🎥 10 Curiosidades do filme “Assassino da Lua das Flores” (2023) que você não sabia!
“Assassino da Lua das Flores”, o mais recente projeto do renomado diretor Martin Scorsese, é uma fascinante imersão no suspense e na intriga histórica. Baseado no livro best-seller de David Grann, o filme se passa nos anos 1920 e explora um dos casos mais sombrios e misteriosos da história dos Estados Unidos.
O enredo gira em torno dos assassinatos de membros da tribo Osage, cujas mortes misteriosas desencadeiam uma investigação que revela uma rede de corrupção e ganância. O longa não apenas mergulha em um capítulo sombrio da história americana, mas também destaca a complexidade das relações humanas e as consequências devastadoras da avareza.
Com um elenco estelar e uma narrativa envolvente, “Assassino da Lua das Flores” promete não apenas prender a atenção dos espectadores, mas também provocar uma reflexão profunda sobre justiça e moralidade.
1 – BASEADO EM FATOS REAIS
Ambientado há cerca de um século, “Assassinos da Lua das Flores” mergulha em uma trama baseada em eventos reais que chocaram o mundo. O filme retrata o massacre brutal do Povo Osage em Oklahoma, ocorrido quando se descobriu que suas terras estavam repletas de petróleo.
A ganância das autoridades locais levou a uma série de assassinatos sistemáticos, resultando na morte de cerca de 20 pessoas, com estimativas indicando que mais de 100 podem ter sido vítimas relacionadas aos terrenos petrolíferos. A história acompanha a investigação conduzida por um agente do BOI — que mais tarde se tornaria o FBI — para desenterrar a verdade por trás desses crimes atrozes.
Com uma narrativa tensa e um enredo baseado em fatos históricos, o filme oferece uma reflexão poderosa sobre corrupção, justiça e a luta pela verdade.
2 – RESPEITO PELA COMUNIDADE OSAGE
Baseado em fatos reais, “Assassinos da Lua das Flores” oferece uma recriação sensível e cuidadosa da trágica história do massacre do Povo Osage. O filme, dirigido por Martin Scorsese e coescrito por ele e Eric Roth, é uma adaptação do livro de David Grann e foi desenvolvido com o máximo respeito pela comunidade Osage.
Scorsese buscou ativamente o envolvimento das lideranças Osage para evitar estereótipos negativos e garantir uma representação justa dos nativos americanos. Em uma entrevista à Variety, a atriz Lily Gladstone destacou que a colaboração com a comunidade indígena transformou o projeto, resultando em uma obra mais autêntica e respeitosa.
O filme não apenas retrata um capítulo sombrio da história, mas também reflete a importância da voz e da perspectiva dos envolvidos na narrativa.
3 – SCORSESE, DE NIRO E DICAPRIO JUNTOS
Além de novas estrelas como Lily Gladstone e John Lithgow, o filme marca o retorno de diversos colaboradores habituais de Scorsese. Este é o sétimo projeto que reúne Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, e o décimo primeiro com Robert De Niro (incluindo o curta dirigido por Scorsese, “The Audition”, de 2015).
O interessante é que esta é a primeira vez que Scorsese, De Niro e DiCaprio trabalham juntos em um mesmo filme, apesar de De Niro ter sido o responsável por apresentar DiCaprio ao cineasta. Outro ator que retorna para colaborar com o mestre é Jesse Plemons, que já havia atuado em O Irlandês, o filme anterior de Scorsese.
4 – LEONARDO DICAPRIO FARIA OUTRO PERSONAGEM
Inicialmente, Leonardo DiCaprio foi designado para interpretar Tom White, um agente do FBI enviado por J. Edgar Hoover para investigar os assassinatos da tribo Osage. No entanto, DiCaprio achou que seria inadequado contar a história do ponto de vista de um homem branco e solicitou que o roteiro fosse alterado.
Como resultado, DiCaprio assumiu o papel de Ernest Burkhart, o sobrinho de um poderoso empresário local. Ernest é casado com Mollie, uma mulher indígena, e testemunha toda a violência contra seu povo. O papel de Tom White acabou ficando com Jesse Plemons, conhecido por seus papéis em “A Noite do Jogo” e “Ataque dos Cães”.
5 – LILY GLADSTONE
Um dos grandes destaques do filme é Lily Gladstone, uma atriz de ascendência indígena americana, que interpreta Mollie Burkhart, uma mulher nativo-americana casada com Ernest Burkhart, que vê seu povo sendo dizimado pela ganância dos brancos. No entanto, poucas pessoas sabem que a atriz quase deixou a carreira cinematográfica.
Gladstone estava prestes a se inscrever em um curso de análise logística de dados quando recebeu o convite para uma reunião com Scorsese. O diretor imediatamente ficou encantado com ela durante a leitura do roteiro e, logo depois, Gladstone foi escolhida para o papel de Mollie.
6 – O FILME FOI AFETADO PELA PANDEMIA
Um dos projetos mais ousados da carreira de Martin Scorsese, o filme enfrentou várias alterações devido à pandemia de COVID-19. Inicialmente, as filmagens estavam previstas para começar em fevereiro de 2019, mas, por motivos não especificados, o início da produção foi adiado para 2020, sendo diretamente afetado pela pandemia.
O projeto permaneceu “parado” por um longo período até que, em 2021, começaram a surgir as primeiras imagens dos bastidores e da produção.
A espera foi recompensada, pois Scorsese e sua equipe conseguiram aprimorar ainda mais a narrativa.
7 – DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA MAIS QUE COMPETENTE
“Assassinos da Lua das Flores” também marca o retorno de uma parceria de longa data de Martin Scorsese. O diretor de fotografia do filme é Rodrigo Prieto, o talentoso artista mexicano que colaborou em vários trabalhos do cineasta, incluindo “O Lobo de Wall Street”, “O Irlandês” e “Silêncio” — por esses dois últimos, ele foi indicado ao Oscar de Melhor Fotografia.
Além disso, Prieto esteve envolvido em um dos maiores sucessos do ano, atuando como diretor de fotografia em “Barbie”, o filme de Greta Gerwig sobre a icônica boneca. Prieto também trabalhou com renomados cineastas como Pedro Almodóvar, Ang Lee e Alejandro González Iñárritu.
8 – SCORSESE ADORA FAZER FILMES LONGOS
O longa tem uma duração confirmada de 206 minutos — ou seja, 3 horas e 26 minutos, tornando-se um dos filmes mais longos da carreira de Martin Scorsese. No entanto, ainda não é o mais longo entre seus trabalhos.
Enquanto “O Irlandês” ultrapassa a duração de “Assassinos da Lua das Flores” por dois minutos, outros documentários de Scorsese também são bastante extensos. Exemplos incluem “Bob Dylan: No Direction Home” (208 minutos), “A Personal Journey With Martin Scorsese Through American Movies” (225 minutos) e “My Voyage to Italy” (246 minutos).
9 – O FILME MAIS CARO DE SCORSESE
“Assassinos da Lua das Flores” tem um orçamento estimado em cerca de US$ 200 milhões, posicionando-o entre os filmes mais caros da história. Esse valor ultrapassou o custo do último trabalho de Scorsese, “O Irlandês”, que custou aproximadamente US$ 159 milhões, tornando este o filme mais caro da carreira do diretor.
Dado que Scorsese é conhecido por seu detalhismo e preferência por filmar em locações autênticas e paisagens impressionantes, o longa combinou a excelência técnica do cineasta com uma narrativa intensa, misteriosa e profundamente realista.
Infelizmente o filme foi um fracasso de bilheteria, arrecadando somente US$ 157 milhões de dólares.
10 – IGNORADO PELO OSCAR
O filme concorreu a 10 estatuetas do Oscar, como Melhor Atriz, Melhor Canção Original, Melhor Figurino, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Filme e outros.
Este já é o terceiro filme de Scorsese que concorre a mais de 10 Oscars e sai de mãos vazias.
“O Aviador” de 2004 concorreu a 11 estatuetas e “O Irlandês” concorreu a 10 prêmios e todos saíram sem ganhar nada.
“Assassinos da Lua das Flores” não apenas reafirma a maestria de Martin Scorsese como cineasta, mas também nos leva a um mergulho profundo na história e na cultura dos nativos americanos, revelando uma narrativa rica e complexa. Com um orçamento impressionante e uma duração épica, o filme se destaca entre as produções mais ambiciosas do diretor.
A colaboração de Scorsese com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, e a introdução de novos talentos como Gladstone, marca um momento significativo na filmografia do diretor.
Ao explorar temas de ganância e injustiça, “Assassinos da Lua das Flores” provoca reflexões importantes sobre a história e a condição humana.