Há mais de três décadas, a Disney cativou audiências de todas as idades com suas histórias encantadoras e personagens memoráveis. Entre esses clássicos atemporais, “Aladdin”, lançado em 1992, continua a ser uma joia reluzente no tesouro da animação. Este filme não apenas nos transporta para um mundo de magia e aventura, mas também está repleto de curiosidades fascinantes que nos permitem apreciar ainda mais a genialidade por trás de sua criação.
Prepare-se para embarcar em uma jornada mágica enquanto exploramos os bastidores de “Aladdin”, desde as inspirações por trás dos personagens até os desafios enfrentados pela equipe de produção. De lendas urbanas a detalhes técnicos, vamos desvendar os mistérios que cercam este clássico animado e descobrir como ele continua a encantar gerações após gerações. Então, esfregue sua lâmpada mágica e deixe-se levar pela magia de “Aladdin”.
1 – OS CONTOS DAS “AS MIL E UMA NOITES”
Enquanto muitos filmes da Disney encontram inspiração nos contos de fadas dos Irmãos Grimm, “Aladdin” segue uma fonte de inspiração diferente e igualmente famosa. A narrativa do jovem desfavorecido que descobre uma lâmpada mágica é um dos contos contidos em “As Mil e Uma Noites”.
Na trama, seguimos Sherazade, recentemente unida a um rei cruel conhecido por assassinar suas esposas após a primeira noite de casamento. Em uma tentativa desesperada de salvar sua própria vida, ela concebe um plano engenhoso: todas as noites, narra uma história ao marido, porém omitindo o desfecho e prometendo revelá-lo em outra ocasião. Movido pela curiosidade, o rei adia sua sentença de morte para ouvir o desfecho das histórias.
Entre as narrativas contadas por Sherazade ao rei está a de Aladdin, embora não seja a única trama conhecida. Ela também compartilha as histórias de “Sinbad” e “Ali Baba”.
2 – ALADDIN NÃO VIVERIA EM AGRABAH
Nas primeiras versões de “Aladdin”, o protagonista não reside em Agrabah, conforme retratado na animação da Disney, mas sim em uma cidade localizada na China. Somente quando a história começou a ser recontada no início do século XX é que houve uma mudança no cenário e na etnia dos personagens. A partir desse ponto, o conto passou a se situar na Arábia.
3 – ALADDIN TERIA UMA FAMÍLIA
Na adaptação cinematográfica de 1992, Aladdin é retratado como um jovem órfão que sobrevive nas ruas, mas no conto de “As Mil e Uma Noites”, a situação é distinta. Aladdin tem uma família: seu pai, um alfaiate, já faleceu quando a história se inicia, e sua mãe está viva. Aliás, ela é a primeira pessoa a esfregar a lâmpada na versão original.
4 – AS CELEBRIDADES QUE O GÊNIO IMITA
Um dos momentos mais hilariantes do filme ocorre quando Aladdin se depara com o Gênio. Demonstrando seu enorme senso de humor e sua personalidade peculiar, o Gênio Azul começa a exibir seus poderes.
O gênio faz imitações notáveis, incluindo o ator Arnold Schwarzenegger, o apresentador norte-americano Ed Sullivan, os comediantes Groucho Marx e Peter Lorre, bem como o ator Robert De Niro.
Ao longo da trama, o Gênio realiza outras imitações, como a do apresentador Arsenio Hall, do comediante Rodney Dangerfield e do famoso ator Jack Nicholson.
Ademais, o Gênio também se metamorfoseia em várias formas animais, como as de um carneiro, uma ovelha, um dragão e um coelho.
5 – O VILÃO JAFAR QUASE TEVE UMA MÚSICA PRÓPRIA
“Um Mundo Ideal”, “Príncipe Ali” e “Nunca Teve um Amigo Assim” são canções icônicas de Aladdin que conquistaram o público.
Os realizadores do filme originalmente planejavam incluir uma melodia exclusiva para Jafar. Contudo, essa ideia foi descartada durante a produção.
6 – ROBIN WILLIAMS DUBLOU O GÊNIO
Na adaptação em língua inglesa de Aladdin, contamos com a presença marcante de uma grande personalidade de Hollywood: Robin Williams. O renomado ator deu vida ao Gênio, contribuindo significativamente para torná-lo um dos personagens mais adorados do filme.
7 – A HISTÓRIA SE PASSA NO FUTURO?
Certamente você já ouviu falar da teoria que circula entre os aficionados por “Aladdin”, sugerindo que a história se desenrola em um futuro distante, pós-apocalíptico. Essa ideia realmente capturou a imaginação dos fãs da animação, e aqueles que observam atentamente o filme percebem que a Disney deixou algumas “pistas” para apoiar essa teoria.
Por exemplo, o Gênio menciona que esteve aprisionado na lâmpada por 10 mil anos e critica as roupas de Aladdin, descrevendo sua personalidade como algo “bem século 20”. Isso sugere que o personagem nasceu em algum momento próximo a 11.898 d.C., quando a cultura árabe dominou a Terra, com um clima que só poderia ser suportado por aqueles que habitam desertos.
Além disso, o filme retrata uma civilização altamente avançada, com tapetes mágicos que flutuam no ar e funcionam como meio de transporte, bem como mutações genéticas que permitem que os animais falem, entre outros aspectos. Essas observações intrigam ainda mais os fãs da animação, levando-os a assistir repetidamente para confirmar suas especulações.
8 – ALADDIN FOI BASEADO NO TOM CRUISE
Conforme mencionado anteriormente, o criador de Aladdin estava determinado a evitar a criação de mais um personagem que a princesa fosse obrigada a amar sem conquistar a simpatia do público. Portanto, desenvolveu um príncipe cativante, repleto de humor e dotado de uma personalidade forte. No entanto, era essencial que ele também fosse atraente.
Inicialmente, os animadores buscaram modelá-lo com traços semelhantes aos de Michael J. Fox, mas não ficaram satisfeitos com o resultado. Decidiram então retornar à adolescência e se inspirar nos filmes estrelados por Tom Cruise. Assim, o personagem adquiriu a aura de sex appeal do ator, ao mesmo tempo em que mantinha um ar divertido, característico de um jovem.
9 – ROBIN WILLIAMS FEZ VÁRIAS VOZES
Durante as gravações, Robin Williams, dublador do Gênio, tinha uma agenda apertada e, como ninguém considerava a possibilidade de substituir o dublador, tudo precisava ser feito com extrema rapidez. Demonstrando sua habilidade excepcional, o ator realizou exatamente isso com maestria: ele criou uma ampla variedade de estilos de voz para aplicar ao personagem.
“Ele sempre nos presenteava com uma vasta gama de vozes para escolher. Gravava exatamente como estava no roteiro, mas com aproximadamente 20 estilos diferentes. John, Ron e eu levamos todas as faixas para o estúdio e selecionamos aquela que mais nos fez rir e que melhor se adequou ao personagem”, afirmou o criador Eric Goldberg.
10 – UMA SEQUÊNCIA ANOS DEPOIS
Após o estrondoso sucesso mundial de “Aladdin”, a Disney decidiu embarcar em um projeto inovador em 1994, dando origem a “O Retorno de Jafar”. Essa foi a primeira tentativa direta da Disney de criar uma sequência para uma de suas animações, e provou ser outra conquista retumbante, com cerca de 10 milhões de cópias vendidas até 1996.
Embora algumas alterações tenham sido feitas nesta sequência, como a substituição da voz do Gênio, sem a participação de Robin Williams, isso não foi suficiente para prejudicar o sucesso do filme. Esse marco serviu como o ponto de partida para a Disney iniciar uma série de lançamentos de sequências de suas principais animações, uma prática que se tornou comum nos dias de hoje.
“Aladdin”, o clássico animado da Disney de 1992, continua a cativar audiências de todas as idades mesmo décadas após seu lançamento. Ao explorar as curiosidades por trás dessa obra-prima da animação, descobrimos um mundo repleto de magia, criatividade e inovação.
Desde as inspirações originais do conto de “As Mil e Uma Noites” até as adaptações criativas dos personagens e das vozes icônicas, “Aladdin” representa um marco na história da animação. A jornada de Aladdin, Jasmine, e o inesquecível Gênio Azul nos transporta para um universo encantado, onde aventuras emocionantes se mesclam com lições de vida intemporais.
Com suas tramas envolventes, personagens carismáticos e músicas memoráveis, “Aladdin” conquistou um lugar especial nos corações de milhões de pessoas ao redor do mundo. E enquanto continuamos a celebrar esse clássico atemporal, somos lembrados do poder duradouro da imaginação e da capacidade da Disney de criar histórias que nos fazem sonhar, sorrir e acreditar no extraordinário.