🎥 7 Curiosidades do filme “Carrie, A Estranha” (1976) que você não sabia!

Desde sua estreia em 1976, “Carrie, A Estranha” cativou o público com sua narrativa arrepiante e performances icônicas. Dirigido por Brian De Palma e baseado no romance homônimo de Stephen King, o filme não apenas se estabeleceu como um clássico do horror, mas também inspirou uma legião de fãs devotos. No entanto, por trás das cenas de terror e suspense, há um mundo de curiosidades e detalhes fascinantes que cercam a produção deste filme icônico.


Nesta exploração das curiosidades por trás das câmeras de “Carrie, A Estranha”, vamos desvendar segredos, trivia e fatos surpreendentes que contribuíram para sua permanência como uma obra-prima do gênero.

1 – PRIMEIRO LIVRO DE STEPHEN KING


É amplamente conhecido que “Carrie” foi o primeiro livro e grande sucesso de Stephen King, e muitos já ouviram a história de como Tabitha King resgatou o manuscrito do lixo, onde o mestre do terror o havia descartado por não apreciar seu conteúdo. Naquela época, King já estava escrevendo contos e histórias para revistas de menor circulação, mas foi “Carrie” que marcou o início de sua aclamada carreira.


Entretanto, uma parte menos divulgada dessa história é que, aos 26 anos, King recebeu meros 2500 dólares pela venda dos direitos autorais. Atualmente, esse valor parece insignificante. Naquela época, embora fosse uma quantia interessante para um jovem escritor, ainda estava aquém do esperado. No entanto, King expressou gratidão por essa experiência com seu primeiro livro. Durante uma entrevista em 2010, em Port Charlotte, na Flórida, King comentou sobre sua sorte em conseguir uma adaptação para seu primeiro livro.

2 – DIRETOR EXPERIENTE


Ao contrário do procedimento comum dos grandes estúdios, que normalmente selecionam os diretores para seus filmes, foi Brian De Palma quem se interessou por “Carrie”. Ele foi apresentado à história de Carrie White por um amigo escritor logo em 1975, apenas um ano após o lançamento do livro nos Estados Unidos. De Palma imediatamente se interessou em adaptar a história para o cinema e conseguiu localizar os detentores dos direitos autorais.


Naquela época, o cineasta já havia dirigido alguns curtas e longas-metragens, como “Irmãs Diabólicas” (1972), “O Fantasma do Paraíso” (1974) e “Trágica Obsessão” (1976). No entanto, esses filmes tinham orçamentos relativamente modestos, a maioria financiada de forma independente. Apesar de seus filmes anteriores terem sido bem recebidos pela crítica e terem sido rentáveis, “Carrie” se destacou como um grande sucesso.


Após “Carrie” e alguns outros sucessos que obtiveram um desempenho razoável entre os críticos, De Palma consolidou sua carreira como um diretor consagrado com “Scarface”, em 1983.

3 – O ROTEITO


O encarregado de adaptar o livro de King para o filme de De Palma foi Lawrence D. Cohen. Naquela época, Cohen era relativamente novo na indústria cinematográfica e tinha apenas dois roteiros em seu currículo antes de “Carrie, a Estranha”: “Sedgewick Hawk-Styles: Prince of Danger” (1966), um filme para televisão dirigido por William Asher, renomado produtor e diretor de séries como “I Love Lucy” e “A Feiticeira”; e “Italianamerican” (1974) de Martin Scorsese, um documentário onde o diretor entrevistava seus pais sobre suas vidas como imigrantes em Nova York.


No entanto, “Carrie” parece ter injetado um novo ânimo na carreira de Cohen. Após esse trabalho, várias outras adaptações de obras de King foram adicionadas ao seu portfólio. Entre elas estão a adaptação da minissérie de 1990 “It – Uma Obra Prima do Medo.


Além das obras de Stephen King, Cohen também escreveu o roteiro da adaptação de “Ghost Story”, de Peter Straub, bom amigo do mestre do terror, que foi lançada em 1981.

4 – ESCOLHENDO A PROTAGONISTA


Selecionar os protagonistas para as adaptações cinematográficas sempre implica em um processo meticuloso. A representação da personagem Carrie White diverge um pouco do livro, onde é descrita como acima do peso, com espinhas no pescoço e costas, além de um rosto oleoso com cravos. Ao compararmos a imagem que temos de Carrie no filme de 1976, algumas dessas características se perdem. No entanto, a escolha de Sissy Spacek para interpretar Carrie White parece mais do que acertada, já que ela deu vida à personagem do livro com toda a intensidade que a personagem merecia.


No entanto, Spacek não foi a primeira escolha de De Palma para o papel de Carrie White. Betsy Slade, que havia recebido elogios por seu papel no filme “Our Time” (1974), era a favorita para interpretar a protagonista. Mas o marido de Spacek, o designer de produção e diretor Jack Fisk, convenceu De Palma a permitir que Spacek fizesse um teste para o papel de Carrie. Dizem que Spacek estava decidida a conseguir o papel, chegando ao teste com o cabelo coberto de vaselina, o rosto sujo e vestindo um vestido de marinheiro que sua mãe havia feito para ela na sétima série, com a bainha por fazer. A presença e a interpretação de Spacek convenceram De Palma e o resto da equipe de produção, e a atriz acabou ficando com o papel.


Após “Carrie”, Spacek voltaria a estrelar em uma produção baseada em uma obra de Stephen King na série “Castle Rock”.

5 – ATRIZ ACREDITAVA QUE NÃO ERA UM FILME DE TERROR


Até sua morte, em outubro de 2023, Piper Laurie permaneceu convencida de que “Carrie, a Estranha” era, na verdade, uma sátira cinematográfica, uma comédia absurda. Quando foi escolhida para interpretar o papel de Margaret White, a atriz simplesmente não conseguia se levar a sério enquanto lia suas falas e vestia seu figurino.


Entre acessos de risos, ela expressava que considerava tudo muito “exagerado” e tinha certeza de que ninguém levaria a sério. Mesmo depois de De Palma ter conversado pessoalmente com ela e explicado que se tratava de um filme de terror, Laurie ainda não conseguia acreditar que seu papel deixaria alguém apavorado.


Da mesma forma, John Travolta e Nancy Allen, que interpretam os dois principais antagonistas da história – Billy Nolan e Chris Hargenson – não tinham ideia da verdadeira malícia de seus personagens até assistirem às versões finais do filme. Allen comentou que, enquanto estavam filmando, eles pensavam que seriam, em certo sentido, o alívio cômico da produção. Foi um verdadeiro choque para eles verem o filme completo e perceberem que eram os principais antagonistas de Carrie White.

6 – REMAKES E REBOOTS


“Carrie, a Estranha” tornou-se um sucesso e continua sendo uma grande referência para os fãs do terror até os dias atuais. Naturalmente, ao longo dos 48 anos desde o lançamento do filme, muitos tentaram replicar seu êxito. A obra inspirou dois remakes, um musical e uma sequência, porém nenhum deles conseguiu conquistar uma base sólida de fãs.


A primeira tentativa foi o musical “Carrie: The Musical”, no qual Lawrence D. Cohen, roteirista do filme original, colaborou com o compositor Michael Gore para adaptar a história de Carrie White para os palcos da Broadway. A peça estreou em 1988, mas não sobreviveu a cinco apresentações. Hoje, é considerada um dos maiores fracassos da famosa avenida de espetáculos e teatros de Nova York. Ao longo dos anos, alguns fãs surgiram, e em 2018 a série “Riverdale” utilizou a história como base para um de seus episódios musicais.


Em 1999, tentaram lançar uma sequência intitulada “A Maldição de Carrie”, embora poucos se lembrem da existência do filme. Não se pode afirmar que tenha sido um grande sucesso, mas a produção fez um esforço para trazer Amy Irving, que interpretou Sue Snell no filme original, para uma aparição especial. Dirigido por Katt Shea e Robert Mandel, o filme acompanha a personagem Rachel Lang (Emily Bergl), que, assim como Carrie, possui poderes telecinéticos.
Em 2002, Bryan Fuller tinha a ousada ideia de transformar “Carrie” em uma série de TV. O primeiro episódio seria um filme feito para TV, com direção de David Carson e Angela Bettis no papel de Carrie. Embora a produção tenha sido bem recebida pelo público televisivo, a série nunca se concretizou devido a algumas mudanças no final que afetaram a resolução do enredo.


Já em 2013, no final da tendência de remakes dos filmes de sucesso das décadas de 1970 e 1980, a diretora Kimberly Pierce assumiu o projeto de um remake de “Carrie”, trazendo Cohen de volta como roteirista e Chloe Grace Moretz como protagonista. No entanto, apesar de ser concebido como uma adaptação moderna da obra de King, o filme não alcançou o sucesso esperado.

7 – ORÇAMENTO E BILHETERIA


“Carrie, a Estranha”teve um custo de produção de 1 milhão e 800 mil e arrecadou 33 milhões de dólares no mundo inteiro.


Em suma, “Carrie, A Estranha” de 1976 permanece como um marco no gênero do terror, não apenas por sua narrativa arrepiante e performances marcantes, mas também pelas curiosidades e detalhes fascinantes que permeiam sua produção. Desde as escolhas de elenco iniciais até as tentativas posteriores de replicar seu sucesso em forma de sequências, remakes e adaptações, o legado de “Carrie” transcende as telas do cinema. Ainda hoje, quase meio século após seu lançamento, o filme continua a intrigar e cativar uma nova geração de espectadores, demonstrando o poder duradouro de uma história bem contada e uma produção cinematográfica habilmente executada. “Carrie, A Estranha” não apenas assombra os corações e mentes daqueles que a assistem, mas também deixa sua marca indelével no universo do cinema, reafirmando seu status como um verdadeiro clássico do terror.Veja só estas curiosidades do filme “Carrie, A Estranha”!

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