🎥 12 Curiosidades do filme “Cantando na Chuva” (1952) que você não sabia!
“Cantando na Chuva” é um clássico do cinema que continua a encantar gerações com seu charme atemporal e suas performances inesquecíveis. Lançado em 1952, o filme não é apenas um marco do gênero musical, mas também um exemplo brilhante de como a arte pode transformar desafios em oportunidades.
Ambientado na transição do cinema mudo para o falado, ele captura a magia da era de ouro de Hollywood com uma narrativa envolvente e números musicais espetaculares. A história gira em torno dos bastidores da indústria cinematográfica e a luta dos personagens para se adaptarem a novas tecnologias, tudo isso regado com muito humor e romance.
Desde seus icônicos números musicais até a inigualável química entre os protagonistas, “Cantando na Chuva” oferece uma infinidade de curiosidades e detalhes fascinantes que aprofundam a apreciação desse verdadeiro tesouro cinematográfico.
Prepare-se para mergulhar em um universo repleto de brilho e encantamento!
1 – FOI UM TRABALHO DIFÍCIL
Anos depois, Debbie Reynolds, que interpretou Kathy Selden, revelou que fazer o filme e enfrentar o parto foram as duas maiores dificuldades de sua vida. A experiência no set foi especialmente desconfortável devido ao tratamento rigoroso de Gene Kelly, o ator que interpretou Don Lockwood e também era o diretor, conhecido por seu perfeccionismo extremo.
Kelly tratava Reynolds de forma severa, especialmente porque ela nunca tinha dançado daquela forma antes. Fred Astaire, que estava trabalhando em um estúdio próximo, encontrou-a chorando embaixo de um piano e a tranquilizou, garantindo que todo o esforço valerá a pena. E realmente valeu!
Décadas depois, Kelly comentou que sentiu remorso em tratar Reynolds como a tratara durante as filmagens: “Eu não fui legal com Debbie. É uma surpresa que ela ainda fale comigo”.
2 – REAPROVEITANDO O FIGURINO
Algumas das roupas usadas em “Cantando na Chuva” foram reaproveitadas em outro filme, “Bem no Meu Coração”, de 1954.
3 – MICROFONE
Um microfone foi dissimulado na blusa de Reynolds para garantir que suas falas fossem mais nítidas. Em uma das cenas de dança, é possível ouvir as batidas de seu coração, refletindo a situação de Kathy Selden na história.
4 – ESCREVENDO O ROTEIRO
O roteiro foi elaborado após a conclusão e gravação das músicas. Assim, os roteiristas precisaram criar uma história que se encaixasse com as canções, em vez de ajustar as músicas à trama.
5 – A INSPIRAÇÃO PARA A HISTÓRIA
Os roteiristas adquiriram uma casa em Hollywood que pertencia a um antigo astro do cinema, que perdeu sua fortuna devido ao impacto do cinema falado em sua carreira. Esse episódio contribuiu para a inspiração do longa-metragem.
6 – ROMPENDO CONTRATO
O filme foi um elemento decisivo para que Kelly concluísse seu contrato com a MGM. Posteriormente, ele expressou seu descontentamento com a empresa por constantemente barrá-lo de aceitar papéis em outros filmes, como “Eles e Elas” (1955).
A atitude extremamente hostil de Kelly, tanto como ator quanto diretor, durante as filmagens levou ao encerramento de seu contrato com a MGM.
7 – UMA DANÇA QUE CUSTOU MAIS DE MEIO MILHÃO DE DÓLARES
A sequência da música “Broadway Ballet” exigiu um mês inteiro de ensaios, duas semanas de gravações e custou impressionantes US$600 mil, o que representou quase um quinto do orçamento total.
8 – A CENA CLÁSSICA
A canção “Singing in the Rain” foi composta em 1929 para o filme “Hollywood Revue”, o que significa que não era uma novidade. Por isso, a cena da chuva quase foi abandonada.
Originalmente, o roteiro previa que a música fosse interpretada em trio por Gene Kelly, Donald O’Connor e Debbie Reynolds. Após algumas mudanças, os três ficaram responsáveis pela canção “Good Morning”, enquanto “Singing in the Rain” foi atribuída exclusivamente à cena de Gene Kelly.
9 – A CHUVA ERA DE LEITE?
Alguns truques e interpretações sobre os efeitos da chuva foram discutidos. Uma das teorias sugeria que a água da chuva estava misturada com leite para tornar as gotas mais visíveis.
No entanto, essa informação não foi confirmada pelos produtores mais tarde. De acordo com eles, o efeito foi alcançado apenas com a iluminação escolhida.
10 – CANTANDO NA CHUVA E COM FEBRE
Gene Kelly estava com febre durante as filmagens da icônica cena em que canta “Singin’ in the Rain”.
Não se sabe ao certo quanto tempo levou para gravar a cena; alguns dizem que foi em um dia, enquanto outros afirmam que foram três. Naquele período, o ator estava com 38º C de febre.
Além disso, Kelly teve que trocar de roupa várias vezes, pois os ternos encolhiam quando encharcados.
11 – PARTE DO FILME FOI QUEIMADO EM UM INCÊNCDIO
Em 1978, um incêndio devastador na Warner Bros. lotou de chamas o arquivo de filmes da produtora, resultando na destruição de muitas cópias originais de clássicos cinematográficos.
Entre as perdas irreparáveis estava a cópia original de “Cantando na Chuva”. Embora o filme tenha sobrevivido através de cópias de backup e restaurações subsequentes, o incêndio marcou uma perda significativa para a preservação do cinema, evidenciando a vulnerabilidade dos arquivos históricos e a importância de medidas para proteger essas preciosidades.
O incidente ressaltou a necessidade de preservação cuidadosa e conscientização sobre a proteção do patrimônio cinematográfico.
12 – ESNOBADO NO OSCAR
É surpreendente e injusto que “Cantando na Chuva”, um dos filmes mais icônicos e amados da história do cinema, não tenha recebido nenhum Oscar. Lançado em 1952, o filme é amplamente reconhecido por sua contribuição duradoura ao gênero musical e por suas performances memoráveis, especialmente a icônica dança de Gene Kelly na chuva, estabelecendo um padrão elevado para o cinema musical.
Apesar de sua recepção crítica positiva e seu impacto cultural duradouro, o filme foi completamente ignorado pelas principais categorias do Oscar.
Essa omissão continua a ser uma das maiores injustiças da história da premiação, deixando muitos a se perguntarem como uma obra-prima tão significativa pôde ser negligenciada.
“Cantando na Chuva” é um verdadeiro tesouro cinematográfico que, além de sua beleza e charme, está repleto de histórias fascinantes e curiosidades. Desde o desafio de gravar a icônica cena da chuva até a criação de uma narrativa que se ajustasse às músicas já compostas, cada detalhe contribui para o legado duradouro do filme.
A dedicação e o talento de Gene Kelly, junto com a criatividade dos roteiristas e da equipe de produção, resultaram em uma obra que transcendeu o tempo e continua a encantar novas gerações. Mesmo com sua ausência nos Oscars, o impacto cultural e a influência de “Cantando na Chuva” permanecem inquestionáveis.
Ao revisitar o filme, somos lembrados não apenas de sua magia e inovação, mas também do espírito indomável que o tornou um clássico eterno.
É uma celebração da arte e da paixão que define o melhor do cinema musical.