🎥 15 Curiosidades do filme “Scarface” (1983) que você não sabia!

“Scarface” (1983), dirigido por Brian De Palma e escrito por Oliver Stone, é um dos filmes mais icônicos da história do cinema, conhecido por sua violência explícita, diálogos marcantes e a performance inesquecível de Al Pacino como Tony Montana. O filme conta a trajetória de um imigrante cubano que se torna um poderoso chefe do tráfico de drogas em Miami, sendo um retrato cru da ascensão e queda de um anti-herói.

Embora tenha recebido críticas mistas na época do lançamento, “Scarface” rapidamente ganhou status de cult, influenciando gerações de cineastas, músicos e fãs. Seu legado transcendeu as telas, tornando-se uma referência na cultura pop, especialmente no rap e na moda.

Neste texto, vamos explorar curiosidades e detalhes pouco conhecidos sobre a produção, os bastidores e o impacto duradouro de “Scarface” na indústria cinematográfica e na sociedade.

1 – A VERSÃO COM AL PACINO É UM REMAKE DE UM FILME DOS ANOS 30

O filme é uma reinterpretação de uma produção de 1932 com o mesmo título, que também aborda a ascensão e queda de um gangster imigrante nos Estados Unidos. Martin Bregman, produtor da versão de 1983, assistiu ao filme original durante uma madrugada na televisão e teve a ideia de modernizar a trama.

A versão de 1983 é dedicada ao diretor do filme original, Howard Hawks, e ao roteirista: Ben Hecht.

2 – AL PACINO ADOROU A VERSÃO DOS ANOS 30

O desenvolvimento de “Scarface” começou depois que Pacino assistiu ao filme homônimo de 1932 no Tiffany Theater, em Los Angeles. Inspirado, ele entrou em contato com seu gerente, o produtor Martin Bregman, para compartilhar sua convicção sobre o potencial de um remake.

Inicialmente, Pacino queria preservar o contexto da época original, mas percebeu que o tom melodramático do filme tornaria essa abordagem difícil de executar.

3 – A REVISÃO DO ROTEIRO

O produtor Bregman ofereceu ao então relativamente novo Oliver Stone a oportunidade de revisar o roteiro, e Stone aceitou a proposta por duas razões. A primeira foi o fracasso nas bilheteiras de seu filme de 1981, “A Mão”, o que o fez precisar do trabalho.

A segunda foi sua vontade de trabalhar com Sidney Lumet, que acabou abandonando o projeto, acreditando que o roteiro de Stone estava exagerado e excessivamente violento. Brian De Palma, que inicialmente se envolvera com a direção de “Flashdance”, leu o roteiro de Stone e se encantou com o tom exagerado da história. Assim, ele abandonou “Flashdance” e voltou para o projeto de “Scarface”.

4 – ROTEIRISTA ESTAVA SE LIVRANDO DE UM VÍCIO EM DROGAS

Enquanto escrevia o roteiro, Stone estava lidando com um vício em cocaína, o que lhe proporcionou uma compreensão profunda dos efeitos da droga sobre os usuários. Na tentativa de se livrar do vício, ele se mudou para Paris, com a intenção de concluir o script longe do acesso fácil à droga.

5 – AL PACINO FOI ESCOLHIDO DEPOIS DE TER FEITOS OUTROS FILMES VIOLENTOS

Bregman procurou Al Pacino para o papel de Tony Montana por ter sido seu empresário no início da carreira do ator, sendo responsável por lhe dar o primeiro papel principal em “Os Viciados” (1971).

Casualmente, Bregman também passou a produzir alguns dos maiores sucessos de Pacino, como “Serpico” e “Um Dia de Cão”, ambos dirigidos por Sidney Lumet.

6 – MICHELLE PFERFFER QUASE NÃO CONSEGUIU O PAPEL

O diretor Brian De Palma estava hesitante em testar a atriz Michelle Pfeiffer, que na época era mais conhecida pelo sucesso de bilheteira “Grease 2 – Os Tempos da Brilhantina Voltaram”, e não tinha feito muitos testes.

Glenn Close, Geena Davis, Carrie Fisher, Kelly McGillis, Sharon Stone e Sigourney Weaver foram todas cogitadas para o papel de Elvira. No entanto, Bregman incentivou Pfeiffer a fazer os testes, e ela acabou conquistando o papel.

O papel de Elvira Hancock, interpretado por Michelle Pfeiffer, é um dos mais marcantes no filme. Ela representa a mulher fatal do filme noir, mas também um símbolo da superficialidade e da busca por poder, sendo uma figura central na vida de Tony, embora com um papel ambiguamente submisso.

7 – O FILME SERIA TODO RODADO EM MIAMI

Originalmente, o plano era gravar o filme inteiramente em Miami. No entanto, protestos vindos da comunidade cubano-americana local obrigaram a produção a abandonar a cidade após duas semanas de filmagens. A partir desse ponto, as cenas restantes foram rodadas em Los Angeles, Nova York e Santa Barbara.

8 – A ICÔNICA TRILHA SONORA

A trilha sonora de Scarface foi composta por Giorgio Moroder, um ícone da música eletrônica. A música, especialmente o tema principal, tornou-se uma parte integral da identidade do filme, refletindo a tensão e o glamour do mundo do tráfico de drogas em Miami.

9 – AL PACINO USOU DROGAS REAIS NA GRAVAÇÃO?

Há rumores de que Pacino teria cheirado cocaína real durante as gravações. No entanto, De Palma nunca revelou oficialmente o que foi utilizado como substituto da droga. Diz-se que a substância usada nas cenas era, na verdade, leite em pó.

10 – EFEITOS ESPECIAIS NOS TIROS

Para intensificar a dramaticidade do tiroteio, De Palma e os coordenadores de efeitos especiais desenvolveram um sistema que sincronizava as armas de fogo com o trabalho do atirador de elite operando a câmera. Isso permitiu capturar os intensos flashes saindo dos canos durante a cena final do tiroteio.

11 – O FUNDO PARA LAVAR DINHEIRO CRIADO PELO REAL EX-DITADOR IRAQUIANO TINHA O MESMO NOME NO FILME

O fundo fiduciário (acordo legal que garante a transferência de bens e direitos de uma pessoa ou empresa para seus herdeiros) criado pelo ex-ditador iraquiano para lavagem de dinheiro era chamado “Montana Management” (“Administração Montana”), coincidindo exatamente com o nome da empresa usada por Tony para lavar dinheiro no filme.

12 – O FILME TEM QUASE 2 PALAVRÕES POR MINUTO

Segundo o Family Media Guide, uma organização que monitora palavrões, violência e conteúdo sexual em filmes, Scarface contém 207 ocorrências da palavra com “F…”, resultando em uma média de 1,21 menções por minuto ao longo do filme.

13 – AL PACINO SOFREU UM ACIDENTE DE VERDADE

Durante os ensaios de uma cena de tiroteio, Al Pacino sofreu um acidente ao segurar o cano de uma arma que havia disparado várias balas de festim. Sua mão ficou presa ao metal quente, e ele não conseguiu soltá-la de imediato. A queimadura resultante o afastou das filmagens por duas semanas.

14 – STEVEN SPIELBERG DIRIGIU UMA CENA DO FILME

Os diretores Brian De Palma e Steven Spielberg, amigos desde que iniciaram suas carreiras em estúdios nos anos 70, tinham o costume de visitar os sets de filmagem um do outro. Em um dos dias de gravação, Spielberg esteve presente durante a cena do ataque inicial dos colombianos à mansão de Tony Montana, no final do filme.

Aproveitando a oportunidade, De Palma permitiu que Spielberg dirigisse a tomada de ângulo baixo, onde os invasores aparecem entrando na casa.

15 – “SCARFACE” TEVE UMA CLASSIFICAÇÃO MUITO ALTA DEVIDO À EXTREMA VIOLÊNCIA

“Scarface” recebeu a classificação X na América do Norte em três ocasiões, devido à violência extrema, linguagem explícita e retratos frequentes de uso de drogas pesadas. Na época, essa classificação era frequentemente associada a filmes pornográficos, o que reduziu significativamente o número de cinemas dispostos a exibir o longa e limitou a publicidade, prejudicando o potencial de bilheteria. Mesmo assim, o filme foi um grande sucesso de bilheteria, lucrando US$66 milhões, com um orçamento de US$23 milhões.

Uma das principais razões para a classificação foi a cena inicial em que Angel, associado de Tony Montana, é brutalmente desmembrado com uma motosserra.

CONCLUSÃO

“Scarface” é, sem dúvida, um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema, que transcende gerações com sua história de poder, ambição e decadência. Lançado em 1983, o filme de Brian De Palma, escrito por Oliver Stone, continua a influenciar a cultura pop e a forma como os personagens de anti-heróis são retratados.

Al Pacino, com sua performance inesquecível como Tony Montana, entregou uma das mais intensas atuações de sua carreira, solidificando o status de “Scarface” como um clássico cult. A famosa frase “Say hello to my little friend!” e a representação do capitalismo selvagem, a ascensão e queda de Montana, são elementos que ainda reverberam em filmes e séries até hoje.

Apesar de sua violência extrema, “Scarface” se tornou um marco na história do cinema, abordando temas universais como a busca desenfreada pelo sucesso e as consequências de escolhas extremas. O legado do filme permanece imbatível e relevante.

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