica Atreides: concubina de Duque Leto e mãe de Paul, seu herdeiro oficial. Ela é uma Reverenda Madre das Bene Gesserit.


Jason Momoa é Duncan Idaho: membro do exército de Atreides e treinador de combate de Paul. Um dos primeiros a visitar Arrakis e fazer contato com seu povo, os Fremen.


Dave Bautista é Rabban Harkonnen: sobrinho do Barão Harkonnen e o último a governar Arrakis antes da chegada dos Atreides. Não respeitava a população local, os Fremen, tampouco media esforços para a extração do melange.


Javier Bardem é Stilgar: líder dos Fremen.

4 – VILLENEUVE X STREAMINGS


Duna estava previsto para chegar aos cinemas em dezembro de 2020. Mas, por causa da pandemia de Covid-19, o longa foi adiado para outubro de 2021, e nesse meio tempo, passou por algumas refilmagens. A ideia, no entanto, era que o filme fosse lançado simultaneamente na HBO Max e nos cinemas — o que não agradou Villeneuve.


Quando soube da notícia, o diretor disse à revista britânica Total Film que estava desapontado com o fato da pandemia ter atrapalhado a estreia de Duna, e a apontou como uma grande “inimiga do cinema”. Anteriormente, o Villeneuve já havia criticado a “era dos streamings”, em conversa com a Variety: “Esses serviços são uma adição positiva e poderosa aos ecossistemas do cinema e da TV. Mas quero que o público entenda que não pode sustentar a indústria cinematográfica como a conhecíamos antes da Covid-19. O streaming pode produzir ótimo conteúdo, mas não filmes do alcance e qualidade de Duna”.

5 – OUTRAS ADAPTAÇÕES DE DUNA


Duna já foi adaptada para os quadrinhos, para uma minissérie do canal Syfy e um filme dirigido por David Lynch, lançado em 1986, considerado um fracasso entre o público e a crítica na época, mas elevado à cult anos depois.


O longa conta com Kyle MacLachlan como Paul Atreides, Patrick Stewart, Linda Hunt e até o cantor Sting. Boa parte da equipe atribui a falta de sucesso do filme ao produtor, Dino De Laurentiis: “Se (Lynch) pudesse ter feito o filme que queria, teria sido brilhante”, afirmou Francesca Annis, que interpretou Lady Jessica na produção, em uma entrevista recente ao portal Deadline.


Mas antes de Lynch começar a trabalhar em sua adaptação de Duna, o diretor chileno Alejandro Jodorowsky tinha planos grandiosos para transformar o livro em filme. Mas, segundo ele, sua ideia era criar o maior filme da história. Para isso, chegou a escalar Salvador Dalí, Orson Welles e Mick Jagger, além do Pink Floyd, que havia acabado de lançar o álbum The Dark Side Of The Moon, para criar a trilha sonora.


Os planos de Jodorowsky, no entanto, nunca saíram do papel. Nenhum estúdio nos Estados Unidos topou entrar nessa — não porque não confiassem em seu trabalho, mas porque o projeto era comercialmente inviável, e Jodorowsky estava inflexível.
Enquanto as distribuidoras pediam que o filme tivesse, no máximo, duas horas, o diretor insistia que ele tivesse de dez a doze horas.


Apesar do projeto ter caído por terra, Jodorowsky afirma que suas ideias serviram com inspiração para outros filmes de sucesso, como “Star Wars”, “Star Trek”, “Indiana Jones e os Caçadores Da Arca Perdida”, “O Exterminador Do Futuro” e “Flash Gordon”.


Em suma, “Duna – Parte 1” não é apenas um filme, mas uma experiência cinematográfica que transcende os limites do gênero de ficção científica. Com sua abordagem visual deslumbrante, performances memoráveis e uma narrativa que equilibra habilmente a grandiosidade épica com a profundidade emocional, o filme de Denis Villeneuve estabelece um novo padrão para adaptações literárias no cinema moderno.


As curiosidades por trás das cenas, como a criação dos imponentes cenários naturais e a composição meticulosa da trilha sonora, demonstram o compromisso artístico e técnico da equipe de produção em trazer à vida um universo tão complexo e fascinante como o de “Duna”.


À medida que os fãs aguardam ansiosamente pela continuação desta saga, “Duna – Parte 1” deixa uma marca indelével no cinema contemporâneo, não apenas pela sua escala monumental, mas também pela sua capacidade de provocar reflexões sobre temas universais como poder, destino e ecologia. Este é um filme que não apenas entretém, mas também inspira e desafia, garantindo seu lugar entre as obras mais impactantes e reverenciadas da era moderna.

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