🎥 7 Curiosidades do filme “Oppenheimer” (2023) que você não sabia!

O filme “Oppenheimer” (2023), dirigido por Christopher Nolan, mergulha na vida do físico J. Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica”. Baseado no livro American Prometheus, a obra destaca tanto os triunfos científicos quanto os dilemas éticos enfrentados pelo cientista durante o Projeto Manhattan, que levou à criação das primeiras armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial.


Além da narrativa fascinante, “Oppenheimer” traz detalhes curiosos sobre sua produção. A dedicação de Nolan ao realismo, como a recriação de explosões sem CGI, e o elenco estelar liderado por Cillian Murphy, são apenas algumas das muitas particularidades que enriqueceram o longa. Desde a autenticidade histórica dos cenários e figurinos até os complexos desafios técnicos envolvidos, o filme oferece uma imersão única no contexto da Guerra Fria e nos impactos da ciência na humanidade, revelando aspectos pouco conhecidos dessa história marcante.

1 – O ROTEIRO


O roteiro de Oppenheimer foi elaborado em primeira pessoa. Christopher Nolan começou a escrever o roteiro durante o verão de 2021, optando por narrar as ações do protagonista como se fossem anotações de um diário pessoal. Sempre que Oppenheimer contempla uma lousa, o roteiro descreve “eu olho pensativo”; quando ele coloca o chapéu, lê-se “eu coloco o chapéu”, e assim por diante.


Essa abordagem pouco convencional para roteiros cinematográficos foi uma escolha deliberada. “Isso deixou claro para quem lia o roteiro que, como espectadores, estamos acompanhando Oppenheimer de perto”, explicou Nolan. “Estamos observando por cima do seu ombro, dentro da sua mente, acompanhando-o em todos os momentos”.

2 – BASEADO EM UM LIVRO PREMIADO


“American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer” é uma biografia escrita pelo jornalista Kai Bird e pelo historiador Martin J. Sherwin. Publicado em 2005 após 25 anos de pesquisa e escrita, o livro é amplamente reconhecido como a biografia mais completa e detalhada sobre o físico americano J. Robert Oppenheimer.


Em 2006, a obra foi agraciada com o Prêmio Pulitzer de Melhor Biografia, o que a consolidou como uma referência importante no jornalismo. O livro serviu de inspiração para Christopher Nolan ao criar o filme e também foi uma fonte fundamental para os atores que interpretam os personagens históricos na produção.

3 – VÁRIAS CENAS EM PRETO E BRANCO


“Oppenheimer” foi filmado com câmeras e rolos de filme IMAX, que proporcionam uma definição e detalhes superiores nas imagens. Christopher Nolan já utilizou esse formato em filmes como Dunkirk e Tenet.


No entanto, “Oppenheimer” se destaca por incluir várias cenas em preto e branco, algo que não era possível com o IMAX na época. Para resolver isso, a produção entrou em contato com a Kodak, uma empresa conhecida por sua fotografia analógica, para solicitar um rolo IMAX em preto e branco.


Diante da recusa inicial, a equipe pediu que a Kodak desenvolvesse um rolo específico. “Insistimos para que eles criassem isso. Felizmente, aceitaram o desafio”, conta o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema. “Eles nos forneceram um rolo protótipo recém-produzido, com etiquetas manuscritas.”

4 – IMAGEM MAIOR NAS TELAS


Nolan optou por filmar “Oppenheimer” de forma analógica, utilizando rolos de 70mm, que têm quadros maiores do que os rolos de 35mm convencionais, resultando em uma imagem de maior definição. Esse formato foi popular em muitos clássicos dos anos 1960, como “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Cleópatra” e “A Noviça Rebelde”. A principal diferença dos filmes em 70mm em relação aos digitais é a proporção. Enquanto os filmes digitais tendem a ter uma forma mais horizontal, o 70mm possui uma proporção mais quadrada, oferecendo uma área superior e inferior maior na tela.


Além disso, cada rolo de 70mm do filme pesa 272 kg e tem um comprimento total de 17 km, o que é suficiente para abranger suas três horas de duração. Transportar um equipamento desse porte para outros países não é uma tarefa simples. Por isso, apenas 30 salas de cinema em todo o mundo exibiram o filme nesse formato, com 19 dessas salas localizadas nos Estados Unidos.

5 – EFEITOS PRÁTICOS


Isso não é um spoiler: é evidente que um filme sobre Oppenheimer incluiria a explosão da primeira bomba atômica. O que muitos não sabem é que essa cena foi realizada sem o uso de computação gráfica (CGI). Nolan é conhecido por evitar técnicas digitais sempre que possível.


Em “Tenet”, por exemplo, o diretor usou um avião real colidindo com um prédio para uma das cenas. Embora o CGI seja uma ferramenta útil e versátil, Nolan prefere empregar métodos reais para transmitir uma sensação autêntica de perigo ao público. Em “Oppenheimer”, embora Nolan não tenha detonado uma bomba nuclear de verdade, ele utilizou técnicas de efeitos especiais para criar uma sensação convincente. O resultado é verdadeiramente impactante.

6 – CIENTISTAS DE VERDADE


Nolan estava tão empenhado em garantir que o filme transmitisse um tom de autenticidade que decidiu contratar cientistas reais como figurantes. Esses profissionais não só participaram das cenas, mas também conversavam sobre os temas reais abordados em Oppenheimer enquanto estavam no set de filmagem.

7 – DIETA MUITO RIGOROSA


Para dar vida a um personagem tão significativo e complexo quanto Oppenheimer, Cillian Murphy seguiu uma dieta extremamente restritiva durante as filmagens, chegando a consumir apenas uma amêndoa por dia. Sua dedicação era tão intensa que, durante as gravações no deserto do Novo México, ele frequentemente optava por não sair para jantar com o elenco.


Seu comprometimento foi recompensado quando ele conquistou o prêmio de Melhor Ator no Oscar 2024.


Em suma, “Oppenheimer” não é apenas um retrato cinematográfico da vida de J. Robert Oppenheimer, mas também um testemunho da dedicação e inovação que marcaram sua produção. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado para trazer uma autenticidade única ao filme.


A abordagem inovadora de Nolan, ao evitar o CGI e adotar técnicas tradicionais, e a impressionante transformação de Cillian Murphy, demonstram o compromisso profundo com a narrativa e a qualidade cinematográfica.


Esses elementos, combinados com uma direção precisa e um elenco talentoso, resultam em uma experiência visual e emocionalmente impactante. Oppenheimer não apenas reconta um capítulo crucial da história, mas também reafirma o poder do cinema para imergir o público em uma época complexa e fascinante.

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