John Lennon, ícone eterno da música e da cultura pop, continua a fascinar e inspirar fãs ao redor do mundo. Nascido em Liverpool, em 1940, Lennon tornou-se um dos cofundadores dos Beatles, uma das bandas mais influentes de todos os tempos.
Seu talento inquestionável para a composição e sua personalidade carismática o destacaram não apenas na música, mas também na luta por paz e justiça social. Além de sua carreira musical, Lennon se envolveu em projetos revolucionários e ativismos que moldaram o pensamento de uma geração.
Sua vida, marcada por inovações artísticas e uma busca constante por um mundo melhor, é repleta de curiosidades que vão desde suas contribuições para a psicologia pop até suas excentricidades pessoais.
Neste texto, exploraremos fatos surpreendentes sobre John Lennon que revelam o impacto duradouro de sua vida e obra.
1 – JOHN FOI ABANDONADO PELOS PAIS
John Lennon teve uma infância marcada por desafios emocionais. Nascido em Liverpool, em 1940, Lennon foi abandonado por seu pai, Alfred Lennon, quando ainda era muito jovem. Seu pai, um marinheiro mercante, deixou a família quando John tinha apenas cinco anos, o que teve um impacto profundo na vida do futuro Beatle.
Após a partida do pai, John foi criado pela mãe.
Algum tempo depois, o pai de John voltou, querendo levar o filho embora, porém ele escolheu ficar com sua mãe, Julia Lennon. Mas quando ela se relacionou com um homem que não aceitava John, ela o deixou com sua irmã, a tia Mimi, uma mulher extremamente rígida, mas que John amava e respeitava bastante.
Ou seja, John acabou não sendo criado nem pelo pai e nem pela mãe durante sua vida.
Mais tarde, em 1971, ele compôs uma música que falaria sobre este trauma:
“Mother”, que dizia assim:
“Mãe, você me teve
Mas eu nunca a tive
Eu te quis
Você não me quis
Pai, você me deixou
Mas eu nunca o deixei
Eu precisei de você
Você não precisou de mim
Então eu
Eu só tenho que te dizer
Adeus”
2 – A MORTE PRECOCE DE SUA MÃE
John Lennon não foi criado pela mãe, mas ela ia visitar o filho para ensiná-lo a tocar violão. Em uma dessas visitas, quando ela estava indo embora, Julian foi atropelada e acabou morrendo, em 1958, quando John tinha 18 anso de idade.
Ou seja, ela nunca viu o filho ficar famoso, pois os Beatles lançaram seu primeiro álbum somente em 1963.
3 – MÚSICA ICÔNICA E PROIBIDA
A música mais icônica da carreira solo de John Lennon, “Imagine”, frequentemente não é permitida em funerais na Grã-Bretanha. Lá, padres e pastores têm a autoridade de vetar canções que considerem “inadequadas”.
A parte da letra que leva à rejeição de “Imagine” é o verso onde Lennon canta “imagine there’s no Heaven”, ou seja, “imagine que não há Céu”.
4 – A MELHOR CAPA
A icônica capa da revista Rolling Stone, que mostra John Lennon nu, em posição fetal, abraçado a Yoko Ono, foi escolhida como a melhor capa de revista de todos os tempos.
A votação foi conduzida pela Sociedade Americana de Editores de Revistas, que avaliou 450 capas de publicações renomadas como Time, Newsweek, Esquire e National Geographic. Publicada em 1981, a famosa fotografia foi capturada pela renomada fotógrafa Annie Leibovitz.
5 – A PRIMEIRA ESPOSA
Antes de se casar com Yoko Ono, John Lennon foi casado com Cynthia Powell, com quem teve um filho, Julian. Em 2005, Powell lançou uma biografia na qual descreveu o artista como violento e revelava que ele tinha episódios de ciúmes extremos. O relacionamento deles durou sete anos.
6 – “MAIS FAMOSOS QUE JESUS CRISTO”?
Em 1966, John Lennon enfrentou intensa crítica após declarar em uma entrevista que os Beatles eram “mais famosos que Jesus Cristo”.
Mais tarde, ele explicou que a imprensa havia distorcido suas palavras, afirmando que sua intenção era dizer que os jovens falavam mais sobre os Beatles do que sobre Jesus Cristo.
Em 2008, quatro décadas após a declaração, a Igreja Católica concedeu um perdão oficial a Lennon pela acusação de blasfêmia.
7 – MANIFESTAÇÕES
Em 1970, durante a Guerra do Vietnã, John Lennon e Yoko Ono ganharam notoriedade por suas manifestações em prol da paz. Em resposta, o governo dos Estados Unidos tentou deportar Lennon para a Inglaterra, chegando a monitorar suas comunicações e a conduzir uma investigação pelo FBI.
O MI5, serviço britânico de contra-espionagem, também foi mobilizado, mas nenhuma evidência que ligasse Lennon a organizações terroristas ou regimes comunistas foi encontrada.
8 – JOHN DIAVA A PRÓPRIA VOZ
Acredita-se que John Lennon detestava sua própria voz e, em uma ocasião durante um jantar com George Martin, produtor dos Beatles, expressou o desejo de regravar todas as músicas da banda, destacando “Strawberry Fields” como uma das que mais gostaria de refazer. No entanto, ele apreciava suas letras, sendo “All You Need Is Love” a sua preferida.
9 – LENNON TINHA DISLEXIA
John Lennon era um estudante muito inteligente e tinha uma paixão por letras, mas suas notas na escola eram bastante baixas.
De acordo com biógrafos, ele tinha dificuldades com tarefas simples, como soletrar palavras e escrever corretamente.
Esses problemas eram causados por sua dislexia, que só foi diagnosticada no meio da década de 1970, após Lennon ter deixado os Beatles e estar estabelecido em sua carreira solo.
10 – ERA UM PÉSSIMO MOTORISTA
Apesar de seu amor por carros, Lennon era um motorista bastante desastrado. Além de ser míope, o Beatle também tinha dificuldades ao volante. Em uma ocasião, conforme relatado pelo biógrafo Philip Norman, Lennon conseguiu bater o carro em uma parede completamente vazia. O acidente resultou em dezessete pontos na face de John.
11 – SEUS ÓCULOS ICÔNICOS
John Lennon sofria de miopia desde a infância, mas, apesar do problema de visão, ele tinha dificuldades em usar óculos. Tentou várias armações ao longo dos anos, incluindo uma similar à de Buddy Holly, mas nunca se acostumava com elas.
Essa situação mudou durante as filmagens de “Como Eu Ganhei a Guerra”, onde Lennon interpretava um comandante desajeitado da Segunda Guerra Mundial.
O diretor fez o Beatle usar uma armação redonda com lentes grossas, e esse estilo acabou encantando Lennon.
A partir de 1967, até sua morte em 1980, ele passou a usar quase sempre os icônicos óculos redondos, uma imagem que ainda é frequentemente associada a ele em caricaturas e ilustrações.
12 – ELVIS PRESLEY
Elvis Presley foi uma das principais influências na formação musical de John Lennon e dos Beatles. Canções como “Hound Dog” e “Jailhouse Rock” tiveram um grande impacto no jovem de Liverpool.
Quando os Beatles foram aos EUA em 1964, o empresário Brian Epstein usou suas conexões para tentar realizar o sonho de Lennon e dos outros membros da banda de conhecer Presley.
No entanto, Lennon não ficou impressionado com o ídolo. Ele achou que Elvis não era tão cativante pessoalmente, e biógrafos de ambos os lados sugerem que a atitude distante de Presley pode ter sido um reflexo de seu receio de ser ofuscado pelos Beatles.
13 – ELE ADORAVA FAZER PÃES
John Lennon vivia de maneira intensa, mesmo fora do universo musical. Pouco depois do nascimento de seu filho com Yoko, em 1975, ele se afastou dos palcos por um tempo e se concentrou totalmente na família.
Durante esse período, descobriu um passatempo curioso: fazer pães. Em sua última entrevista para a revista Playboy, Lennon revelou que cuidar do bebê e fazer pães era uma ocupação que demandava seu tempo integral!
14 – COMO JOHN CONHECEU YOKO
John Lennon conheceu Yoko Ono em 1966 em uma galeria de arte em Londres. Ono estava promovendo uma exposição de sua arte conceitual chamada “Unfinished Paintings and Objects” na Indica Gallery. Lennon foi atraído pela excentricidade e pela abordagem inovadora de Ono sobre a arte. A primeira interação entre eles foi breve, mas deixou uma forte impressão em ambos.
O encontro mais significativo aconteceu em novembro de 1968, quando Lennon e Ono se encontraram novamente na mesma galeria, onde Ono estava trabalhando em uma instalação chamada “Ceiling Painting” (uma tela em que as pessoas eram convidadas a olhar para cima).
A partir desse momento, eles começaram a se encontrar regularmente e a desenvolver uma profunda conexão pessoal e artística. Esse relacionamento evoluiu rapidamente para um romance, e eles se casaram em março de 1969, durante uma cerimônia em Gibraltar.
15 – O ASSASSINATO DE JOHN LENNON
John Lennon foi assassinado em 8 de dezembro de 1980, quando tinha apenas 40 anos de idade, em frente ao seu apartamento no Edifício Dakota (onde foi gravado um dos maiores filmes de terror já feitos: “O bebê de Rosemary” ), em Nova York. Naquela noite, Lennon e sua esposa, Yoko Ono, estavam voltando de uma sessão de gravação de um álbum.
Mark David Chapman, um fã obcecado que havia esperado por Lennon do lado de fora do edifício durante o dia, abordou-o e pediu um autógrafo em uma cópia do álbum “Double Fantasy”.
O assustador é que fotografaram John Lennon dando autógrafo para seu assassino pela manhã, sem imaginar o que aconteceria à noite.
Mais tarde, Chapman esperou até que Lennon e Ono voltassem para casa e, quando Lennon estava prestes a entrar no prédio, ele se aproximou e disparou cinco tiros, atingindo Lennon quatro vezes nas costas e no ombro.
Lennon foi levado às pressas para o Hospital Roosevelt, mas foi declarado morto ao chegar. O assassinato chocou o mundo e causou uma onda de tristeza e comoção. A morte de Lennon foi amplamente coberta pela mídia e marcou um momento de luto global. Mark David Chapman foi preso no local e mais tarde foi condenado por assassinato em segundo grau.
John Lennon foi uma figura cuja influência se estendeu muito além da música. Como membro dos Beatles, ele ajudou a redefinir o panorama musical e cultural da década de 1960, mas seu impacto não parou por aí. Lennon era também um ativista apaixonado pelos direitos humanos, conhecido por seu engajamento em movimentos pacifistas e suas campanhas pela paz mundial.
Sua vida pessoal, marcada por uma busca constante por significado e verdade, refletia-se em suas composições e discursos, inspirando muitos a questionar e refletir sobre o mundo ao seu redor.
Mesmo após sua trágica morte, o legado de Lennon continua vivo, não apenas através de sua música, mas também por meio de suas mensagens de amor e justiça.
Sua contribuição à cultura pop e à sociedade é uma lembrança duradoura do poder que a criatividade e a visão podem ter na transformação do mundo.