đŸŽ„ 10 Curiosidades do filme “Halloween” (1978) que vocĂȘ nĂŁo sabia!

O filme “Halloween”, lançado em 1978, Ă© uma obra icĂŽnica do gĂȘnero de terror que marcou geraçÔes. Dirigido por John Carpenter, esse clĂĄssico cinematogrĂĄfico nĂŁo apenas definiu os padrĂ”es para futuros filmes de horror, mas tambĂ©m apresentou curiosidades fascinantes que permeiam sua produção.

Desde a escolha do famoso ator Nick Castle para interpretar o vilão Michael Myers até a icÎnica måscara do personagem, originalmente um simples molde de William Shatner, muitos detalhes nos bastidores contribuíram para a criação dessa obra-prima do suspense.

Nesta anĂĄlise, exploraremos algumas das curiosidades mais interessantes por trĂĄs das cĂąmeras que tornaram ‘Halloween’ um fenĂŽmeno cultural duradouro.

1 – A ESCALAÇÃO DE JAMIE LEE CURTIS

Com apenas 19 anos e uma experiĂȘncia mĂ­nima como atriz, John Carpenter fez uma escolha ousada ao selecionar Jamie Lee Curtis como parte de sua homenagem ao renomado cineasta Alfred Hitchcock na produção de “Halloween”. Admirador dos clĂĄssicos de Hitchcock, como “Um Corpo Que Cai” (1958) e “Os PĂĄssaros” (1963), Carpenter viu em Curtis a chance de reverenciar o mestre do suspense.

A conexĂŁo de Curtis com o universo de Hitchcock Ă© ainda mais notĂĄvel, sendo filha de Janet Leigh, a protagonista de “Psicose” (1960), um dos filmes mais marcantes da filmografia de Hitchcock. Essa ligação familiar foi determinante para Carpenter oferecer a Jamie o papel de Laurie Strode, a protagonista perseguida e inocente de “Halloween”.

2 – ATRIZ ACHOU QUE SERIA DEMITIDA

Apesar de ter iniciado sua carreira de forma discreta, participando de sĂ©ries de televisĂŁo como “As Panteras”, “O Caso das AnĂĄguas” e “Columbo”, Jamie Lee Curtis deu seus primeiros passos no mundo do cinema em “Halloween – A Noite do Terror”. A atriz admitiu posteriormente que esse novo desafio a deixou bastante insegura.

Após o término do primeiro dia de filmagem, Jamie voltou para casa desanimada com sua performance. Tempos depois, recebeu uma ligação de John Carpenter. Acreditando que seria demitida, ficou surpresa ao ouvir elogios do diretor, que expressou estar muito satisfeito com seu trabalho até então. Esse gesto de reconhecimento de Carpenter trouxe confiança à atriz para enfrentar os próximos dias de gravação.

3 – BILHETERIA MILIONÁRIA

“Halloween – A Noite de Terror” foi produzido com um orçamento modesto para os padrĂ”es da Ă©poca, totalizando apenas US$300 mil para tirar o roteiro do papel. Apesar dos recursos limitados, o filme provou ser um sucesso estrondoso nas bilheterias. Com uma arrecadação superior a 70 milhĂ”es de dĂłlares, tornou-se, durante muitos anos, o filme de terror independente mais rentĂĄvel da histĂłria do cinema. Somente em 1999, esse recorde foi superado pelo lançamento de “A Bruxa de Blair”.

4 – CÂMERAS DE ÚLTIMA GERAÇÃO

Mesmo enfrentando restriçÔes orçamentĂĄrias, John Carpenter optou por investir consideravelmente nas cĂąmeras utilizadas em “Halloween”. Optando pelo equipamento de ponta da Panavision, que custava cerca de US$70 mil, quase um quarto do orçamento total da produção.

Destacando-se entre essas cĂąmeras, a Panaglide era uma tecnologia distinta das tradicionais disponĂ­veis no mercado. Enquanto a maioria das cĂąmeras era fixa, a Panaglide permitia movimento. Essa inovação foi essencial para Carpenter criar uma experiĂȘncia cinematogrĂĄfica Ășnica, proporcionando ao pĂșblico a sensação de explorar os cenĂĄrios do filme, o que contribuiu significativamente para a imersĂŁo e o suspense da obra.

5 – A MÁSCARA ICÔNICA É DE OUTRO PERSONAGEM FAMOSO DO CINEMA

Enquanto a equipe de produção buscava uma identidade para “A Forma”, o nome pelo qual o assassino Michael Myers Ă© conhecido, o editor e designer Tommy Lee Wallace recebeu a tarefa de encontrar a mĂĄscara perfeita para cobrir o rosto de Nick Castle, o intĂ©rprete do vilĂŁo.
Explorando a Hollywood Boulevard, Wallace visitou a Bert Wheeler Hollywood Magic, uma loja renomada por suas mĂĄscaras de lĂĄtex monstruosas, especialmente populares na dĂ©cada de 60. Entre as opçÔes, encontrou modelos baseados nos rostos do presidente Richard Nixon e do Sr. Spock, porĂ©m foi a mĂĄscara de James Tiberius Kirk, o capitĂŁo da USS Enterprise na sĂ©rie clĂĄssica “Star Trek”, que capturou sua atenção.

Após adquirir a måscara, Wallace realizou vårias modificaçÔes, incluindo a pintura dos cabelos de castanho escuro, um novo corte e a aplicação de tinta branca no restante. Dessa forma, o rosto de Michael Myers se tornou uma adaptação dos traços do ator William Shatner.

6 – BASEADO EM FATOS REAIS

Antes de se tornar o assassino implacåvel que persegue Laurie Strode, Michael Myers passou anos de sua vida confinado em uma instituição, sob os cuidados do Dr. Sam Loomis (Donald Pleasence).

Essa concepção tem suas raízes nas lembranças pessoais de John Carpenter. Durante seus dias de faculdade, o cineasta fez uma visita a um hospital psiquiåtrico, onde teve um encontro marcante com uma criança. Carpenter recorda que o olhar do menino foi penetrante, carregado de uma aura sinistra que o deixou profundamente perturbado. Essa sensação de medo e desconforto que experimentou na ocasião serviu de inspiração direta para a criação do personagem de Myers.

7 – PRECISAMOS DE ABÓBORAS

As celebraçÔes do Halloween, cenårio em que se desenrolam os eventos do filme, são repletas de símbolos nos Estados Unidos, e um dos mais emblemåticos são as abóboras. Era impensåvel realizar um filme sobre essa data sem a presença delas.

Contudo, as filmagens ocorreram durante a primavera, na CalifĂłrnia, Ă©poca em que conseguir abĂłboras Ă© uma tarefa ĂĄrdua. Isso levou a equipe Ă  beira do desespero. Com muito esforço, apenas trĂȘs exemplares foram obtidos, e um deles precisava ser destruĂ­do em uma das cenas. Sob grande pressĂŁo, Carpenter conseguiu filmar a sequĂȘncia em um Ășnico take, reunindo toda a equipe e elenco num momento de tensĂŁo que culminou em sucesso.

8 – TRILHA SONORA INESQUECÍVEL

Juntamente com sua esposa na Ă©poca, Debra Hill, John Carpenter nĂŁo apenas dirigiu e co-escreveu o roteiro de “Halloween – A Noite do Terror”, mas tambĂ©m fez outra contribuição marcante para a produção: ele compĂŽs a trilha sonora inconfundĂ­vel do filme.
A mĂșsica, que emprega o incomum ritmo de 5/4, uma tĂ©cnica musical que Carpenter aprendeu com seu pai, foi criada em apenas quatro dias. É, sem dĂșvida, uma das caracterĂ­sticas mais assustadoras e reconhecĂ­veis do filme.

9 – ASSASSINOS DE BABÁS

Certamente, “The Babysitter Murders” (Assassinos de BabĂĄs, em tradução livre) foi uma possibilidade para o tĂ­tulo do filme.

De acordo com Irwin Yablans, produtor e distribuidor do filme, a ideia inicial para o roteiro surgiu dele e de sua esposa. Originalmente, os eventos planejados se estendiam por vĂĄrios dias. Contudo, devido Ă s restriçÔes orçamentĂĄrias, Debra e John optaram por concentrar o terror em uma Ășnica noite. Essa decisĂŁo visava reduzir a necessidade de mĂșltiplos figurinos e cenĂĄrios, e o dia escolhido foi o Halloween. Foi assim que o tĂ­tulo definitivo do projeto se estabeleceu.

10 – MIKE MYERS É UM NOME REAL

O nome Michael Myers tinha uma conexĂŁo curiosa com o filme “Assalto Ă  13ÂȘ DP” (1976), o segundo filme da carreira de John Carpenter, que era o nome do distribuidor do filme na Europa. O “Myers original” atĂ© inscreveu o filme em mostras competitivas, contribuindo para seu sucesso na Inglaterra, superando atĂ© mesmo sua recepção nos Estados Unidos.

Como forma de agradecimento por esse suporte, ainda que de maneira bastante peculiar, Carpenter decidiu nomear o vilĂŁo do seu prĂłximo filme como Michael Myers.

No entanto, o verdadeiro Michael Myers não pareceu inicialmente satisfeito com a homenagem, e anos após o sucesso do filme, ele fez uma brincadeira sugerindo que a produção deveria pagar-lhe royalties pelo uso não autorizado de seu nome.

O filme “Halloween” de 1978 permanece nĂŁo apenas como um clĂĄssico do gĂȘnero de terror, mas tambĂ©m como uma fonte inesgotĂĄvel de curiosidades e detalhes fascinantes por trĂĄs das cĂąmeras. Desde a escolha meticulosa da icĂŽnica mĂĄscara de Michael Myers atĂ© a inspiração para a trilha sonora assustadora composta por John Carpenter, cada aspecto da produção revela uma histĂłria intrigante. AtravĂ©s das reminiscĂȘncias pessoais do diretor e das decisĂ”es criativas tomadas pela equipe, emergem elementos que contribuĂ­ram para a construção desse universo aterrorizante que perdura dĂ©cadas apĂłs seu lançamento. “Halloween” nĂŁo Ă© apenas um filme, mas um fenĂŽmeno cultural que continua a cativar e a assombrar espectadores em todo o mundo, reforçando seu lugar como uma obra-prima do suspense cinematogrĂĄfico.

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