A série “Bebê Rena”, que estreou na Netflix em 2024, conquistou crítica e público.
A série acompanha a história do comediante, performer e escritor Donny Dunn (Richard Gadd), que se envolve com Martha (Jessica Gunning), uma mulher vulnerável que está passando por seus próprios problemas. Esse rápido e distorcido relacionamento acaba seguindo para uma estranha obsessão, que impacta a vida dos dois e encurrala Donny a enfrentar um trauma profundo e sombrio de sua vida.
Com 22 milhões de visualizações e mais de 87 milhões de horas assistidas, a série se tornou um grande fenômeno em mais de 30 países.
1 – HISTÓRIA REAL
Uma característica notável da série é sua inspiração em uma narrativa verídica protagonizada pelo ator e comediante Richard Gadd, embora com algumas informações e pormenores modificados.
2 – ATOR FALOU DE SUA EXPERIÊNCIA EM 2019
Em 2019, o ator falou sobre sua experiência no Festival Fringe de Edimburgo de 2019 e a Netflix o abordou para criar a série.
3 – TROCA DE NOMES
Na série, a pessoa sendo perseguida é referida como Martha, mas o comediante mudou seu nome verdadeiro para preservar sua identidade. Ele descreveu-a como alguém peculiar e enfatizou os esforços feitos para disfarçá-la completamente, a ponto de acreditar que ela não se reconheceria. Ele salientou que o que foi retratado é uma representação emocional, não um retrato factual da pessoa.
4 – NÚMEROS ASTRONÔMICOS
Um aspecto crucial da série são as muitas mensagens e e-mails que o protagonista recebe. Na realidade, o total foi de 41.071 e-mails, 744 tweets, 46 mensagens no Facebook, além de 106 páginas de cartas e 350 horas de mensagens de voz, de acordo com o Screen Rant.
5 – PRESENTES
Embora a produção da Netflix não aborde esses pormenores, na realidade da história, a perseguidora enviou uma variedade de presentes estranhos, incluindo um frasco de pílulas para dormir, um chapéu de lã, uma cueca e um brinquedo de rena, conforme relatado pelo The Independent.
6 – TODO MUNDO TEM VIRTUDE E DEFEITO
De acordo com Richard, o comediante envolvido na história da vida real, ele expressou o desejo de que as pessoas percebam que não há vítimas. Ele queria destacar as complexidades da natureza humana, mostrar que as pessoas são uma combinação de virtudes e defeitos, e que acredita que as narrativas sobre perseguidores frequentemente simplificam demais, dividindo as pessoas entre boas e más. Ele termina dizendo que queria fugir um pouco dessa narrativa.
7 – POLÍCIA NÃO QUERIA AJUDAR
Na realidade, Gadd mencionou que procurou a polícia, mas não recebeu uma recepção calorosa. Ele relatou ao jornal britânico The Guardian que foi repreendido por “importunar” a polícia com sua história de assédio.
8 – DESABAFO
Na série, durante uma apresentação, o protagonista opta por compartilhar sua história e expõe todos os eventos que viveu. Essa cena reflete um acontecimento real que ocorreu durante sua peça teatral de 2016, intitulada “Monkey See, Monkey Do”.
9 – ESTERIÓTIPO DE UM STALKER
O comediante expressou ao portal Tudum, da Netflix, o desejo de evitar estereótipos ao retratar a perseguição e o perseguidor. Richard relatou que na televisão, o stalking tende a ser muito sexualizado, com uma aura misteriosa, é retratado como alguém espreitando em um beco escuro, alguém inicialmente atraente e normal que gradualmente se revela estranho, Mas que, na realidade, o stalking é uma questão de saúde mental. O ator realmente queria explorar as várias facetas disso de uma maneira mais humana, algo que ele nunca tinha visto em outras produções.
10 – MARTHA FOI PRESA NA VIDA REAL?
No desfecho da série, Martha é detida, mas na realidade, Gadd optou por não prosseguir com medidas judiciais contra ela, preocupado com seu bem-estar mental. Ela enfrentou um processo e foi condenada a nove meses de prisão. O que ocorreu com ela após isso na vida real permanece desconhecido.
Bebê Rena foi realmente um fenômeno mundial, conquistando crítica e público logo na sua semana de estreia. Com uma história diferente e comovente, logos muitos grupos se viram discutindo sobre a série e sobre os motivos de Martha ter feito o que fez. Com certeza é um marco na história da Netflix.