🟨 10 Curiosidades do filme “Avatar” (2009) que você não sabia!

Avatar, dirigido por James Cameron, é uma obra-prima do cinema que cativou o mundo com sua narrativa envolvente e inovações técnicas revolucionárias. Lançado em 2009, o filme rapidamente se tornou um marco na história do cinema, não apenas pela sua arrecadação recorde, mas também por suas curiosidades fascinantes que revelam os bastidores de sua produção.

Nesta análise, exploraremos algumas das curiosidades mais interessantes sobre o filme Avatar, revelando os desafios enfrentados pela equipe de produção, as inspirações por trás da história e os efeitos visuais extraordinários que o tornaram um fenômeno cultural.

Veja 10 curiosidades desse marco do cinema:

1 – ROTEIRO ESCRITO 15 ANOS ATRÁS

Em 1994, James Cameron escreveu o primeiro esboço do roteiro de Avatar, porém ele reconhecia que a tecnologia necessária para materializar sua visão ainda não estava acessível devido ao alto custo ou à inexistência dela na época. Foram necessários vários anos até que Cameron se convencesse de que estava próximo o momento de transformar sua ideia mais ambiciosa em realidade.

Esse momento só chegou quando “O Senhor dos Anéis”, dirigido por Peter Jackson, foi lançado nos cinemas. Uma das façanhas mais impressionantes da trilogia foi a criação de Gollum, realizado magistralmente através da técnica de captura de movimento por Andy Serkis. A combinação do excelente desempenho de Serkis com os avanços surpreendentes da computação gráfica representou um marco significativo para os efeitos especiais, o que impactou profundamente James Cameron. Em uma entrevista à EW, Cameron revelou que foi assistir Gollum na tela grande que finalmente o convenceu de que Avatar era uma empreitada possível.

2 – PROCURANDO PELO PROTAGONISTA

Quando Avatar finalmente entrou em fase de produção, James Cameron e sua equipe começaram a buscar o ator para interpretar Jake Sully, o ex-fuzileiro naval que troca sua cadeira de rodas pelo corpo de um alienígena azul de três metros de altura. A primeira escolha de Cameron para o papel foi Matt Damon, a quem ele ofereceu um contrato que incluía 10% da receita do filme. No entanto, Damon, que já havia se comprometido com as filmagens de “O Ultimato Bourne”, recusou a oferta.

Cameron expandiu então sua lista de possíveis atores. Jake Gyllenhaal recusou Avatar para estrelar “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo”, filme que recebeu críticas negativas. Três dos “Chrises” de Hollywood – Evans, Pine e Pratt – também fizeram testes para o papel de Jake Sully, assim como Channing Tatum. No entanto, os testes de Pratt e Pine não foram bem-sucedidos. Evans e Tatum chegaram à rodada final de seleção, mas o papel acabou sendo entregue ao estreante Sam Worthington, que deixou de lado seu sotaque australiano para interpretar o personagem.

3 – VISUAL DOS NA´VI

Desenvolver a aparência dos Na’vi representou um desafio único. Era necessário que os habitantes de Pandora fossem visualmente tão extraordinários quanto a flora e fauna do planeta, mas criar seu design apresentou um desafio adicional para James Cameron e a equipe de artistas.

Isso se deve ao fato de que o cerne de Avatar é um romance interespécies entre o humano Jake Sully e a Na’vi Neytiri. Para que o filme funcionasse, o romance precisava ser crível. Cameron desejava que os nativos de Pandora fossem completamente alienígenas, porém ainda cativantes para Jake e o público.

Ele imaginou uma criatura com pele azul, orelhas de gato, olhos de lêmure e uma aparência anfíbia. As primeiras tentativas de design eram excessivamente selvagens, enquanto as subsequentes tendiam a parecer muito humanas, mas azuis. Os animadores, utilizando modelos físicos e maquetes digitais, exploraram cerca de 50 a 60 versões de Neytiri antes de chegarem à aparência final dos Na’vi.

4 – REFERÊNCIA A SANTO AGOSTINHO

A origem da palavra “avatar” remonta ao sânscrito e é empregada para descrever entidades divinas que assumem forma humana para restaurar o equilíbrio por meio de ações benevolentes. James Cameron também optou por fazer os Na’vi azuis como uma homenagem a Vishnu, uma divindade hindu responsável pela sustentação do universo.

Do mesmo modo, “navi” é uma palavra de origem hebraica que significa “profeta”, e os Na’vi no filme veneram uma divindade chamada Ey’wa, que pode ser vista como uma transposição de Yahweh, um dos nomes do Deus hebraico. Adicionalmente, Cameron continuou sua tradição pessoal de atribuir a seus heróis nomes com simbolismo cristão. Isso é evidente em personagens como Bishop em “Aliens” e Monk em “O Segredo do Abismo”. Embora Cameron nunca tenha confirmado explicitamente, o nome Dr. Augustine pode ser uma alusão a Santo Agostinho, um embaixador do cristianismo em direção à Inglaterra.

5 – O IDIOMA NA´VI

É comum que as línguas se desenvolvam ao longo de séculos, adaptando-se continuamente às mudanças no contexto histórico. No entanto, o linguista Paul Frommer enfrentou um desafio diferente ao trabalhar no filme “Avatar” de James Cameron. Ambientado no belo, porém primitivo, planeta de Pandora, lar dos Na’vi, Cameron optou por criar uma língua completamente nova para essa espécie alienígena, partindo do zero. Frommer foi encarregado de desenvolver mais de mil palavras para esse propósito.

Embora tenha ensinado o elenco a falar a língua, Frommer sentiu que era o único verdadeiramente fluente nela. Ele expressou o desejo de que os fãs do filme se interessassem o suficiente para aprender o idioma, assim como fizeram com Klingon, Dothraki e outras línguas fictícias. Parece que esse desejo está se tornando realidade, com fãs realmente aprendendo a falar Na’vi graças a aplicativos e sites que prometem fluência em menos de três meses.

6 – PANDORA

Inegavelmente, a característica mais marcante de “Avatar” é a concepção visual das florestas naturais intocadas de Pandora. Para criar as paisagens místicas, James Cameron colaborou com uma especialista em botânica, a Dra. Jodie Holt, que é presidente do departamento de botânica e ciências vegetais da Universidade da Califórnia. A seu pedido, ela aplicou princípios científicos à flora de Pandora da forma mais completa possível. Holt argumentou que em uma lua com forte magnetismo, baixa gravidade e uma atmosfera densa, poderia haver uma vegetação superdimensionada (como as árvores imensamente altas de Pandora) que se estenderia em direção à luz disponível durante o dia. O ambiente sob o dossel seria escuro, levando as plantas a evoluírem para emitir luz bioluminescente.

7 – COMO DIFERENCIAR UM AVATAR DE UM NA´VI

Se você está tendo dificuldade em distinguir entre um Avatar e um Na’vi, a diferença é bastante simples. Os Na’vi são uma espécie que reside em Pandora, uma lua no sistema estelar Alpha Centauri. Já os Avatares são uma mistura de humanos e Na’vi, utilizados por cientistas humanos para explorar Pandora em busca de unobtanium, uma fonte de energia vital para a Terra.

Os Avatares, por serem uma combinação de humanos e Na’vi, possuem características levemente distintas dos Na’vi. Embora compartilhem muitas habilidades, eles têm características que são mais úteis para os humanos, como dedos extras e sobrancelhas. Enquanto os Na’vi têm apenas quatro dedos, os Avatares mantêm os cinco dedos humanos, além de possuírem as características peludas sobre os olhos típicas dos humanos.

8 – OS CIGARROS EM CGI

Uma grande parte do filme foi feita através de efeitos de computação gráfica (CGI), incluindo os cigarros que a personagem Dra. Grace Augustine (interpretada por Sigourney Weaver) fuma. James Cameron, nos comentários do DVD, explica que Weaver simulava fumar; os cigarros e sua fumaça foram adicionados digitalmente mais tarde. Cameron optou por usar cigarros CGI para evitar que Weaver precisasse realmente segurar um cigarro aceso.

Contudo, o diretor recebeu críticas pela representação do tabagismo no filme. Em resposta a essas críticas, Cameron afirmou que, como artista, não se submete à ideia rígida de que o tabagismo não deveria ser retratado em filmes. Ele argumentou que, se é aceitável retratar mentiras, roubos e assassinatos no cinema, seria hipócrita impor uma moralidade específica em relação ao tabagismo.

9 – ORÇAMENTO ALTO, LUCRO MAIS ALTO AINDA

No encerramento de sua exibição nos cinemas, “Avatar” superou “Star Wars”, “Jurassic Park” e “Titanic” em termos de bilheteria. O filme acumulou mais de $2,7 bilhões em todo o mundo, principalmente provenientes de mercados internacionais, e tornou-se o filme com maior arrecadação de todos os tempos.

Além disso, foi o filme mais caro já produzido na época de seu lançamento, com um custo de US$ 237 milhões. No entanto, “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, lançado dois anos depois, ultrapassou esse recorde com um orçamento de $ 410 milhões.

10 – A DEMORA DA SEQUÊNCIA

Provavelmente, você se perguntou por que demorou tanto para lançarem a sequência de Avatar, certo? Bem, há uma explicação lógica para isso. Ao invés de focar principalmente em terra firme, como no primeiro filme, a maior parte de Avatar 2 se passa debaixo d’água.

Filmar debaixo d’água apresenta desafios significativos, tanto em live-action quanto em CGI, e Cameron teve que aguardar até encontrar maneiras de criar algo tão inovador quanto o original, especialmente no que diz respeito à captura de movimentos e expressões faciais.

Em uma entrevista ao Collider em 2017, Cameron admitiu que sempre que a água é introduzida em uma situação, os problemas se tornam dez vezes mais complexos. Portanto, essencialmente, Cameron precisou de alguns anos enquanto aguardava o avanço da tecnologia e dos equipamentos para conseguir realizar sua visão de forma autêntica.

Em suma, “Avatar” não apenas revolucionou a experiência cinematográfica com seus efeitos visuais e técnicas de filmagem inovadoras, mas também inspirou uma série de curiosidades fascinantes que continuam a cativar os fãs até hoje. Desde a criação meticulosa do mundo de Pandora até os desafios enfrentados durante a produção, o filme é um testemunho do poder da imaginação humana e da dedicação incansável à realização de uma visão artística. A jornada de “Avatar” não termina com os créditos finais, mas continua a evoluir com cada nova revelação sobre seu processo de criação e impacto cultural. Este épico cinematográfico de James Cameron, com suas histórias por trás das câmeras e seu legado duradouro, permanece como um marco na história do cinema e continua a inspirar gerações futuras de cinéfilos e criadores de filmes.

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